Pular para o conteúdo
Início » Azeroth » A vida em Azeroth 01 – Do Trial à versão completa de World of Warcraft

A vida em Azeroth 01 – Do Trial à versão completa de World of Warcraft

World of Warcraft - Classic Launch WoW Wallpaper Screen Full HD

Ontem foi um dos dias mais esperados para quem passou meses analisando uma possível compra do World of Warcraft, um dos games online mais famosos do mundo e que tem um fator de vício maior que a maioria dos games existentes. Ter uma conta trial é uma coisa. Ter acesso ao jogo completo é bem diferente. E ter as expansões também. Através da uma ajuda de um colega meu (e leitor do blog), ele me arrumou uma chave “de amigo” e então poderei testar, por 1 mês, o game completo, para ganhar mais propriedade para continuar como blogueiro de games. É o jogo básico, sem expansões extras, com as classes iniciais, acessando várias partes e sem passar por outras (como Gilneas, a terra dos Worgen/Lobisomens). Claro que, ao usar a chave, eu vi as formas de pagamento, e uma delas tem PayPal. Por ter conseguido associar o meu cartão de crédito no site esta semana (caçando sites que vendem cartões de grana para a PSN Store), então ficou muito mais fácil manter o game online pagando os 15 dólares por mês e sem depender de cartão de crédito internacional (a menos que eu não consiga usar o cartão nacional no Paypal depois). E convenhamos, sai mais barato você manter o World of Warcraft do que manter um console potente comprando games regularmente.

Mas ir para Azeroth demanda você escolher o que irá fazer no seu tempo livre. Mesmo não tendo tudo disponível, ainda tem muito conteúdo, demandando muito tempo do jogador. Criar personagens diversos, ver diferentes pontos de vista e quests diferentes, interagir com outros players… Uma coisa que eu andei percebendo ao fazer diversos testes em mais de 1 ano (com enormes intervalos de tempo e umas 4 contas diferentes da Battle.net) é que mesmo tentando fazer as mesmas coisas você acaba não fazendo as mesmas coisas. Só as quests iniciais que são as mesmas, onde você, ao jogar e jogar, acaba ficando mais experiente. Em 4 horas eu cheguei ao nível 10, feito que demorei bastante anteriormente por ainda ter pouco conhecimento das mecânicas de jogo. Óbvio que na incursão mais recente eu não completei ainda a “exploração da Elwynn Forest” para ganhar uma conquista, fora outra conquista que eu não ganhei, ao “trocar o visual da personagem”. Até isso tem no jogo:

Personagem temporária que testei anteriormente na época do Evento Nobregarden.

Outra coisa a se comentar é a quantidade de vezes que eu morri, mas com a personagem mais recente eu andei morrendo muito. Sei que eu tenho ítens de cura, mas a obrigatoriedade de me sentar para comer faz com que eu não use os ítens, até conseguir uns Potions numas quests e ter usado apenas uma vez. Talvez por ainda não ter decorado o meu próprio mapeamento das teclas numéricas no jogo, onde eu morro antes de usar as poções de cura. A maioria das quests que já completei de início são simples, mas tem outras com um desafio maior, como uma onde eu tenho de explorar as entranhas da Fargodeep Mine para cumprir esta quest. Bem parecido com o Demon’s Souls: morrendo você volta pro cemitério mais próximo (que é mais distante da mina de Kobolds) e perde todo o seu progresso numa quest/caverna, tendo de recomeçar e se deslocar até lá. Óbvio que o WoW não é tão cruel quanto o game da From Software, e você continua com todos os seus ítens e grana.

E ainda tem as profissões: no jogo você pode escolher 2 delas e pode fazer tarefas de arqueologia, cozinhar, pescar e “primeiros socorros”.

