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A história dos games de Star Wars – Parte 2

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No primeiro post da série, vimos os primeiros jogos inspirados em Star Wars, e deu pra se perceber algo em relação aos primeiros jogos, nenhum deles contava, ou seguia os acontecimentos de um filme por inteiro, os jogos eram apenas sobre partes dos filmes, e sempre mais focados na destruição da Estrela da Morte, ou a Batalha de Hoth.
O primeiro jogo de Star Wars a tentar recriar a história inteira da Saga algum tempo depois no NES, em 1987 e exclusivamente no Japão, recrando o Episódio IV – Uma Nova Esperança.

O game foi lançado pela Nanco e apesar de seguir já os moderno estilo dos games de plataforma, parecia que nenhum dos desenvolvedores sequer tinha assistido a um episódio de Star Wars, ou se assistiram não entenderam o que viram. Primeiro que você jogava com um Luke Skywalker de cabelos pretos, mas nas telas de diálogo e menus, ele aparecia loiro. Já no começo do jogo, os Jawas roubavam o R2-D2 e você atravessava o deserto de Tatooine para salvar ele e quem estava guardando o sequestrado R2 era o próprio Darth Vader, e no meio da batalha de repente ele virava um escorpião.
Já logo no inicio do game o Luke já lutava com um Sabre de Luz, e dois seis chefes que o game tinha, você enfrentava o Vader duas vezes, sendo que em Uma Nova Esperança Luke nunca confrontou o Vader diretamente. O primeiro nível era em Tatooine, mas o segundo nível já era em um Castelo, o terceiro nível em um planeta cheio de água, e depois de resgatar o C3-PO, que não estava junto como  R2-D2, você vai parar na Estrela da Morte para libertar a Princesa Leia, onde você enfrenta o Vader, em vez do Obi-Wan. A quinta fase era em Hoth (perai, confundiram os filmes denovo), e você salvava um Chewbacca congelado. E em Yavin você salva o Han Solo, e no game inteiro o próprio Luke pilota a Millenium Falcon. Ou seja, é uma piração atrás da outra. Sem contar que o Luke, fora o Sabre de Luz, já contava com uma diversidade de poderes da Força, sendo que em Episódio IV Luke não tinha ainda nenhum treinamento, só instinto.


Em 1991 foi a vez da JCV lançar sua versão de Episódio IV – Uma Nova Esperança para o NES, como na versão da Namco, o game era de plataforma, mas desta vez com um respeito muito maior a saga de Star Wars. Tinha fases para pilotar um SandSpeeder, uma X-Wing e a Millenium Falcon. E ainda tinha 3 personagens jogáveis, Luke, Han Solo e Leia. O mesmo game também foi lançado para Gameboy, Master System e Game Gear.
O jogo começava com o Tio Owen comprando os Droids e você tendo que resgatar o R2-D2 dos Jawas, e foi o primeiro jogo a poder jogar dentro da Cantina em Mos Eisley quando você vai contratar o Han Solo. E após isso você liberava para jogar com o Han Solo. Han era melhor de jogar que o Luke, pois seu blaster tinha rapid fire. Depois de resgatar Leia na Estrela da Morte, você podia jogar com ela também, que possuia o melhor pulo dos três personagens. Se um dos personagens morria, você reiniciava a fase com Luke e Obi Wan podia recussitar o personagem num total de 5 vezes.
A versão do GameGear não tinha as fases com o SandSpeeder, mas tinha duas fases exclusivas, uma na Tantive IV com a Leia e outra em Tatooine com o Luke. O maior defeito do game é que ele não tinha qualquer menção a Darth Vader, enquanto o primeiro da Namco você via Vader duas vezes, neste ele nem aparecia nos diálogos.

Os fãs de Star Wars tiveram que esperar quase três anos para ver mais um filme de Star Wars, mas nos videogames apenas alguns meses com Episódio V – O Império Contra-Ataca que saiu para NES e GameBoy. Este também foi lançado pela JVC. O jogo também tinha algumas bizarrices, apesar de você enfrentar o Darth Vader na camâra de congelamento, no game Han Solo não era congelado, e você ainda salvava ele das mãos de Bobba Fett e destruia a Slave 1 atacando com a sua X-Wing.
Apesar destas disparidades, era um excelente game do NES e tinha recriação fantásticas com fases dentro da base Rebelde em Hoth, o treinamento de Luke em Dagobah e os corredores de Cloud City. Vários personagens de Star Wars apareciam neste game, mas o único jogavel desta vez era o Luke, e agora já incluia diversos poderes da Força, e também já incluia o sabre de luz, o que agora fazia total sentido.
Estes foram os últimos games de Star Wars a sair para o NES, já que no mesmo ano de lançamento dos dois games, a Nintendo colocava no mercado o SNES. E com isso a JVC lançou aqueles que eu considero os melhores games de Star Wars até hoje, a trilogia Super Star Wars.

