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A questão da liderança e da saída de game designers de empresas

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Normalmente postaria sobre isso no meu blog pessoal, mas optei por colocar aqui mesmo, já que dá pra ter uma discussão sobre isso. Segundo o Finalboss, muitos desenvolvedores da Tecmo pediram as contas (se demitiram):
Debandada na Tecmo? Rumores indicam que boa parte do Team Ninja foi embora
Isso levanta uma questão interessante quanto a liderança de equipes. Normalmente, depois de vários projetos, uma equipe começa a ter sinergia entre seus membros, conseguindo resultados melhores a cada projeto que ela trabalha. Isso é normal, já que a convivência direta com certas pessoas acaba tendo um nível profissional maior (e quem sabe até amizade entre eles) e todos descobrem, com o tempo, as qualidades e defeitos dos seus colegas de trabalho. É aquele negócio: você conversa mais com quem trabalha na mesma sala (no mesmo andar) do que em outro prédio/andar.
A discussão é: será que se o líder de um projeto sair, todo mundo sai junto? Ou será que isso é problema de apenas uma empresa? Depois da saída do David Jaffe (God of War) e do Cory Barlog (God of War 2 e God of War – Chains of Olympus), não vi nada da mídia quanto a debandada de desenvolvedores da Sony.
Mas uma coisa normalmente acontece: se um game designer de sucesso funda a própria empresa, mas mantém contatos diretos com a produtora que ele trabalhou durante algum tempo (como o Hideo Kojima, da série Metal Gear Solid), parte da equipe antiga acaba acompanhando o cara, já que em time que está ganhando não se mexe.
É claro que é tudo relativo, já que às vezes alguém sai de uma empresa por outros motivos e os desenvolvedores são realocados em outros projetos.
Gostaria de algumas opiniões sobre isso (espero não ter falado besteira neste post…).

3 comentários em “A questão da liderança e da saída de game designers de empresas”

  1. Grande Rodrigo! Começo comentando que não existe issod e falar besteira hehehe Errar é humano! Principalmente quando se erra tentando acertar!
    😀
    Essa questão de saída da equipe logo após um cara genial (ou até mesmo chefe) é muito complexa mesmo… Como analista de sistemas (na verdade arquiteto hauhahua) já vi isso acontecer muitas vezes, uma equipe quando é muito boa, geralmente têm um cara q se sobressai muito, e quando esse cara sai, pode ser tanto por uma oportunidade melhor quanto por falha da empresa em prender o recurso (bons benefícios e bons valores), os outros recursos começam a pensar "se esse cara conseguiu algo melhor, vou tentar também"… Claro que daí também surge o detalhe que o cara que saiu pode sentir falta ou até mesmo gostar da equipe anterior e tentar levá-los para a nova empresa… Isso aconteceu comigo recentemente, mas infelizmente eu não fui para a empresa de minha antiga equipe e hoje integro uma equipe nova a qual ainda estou me adaptando (quase 1 ano depois hehehe).
    O que quero dizer é que poucas são as vezes em que trabalhamos em uma equipe BOA de verdade, daquelas que dá saudade… Com isso sempre mantemos esses profissionais por perto pra trazê-los pra perto, ou irmos ao encontro deles em outras empresas, isso claro, visando o melhor profissionalmente para nós
    😀
    Isso foi apenas uma palhinha do dia-a-dia em uma empresa de software… E games nada mais é do que um software hehehe
    😀
    Alguém discorda? Mas é do texto como um todo hehehe

  2. Bom, eu acho isso um grave problema de gerência. Teoricamente um empregado não pode ser visto com mais importância que a própria empresa, senão ele sai e dá nisso aí em cima. Já ouvi falar em rodízios entre os grupos para que não haja um apego tão grande assim, proporcionando também a disseminação de conhecimento entre os grupos de trabalho, mas não sei se todas elas resolvem dessa forma.
    Alguém que tenha prática com gerência de pessoas e projetos podia comentá sobre o assunto, hein?

  3. É um tanto dificil você fazer um rodízio de uma equipe de calibre com outras.
    Se ela abandonar o projeto no meio, vamo tratar de tocar o barco. Vai ficar diferente e com certeza a qualidade não será a mesma.
    Por um jogo se tratar de uma arte, creio que não seja possível trocar uma equipe inteira. Isso criaria uma inconsistência brutal, pois cada um tem uma forma de fazer arte. Não pode ser padronizado.
    Para mim, o que pode ser feito é criar várias equipes, cada uma com sua independência, mas com qualidades semelhantes (contudo, nunca serão iguais). Daí, a empresa pode perder um time, mas os produtos terão sua marca.

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