Com o meu primeiro anão eu não tinha essa noção, mas com os outros testes eu consegui fazer algumas coisas. Numa personagem, por ser uma Hunter, eu escolhi, no impulso, a Skinning, onde eu podia retirar a pele dos animais que eu matava no jogo, conseguindo ítens e depois criando outros, com a profissão Leatherworking. O PETA com certeza não deve ter uma boa opinião sobre isso…

Agora, com o meu primeiro personagem oficial eu escolhi a Tailoring, me lembrando das lojas de roupas na série Assassin’s Creed, onde você trocava o visual do Ezio. Em World of warcraft eu posso costurar roupas leves, já que tenho de pensar nas roupas que o personagem pode usar. Escolher uma profissão para fazer armamentos/roupas sem utilidade prática para o personagem tem os seus lados bons e ruins. O lado bom é você poder vender para conseguir mais ouro para comprar outras coisas. A ruim é você não poder usar as que criarem, dependendo da profissão escolhida. Pensei bem ao escolher a profissão e ando em dúvidas qual a próxima que eu deveria pegar. Mineração? Herbalismo? Engenharia? Ferreiro? Ou será que eu fiz uma péssima escolha com a Tailoring?

E por falar em roupas, outra bizarrice é ver que no jogo um chinelo protege mais que uma bota, bastando ter mais defesa.

Ou você ganhar uma conquista ao botar uma roupa-estandarte (?!?) mostrando que você é “For The Stormwind!”:

Pena que aqui o game não tem o sistema de “Lockpick” do Oblivion, onde eu poderia arrombar as casas da cidade ou sair roubando os ítens deles, mesmo tendo consequências ruins depois. O problema seria programar todas as possibilidades e o mundo ir mudando de acordo com o script.

E agora que eu tenho uma conta full (temporária), ando cogitando se eu tento refazer os passos do meu primeiro anão (do servidor Nordrassil) no Warsong (tentando fazer as mesmas quests e chegar no level 10) ou se eu começo do zero uma “nova vida” com as mesmas características. A escolha do servidor era outra dúvida cruel, mas decidi ir pro Warsong por ser o servidor mais “brasileiro” do jogo, começando uma vida solitária para pegar os primeiros macetes do game completo. O ruim é que eu torci o nariz ao ver palavrões no chat em Stormwind (em português mesmo) ou ver gente anunciando toda hora um “procuramos personagens para guildas e que gostem de Raidar Cataclysm e etc etc etc”. Apenas ignorei e continuei com o meu caminho.

A personagem que eu comecei é esta:

Escolhi o nome de Nielle e coloquei o Skyrim, baseado no próximo game da Bethesda, game que aguardo ansiosamente para o final do ano e que jogarei no Playstation 3. Por ter usado bastante magias de fogo desde o início, optei por este caminho na “árvore de talentos”, outro “caminho sem volta” no jogo, pelo menos até eu fazer um bom pedaço (ou tudo?) de cada seção da árvore de evolução da personagem:

O World of Warcraft cativa o jogador nos detalhes. Gravar screenshots numa pasta separada, ter um Armory para todos verem os seus personagens, ficar o dia inteiro pescando (se eu quiser), o fato do game rodar no meu computador xing-ling, a Blizzard sempre lançar novos conteúdos… Pena que o game não tem uma “progressão de enredo” igual aos RPGs tradicionais. Apesar das quests serem o enredo do jogo, muitas vezes eu nem leio direito e já saio fazendo. Em games como o Final Fantasy XIII e Mass Effect 2 você consegue enxergar o porquê de lutar e progredir, com gameplay sensacionais e cenas de animação dignas de filmes de ação. O jogador troca a liberdade por ser um “quase espectador de uma estória”. No World of Warcraft percebi que os jogadores apenas vivem no mundo. Não sei se isso vai mudar quando eu começar a fazer dungeons e/ou raids. É a característica dos games online: aproveitar o gameplay, “viver” num mundo virtual e se divertir “sem compromisso”, até você entrar numa Guilda e marcar uma RAID com amigos para fazer. Muitos podem ter uma opinião diferente, claro.

Mas a maior desvantagem é que, por ser um game com pagamento de mensalidade, você se força a jogar para aproveitar o investimento e às vezes se lamenta de não jogar e achar que está “jogando dinheiro fora”. Com games tradicionais não: você compra o jogo, joga, termina e missão cumprida, passando para o próximo. Alguns tem modos de multi-jogador para estender o tempo de vida útil, mas em games desse tipo você não tem pressa em aproveitar, jogando ocasionalmente e aos poucos. Ou acaba aproveitando bastante um FPS ou os modos online de um Uncharted 2/Assassin’s Creed: Brotherhood, caso não tenha muitos games para jogar ou para caçar alguns troféus que uma hora irão para a sua ID. Ou então o jogador joga uma partida casual num Killzone 3 apenas para passar o tempo, sem precisar “pagar por mês”. Claro que se o World of Warcraft fosse gratuito muitos nem gastariam tanto tempo com ele. Eu baixei o Dungeons And Dragons Online e pude adiar indefinidamente os primeiros testes do jogo, por não ter um “deadline” para poder jogar, por ser gratuito para jogar e tendo um sistema de micro-transações. No game da Blizzard, o deadline será daqui a 1 mês, o que me força a testar mais o jogo para aproveitar a chance.