Em 1992 a JVC lançou o clássico Super Star Wars, o game começava nos desertos de Tatooine com Luke armado com uma pistola e só ganhava o Sabre de Luz depois de encontrar com Obi-Wan Kenobi. O primeiro chefe saia um pouco fora, já que Luke enfrentava um Sarlacc. Quando Luke chegava a Mos Eisley você podia escolher jogar com o Chewbacca e se encontrar com Han Solo na cantina, e após isso você podia jogar também com Han Solo.
O game ficou muito conhecido também pelo nível absurdo de dificuldade, o que realmente era desafiador e conheço poucas pessoas que realmente conseguiram zerar o game sem usar algum tipo de “cheat”.
O game também tinha um Luke que apenas podia usar o Sabre de Luz, mas não contava com nenhum poder da Força, em compensação, para todos os personagens, os Blasters podiam ter upgrades para aumentar a força de ataque para passar os estágios. O game colocava os heróis para enfrentar diversos veículos imperiais criados especialmente para o game, para culminar na Trench Run e destruir a primeira Estrela da Morte.
Outro ponto forte do game era a trilha sonora, que no console pode ser aumentada e tinhamos 14 trilhas diferentes para o game todo, algo que nenhum game de Star Wars teve antes.

Após o sucesso que foi Super Star Wars, a JVC não enrolou para lançar 1 ano depois, outro clássico, o Super Empire Strikes Back, e trouxe devolta toda a dificuldade do primeiro game, criando mais um jogo extremamente desafiador, que mesmo no Easy deixava a gente louco de raiva.
Como no primeiro game, os jogadores podiam selecionar entre Luke, Han Solo e Chewbacca para passar os desafios do jogo, e contando com fases específicas para cada um deles, por exemplo, em Dagobah só dava pra jogar com Luke, já em Cloud City com Han Solo ou Chewbacca. Han Solo e Chewie tinham pulo duplo, já Luke tinha alguns poderes da Força já disponíveis no game.
As diferenças entre o filme e o game eram pequenas, Luke podia congelar os inimigos com a Força, Han podia lutar contra a máquina de congelar em carbonite, e Chewbacca podia se defender em Cloud City, de resto era o melhor game para os fãs de Star Wars, incluindo uma fantástica fase onde podiamos voar na Batalha de Hoth e derrubar AT-AT’s usando o cabo para amarrar as pernas dos mesmos, como no filme. E ainda como no filme, o final do game nos deixava desesperados para o próximo game e salvar Han Solo.

Em 1995 os fãs foram brindados com a última parte da Trilogia Super Star Wars, com Super Return of the Jedi. O game foi inédito, pois nenhum game lançado até então tinha sido centrando no Episódio VI – O Retorno de Jedi. O game também foi lançado para GameBoy e GameGear.
O game aumentava a jogabilidade para 5 personagens agora, fora Luke, Han Solo e Chewbacca, agora podia jogar com Leia e Wicket, dependendo do level você podia jogar com a Leia disfarçada de caçador de recompensas ou vestida com o legendário biquini de “Leia Slave”. Wicket aparecia nas fases em Endor e podia atirar flechas e usa-las como plataforma.
Como seus predecessores, o game também tinha uma difículdade além da normal, que afastava muitos jogadores, já que era um game para hardcores. A fase com a Millenium Falcon por dentro da Estrela da Morte não era só um desafio para a memória dos jogadores como também para os olhos, com tantas cores e imagens passando tão rápido.
A  divergência com o filme neste game também era pequena, com alguns chefes de fases que não foram vistos em lugar nenhum no filme, como na batalha final contra o Imperador Palpatine, você não enfrenta só o Vader, você enfrenta o Imperador.
A Trilogia Super Star Wars ao menos pra mim, é um dos melhores jogos da franquia de Star Wars e até hoje é exaltado pelos fãs como sendo uma das melhores conversões para consoles dos filmes de Star Wars, e mais de 30 anos depois, os fãs ainda curtem muito e quem jogou ainda elogia muito o game.


Para o Arcade, demorou mais de 10 anos para sair um jogo novo de Star Wars, e só em 1993 a  SEGA lançou então na mesma época de Virtua Racing e usando o mesmo Engine, Star Wars Return of Jedi Arcade II. Neste simulador de voô você podia escolher entre uma X-Wing e uma B-Wing.

