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Análise – A vida de um gangster aficionado por roxo. Talvez esse seja Saints Row: The Third

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Depois de 5 anos vivendo à sombra de Grand Theft Auto e sendo apenas um ‘clone maneiro de GTA’, Saints Row: The Third prova mais do que isso, dando uma bicuda na cara de todo mundo e depois faz a dancinha do Carlton só para humilhar. Consegue provar para todo mundo que bater em pessoas com um objeto fálico roxo na forma de bastão, é sim divertido e que ser bandido é nada além que um emprego formidável.

Enquanto a série da Rockstar tenta te mostrar a vida bandida de imigrantes ilegais, sendo isso uma coisa maneira ou não, a série da THQ manda tudo para casa do c@%¨*, literalmente. Posso dizer que antes de The Third nunca houve uma empresa tão despirocada como a Volition e nunca houve um jogo tão caótico, politicamente incorreto, insano, divertido, engraçado e uma  obra-prima da cultura pop.

Vamos contextualizar a putaria toda: Depois de chegar ao estrelato, a gangue Third Streets Saints virou uma marca. Ergueu um grande império com energéticos, filmes e quadrinhos, basicamente joga na tua cara que existe gangsters que são a alegria da garotada. Como no mundo sempre tem aquele invejoso, gangues rivais resolveram se juntar para quem sabe ter a sua cara estampada em uma lata de energético

O Sindicato composto pelas gangues: ‘The Morning Star’ (Gangue padrão), Luchadores (Todos lutadores mexicanos) e Deckers (Mistura entre cosplayers e hackers). Querem acabar com esse glamour da gangue de Stilwater, dizendo que Steelport é deles e todos aqueles mimimis de sempre.Você como o líder dos Saints tem que recuperar tudo que foi conquistado e criar uma nova vida criminosa mas com muito glamour, na cidade de Steelport.

Re-erguer o império dos Saints requer trabalho e é o que não falta em Stellport. Em um sistema semelhante ao de Assassin’s Creed, você tem que cuidar de certas áreas, cumprindo certas tarefas ou comprando instalações como loja (de armas, carros, roupas, tatuagem ou cirurgia plástica). Assim você ganha mais influência naquela área e a cada hora você recebe uma quantidade X de dinheiro, além de ter um desconto bacana de 10% em cada estabelecimento. Tudo isso pode ser administrado pelo seu smartphone, ‘du futuru’.

Toda vez que compro um estabelecimento sinto que meu pequeno império bandido esta crescendo, é uma mecânica bem bacana e funciona no mapa -não muito grande- de Steelport. Sinto essa sensação também nas Cribs, a sua moradia no jogo onde pode gerenciar suas armas, seus carros roubados tunados, sua gangue e dar uma tapa no seu visual. Todas elas tem aquele visual e aquele feeling de ‘Mano sou um bandido/gangstar DA HORA’.

A história além de bem engraçada e sem pé nem cabeça, te introduz o carro-chefe de Saints Row: as Atividades (lê-se missões). São poucas, mas são variadas não vindo aquela sensação de repetição e cansaço de fazer a mesma coisa várias vezes. Poderia citar todas aqui, mas quero dar um grande destaque ao ‘Professor Genki’s Super Ethical Reality Climax’. Você tem que chegar até o final da fase com um montante X de dinheiro e para conseguir isso tem que atirar em pessoas vestidas de animais de pelúcia, cachorro-quente, energético e na versão Cabeção de Johnny Gat. Se atirar em alvo Panda você perde tempo, se atirar em um tigre ganha tempo e atirar no Professor Genki com os olhos de cifrão, ganha dinheiro. Tudo isso com uma narração bem humorada, digna de um programa de esportes.

Eu poderia mencionar a corrida de moto por checkpoints estilo Tron, correr o bastante para satisfazer um tigre que está no banco do passageiro e arrecadar x de dinheiro destruindo tudo com um tanque de guerra. Mas depois eu faço isso.

Minha maior reclamação com GTA são os carros. Parecia que eu estava jogando Gran Turismo em vez de GTA, era totalmente estranho fazer uma curva e fugir da polícia sem bater ou destruir o carro. Acontece o mesmo em Saints Row, mas eu senti uma estabilidade maior, mesmo se o carro não estivesse tunado. Muitas vezes eu consegui fugir de gangues e da polícia na maior tranquilidade, coisa que não ocorria comigo em GTA. E se você tiver dinheiro suficiente pode tunar o carro para que ele torne-se uma máquina de correr, isso sem precisar de uma grande habilidade de controlar carros.

O tiroteio também me agradou. A possibilidade de subir o nível de suas armas e ter um grande arsenal, é bem bacana e quando você está mais na frente do jogo tudo fica fora do controle. Lá estava eu, indo com o meu Torch amarelo roubado tunado, para ir em uma ‘Gang Operation’, acabar com todo mundo e ganhar mais respeito e grana. Chegando lá, peguei meu SA-3 Airstrike mirei nos meliantes e BUM, chamei um airstrike digno de Modern Warfare. Ganhei respeito (equivalente a experiência) e uns trocados. Eu podia ter chamado um camarada meu pelo celular e ele vir com um tanque de guerra e matar todos, mas resolvi manter uma certa ‘sutileza’.

Podia aqui citar vários dos momentos incríveis de Saints Row The Third mas existem algumas missões absurdas que merecem destaque. Até o momento a melhor delas é o resgate do Zimos, cafetão old style que só fala por auto-tune. Depois de ser atacado no funeral de Johnny Gat, você vai atrás de Kinzie Kesnhigton, uma hacker ex-FBI que vai te ajudar nesta empreitada bandida. Ela diz que um grande aliado, Zimos, está na mansão sadomasoquistas das irmãs DeWynter. Você invade o clube sadomasoquista e mata o dono, depois vai até o resgate do sósia de T-Pain, que esta meio desconfortável com uma gag-ball na boca e com pouca roupa. Rapidamente você o salva e tem que fugir de volta para o seu cafofo. Entra uma das melhores sequências de perseguição da história dos joguinhos eletrônicos estilo video game, você e seu amigo Pierce, sendo puxados por Zimos em uma carroça; enquanto o pessoal da Morning Star está te perseguindo nas mesmas carroças. Você atira bastante e ela explode, que nem um carro faria.

Isso torna-se comum e mais cenas de ação desenfreada aparecem. (destaque para as missões com o pessoal da S.T.A.G). Vira um costume, na verdade uma expectativa de ‘o que ele vão fazer agora?’. Prometo que serão as 10 horas -ou mais- mais divertidas que você encontrará em um jogo de 2011. A imensidão dele ajuda, além de ter um modo horda estilo Gears of War e um um sistema de customização incrível, tudo para deixar o seu personagem com aquela cara de mafioso do mal.

Não preciso nem dizer. Compre, alugue, peça emprestado, não sei. Arrume um jeito de jogar Saints Row: The Third, a diversão é garantida. Volition, que o Saints Row 4 seja mais insano e divertido que The Third.

7 comentários em “Análise – A vida de um gangster aficionado por roxo. Talvez esse seja Saints Row: The Third”

  1. Eu tava interessado nesse game, apesar de não ter jogado os outros. Começo do ano vo focar em SCV e SSX, esse é um dos que virão em seguida.

  2. ze das couves

    jogasso! Saints row 3 resgatou algo que o GTA IV perdeu: a diversão!

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