Espero que eu consiga melhorar a minha organização pessoal para dar conta de tudo isso e continuar com o Select, já que semana que vem começa o multiplayer beta de Uncharted 3. Aí, tempo livre é o que não vou ter mesmo, apesar de ter ganhado recentemente a seguinte opinião: nós criamos a nossa falta de tempo. Tudo é uma questão de escolha.

12 comentários em “A vida em Azeroth 01 – Do Trial à versão completa de World of Warcraft”

  1. "nós criamos a nossa falta de tempo."
    Eu sempre parti desse princípio. E com um detalhe: reclamar da falta de tempo não vai resolver o problema. Só vai fazer você perder mais tempo rsrsrsrs
    Also, Flausino, sai dessa vida, pô. Se tu começar a jogar WoW valendo, adeus PS3 e adeus Select Game…

  2. Eita, bom texto!

    Sabe que se tiver alguma dúvida pode contar comigo.

    De resto, enquanto eu to aqui resistindo pra não jogar, ler textos como esses não ajudam 😀

  3. Marcelo Brand&atilde

    Cara… até o lvl 20 vc consegue upar e se divertir sozinho…
    do lvl 20 ao 30 vc consegue upar sozinho, porem sem se divertir mais…
    do lvl 30 ao 40 vc sua para upar sozinho e nao se diverte mais… vira sua segunda profissao…
    do 40 para frente, vc so se diverte se tiver cia e se conseguir upar rapido para chegar nos high lvl e fazer as raids…

    upar acima desse nivel é UM SACO!

    Also, for a mage, be a frost mage! Frost Mage kick a lot of buts at the same time!!!!

  4. WoW tem dois níveis de leveling. O de personagem cujo cap é 85. Bem fácil e um jogador casual deve conseguir isso em 2~3 meses. Depois disso vem o leveling de gear (iLVL, aquele "4" ali no seu armory). Esse é um saco, principalmente se você é um DPS. :'(

      1. Damage Per Second. São as classes voltadas a causar dano. Como Healer e principalmente Tankers são mais raros, os DPSers acabam esperando muito nas filas para Dungeon, lugar onde você obtém melhores Gears e Justice/Honor points (que também são usados para comprar gear).

  5. Só um detalhe.
    Se esta jogando no warsong escolheu o lado errado.
    Vai apanhar afú quando sair das zonas low.
    For the horde.

    1. Tenho personagens em ambas as facções e até acho que a diferença não seja muito grande. Upei também um char meu de 80-85 na aliança e foi bem tranquilo. Acho que o pessoal acaba ficando empoleirado nas cidades esperando a fila do DF.

        1. Sim. Antigamente, quando se conseguia um grupo, 2 jogadores tinham que ir até a entrada da Dungeon e usar a pedra de summon para "sumonar" os outros jogadores. O problema é que em servidores PvP podia rolar um stress e acabar em PvP na entrada da dungeon. Algumas dungeons tinham praticamente um cemitério na entrada de tanto osso de jogador! 😀

  6. Era bem mais legal quando rolava o pvp nas entradas das dungeons.
    Eu tb tenho char nas 2 facções e digo que a diferença de gente e muito grande. Horda domina geral sem comparação.

  7. Rodrigo,

    Se precisar de umas dicas eh so dar um grito. Eu jogo WoW a dois anos, tenho dois personagens 85 e sou "officer" de uma rading guild. Eu sei como eh meio sufocante no inicio, me lembro de passar horas no trabalho pesquisando sobre WoW, DPS, Tanking, Addons, etc.

    abracao

    Dworg – 85 Warrior (Blades of Oblivion – Galakrond US)

Não é possível comentar.