Você podia lutar no Campo de Asteróides, dentro e fora da Estrela da Morte e finalmente avançar por dentro dos corredores da Estrela da Morte e destruir seu núcleo. O game também foi a primeiro a incluir um modo colaborativo, onde um jogador podia pilotar a nave e o outro atirar nos inimigos.
O game foi lançado também posteriormente para o o Sega 32x.

Em 1998 a franquia retorna aos Arcades com Star Wars Trilogy Arcade, também pela SEGA e tentando cobrir os 3 filmes da trilogia clássica no melhor estilo de Rail Shooter em 3D.
O game permitia que você seleciona-se no inicio qual filme você iria querer reviver. Cada filme tinha sua característica e no melhor estilo shooter era um jogo divertidíssimo. Entre todos os episódios, você tinha fases bonus onde o Joystiq virava um sabre de luz e você tinha que se defender de Bobba Fett ou de Darth Vader. Este foi o primeiro jogo em que você tinha a chance de empunhar um sabre de luz com as duas mãos e jogar.
Depois disso, a Trilogia Clássica teve um descanço, saindo apenas em relançamentos para outras plataformas como o Gameboy.

Dentre os jogos originais que saíram para Gameboy Advance, temos em 2003 o Flight of the Falcon, jogo sofrível lançado para a plataforma portátil da Nintendo na época. O 3D utilizado para o game deixava o game muito confuso na tela do GameBoy Advance. A única coisa bacana que se tinha, era uma fase bonus que se destravava no game que permitia uma fase de voo com a Falcon no estilo sidescrooler.

Em 2004 tivemos o lançamento de Star Wars Trilogy: Apprentice of the Force também para GameBoy Advance. O game seguia as ações de Luke Skywalker pela ação dos filmes da trilogia clássica em gráficos fluidos no melhor estilo de animação.
O estilo de animação realmente era o grande diferencial e atrativo deste game. E o game tentava, como na trilogia Super Star Wars, respeitar ao máximo os eventos dos filmes.


Somente em 2006 a trilogia clássica de Star Wars ganhou uma nova visão no mundo dos games com Lego Star Wars II – The Original Trilogy, uma versão totalmente estizada pelos bonecos da LEGO e com muito senso de humor. O game era a sequência do primeiro game da série LEGO, que cobria os eventos de nova trilogia (que vai ser tema de seu próprio post ainda).
O game foi lançado no mesmo dia que os DVDs de Star Wars foram relançados no mercado. O game tinha várias fases, muitos bonus a serem coletados e inclusive fantásticas fases de pilotagem de naves clássicas da franquia. O game ainda trouxe a vida momentos marcantes da saga que agora podiam ser jogados, como nenhum outro game, incluindo podermos ser Obi-Wan Kenobi por Tatooine, escapar do verme no asteróide com a Millenium Falcon, poder jogar com o Yoda em Dagobah, fugir com Lando de Bespin. Sem contar a infinadade de personagens que podiamos destravar e depois jogar com eles.
Obvio que o jogo traz algumas diferenças em relação aos filmes, como por exemplo, pai e filho lutando para destruir o Imperador, mas não tirava o principal mote do game, a diversão.
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Neste post colocamos nosso foco na trilogia clássica e sua transição para o mundo dos games. No próximo post da série vamos fazer o mesmo, mas desta vez mostrando os games que tentaram transcrever a nova trilogia de Star Wars para o mundo dos games.

Marcações:

6 comentários em “A história dos games de Star Wars – Parte 2”

  1. Muito bom, adorei o post ! Eu joguei o Super Star Wars de SNES, realmente, o jogo era muito bom e muito difícil também.
    Próxima parte tratará dos mais recentes como The Force Unsleashed, KOTOR e outros feitos pela Bioware ?
    No aguardo.

    1. No próximo pretendo falar sobre a nova trilogia… pretendo fazer um só sobre RPG's e afins… mas fique tranquilo que vai chegar lá

  2. Você pretende, em algum momento, falar dos q pra mim são os melhores jogos de Star Wars: a série Star Wars Battlefront?

  3. Jogando o demo do GoW3 essa semana, tem uma parte que me lembrou mto jogar com a Millenium Falcon em Rebel Assault 2, pra ps1, que por sinal era(ou é, nao joguei recentemente) mto bom.
    Lembrou pq tem uma parte qe vc tem que desviar de uns escombros, e era bem divertido.

  4. cara,eu tenho um ps2 e tenho star wars the force unleashed,star wars battlefront 2 e comprei (graças a essas dicas)o star wars reveng of the sith,q eh um otimo jogo com boas combinações,só q o obi-wan é muito apelao,

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