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Análise – Assassin’s Creed: Enrolations

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Como um grande fã de Assassin’s Creed, no final de Brotherhood fiquei com uma sensação de ‘UBISOFT SÉRIO MESMO?’. Quando vi lá no horizonte Assassin’s Creed: Revelations logo me veio uma luz, depois de quatro jogos teríamos a conclusão da saga de Ezio e de Desmond. Gente, como eu fui ingênuo.

Se você só jogar os jogos da série e não parar para ler nada, certeza que terá muitas dúvidas. Meu maior questionamento era o que aconteceu entre Brotherhood e Revelations, como o Ezio foi para Masyaf e por quê? Lendo um pouco do Wikia, minha mente ficou um pouco mais clara. Depois das tretas no Castelo de Viana e ter matado Cesare Borgia, Ezio volta a vila Auditore e acha algumas cartas de seu tio Mario. Nelas descobre que Giovani, seu pai, menciona uma biblioteca em Masyaf, o templo do grande Altaïr Ibn-La’Ahad. Em 1510, Ezio sai da Itália em rumo da Síria.

Chegando lá rola a cena daquele trailer mostrado na E3 2011 do Ezio sendo enforcado e tudo mais. Lá ele descobre que precisa de chaves para abrir a tal biblioteca, a treta começa quando Ezio vê que os templários já estão lá tocando o terror. Vendo que sua viagem foi em vão, ele mata Leandros (um chefe templário qualquer) e recupera o diário de Niccolo Polo, pai de Marco Polo. Lendo o diário, sabemos que Ezio tem que ir até a cidade de Constantinopla.

Desmond está em coma. Ele acorda em uma parte do Animus chamada de Black Room ou a Ilha de Lost. Lá é recepcionado pelo tão falado Subject 16. Depois eu explico direito essa treta, mas a única coisa que você deve saber é que nessa parte podemos acessar minigames insuportáveis contando mais da vida do bartender assassino.

Se em Brotherhood muitos jogadores “leite com pêra” falaram que é mais do mesmo, é por quê não jogaram Revelations. Continua o mesmo game, só com a hookblade e o sistema de criação de bombas. Não vale a pena citar a jogabilidade tower defense, já que só aparece uma vez durante o jogo todo. São duas adições que funcionam muito bem no game, só não carrega o jogo todo nas costas, transformando ele em uma repetição de Brotherhood. Até o sistema de reestruturação de Constantinopla é a mesma de Roma, nessa parte eu não reclamo mas do jeito que foi feito não exprime aquela diversão que foi mostrada em Irmão Capuz.

Junto com a versão de PS3 vem uma cópia digital do primeiro Assassin’s, aproveitei que tinha jogado pouco e instalei no HD. Gente, como a jogabilidade parkour era fluída. Desde de Assassin’s Creed 2 parece que o sistema de pular de telhado em telhado piorou, inúmeras vezes eu cai de alturas enormes e errei caminhos. Coisa que não acontece no primeiro game, tudo funciona. Realmente não sei o que aconteceu, parece que perderam a mão ou algo do gênero.

Nem a hookblade salvou o parkour, tornou mais rápido e ao mesmo tempo mais frustrante. Eu gostei o sistema de criação de bombas, apesar de o jogo parecer que não precisa delas. Elas funcionam mas muitas vezes você nem precisa delas, acaba usando um de seus assassinos para fazer o serviço. Não estou dizendo que foi ruim colocá-las, mas se não tivesse não faria nenhuma diferença. O bacana é fazer as missões do grande Piri Reis, conhecido na história como o primeiro a registrar o globo terrestre em um mapa. Sua missões são basicamente testar novos tipos de bombas.

Vale lembrar que tem suporte a legendas em português brasileiro. Que ótimo trabalho hein? Apesar de eu achar estranho ‘Lâmina Bico-de-Águia’, está bem feita e inteligível. Aprende aí NetherRealms Studios.

A história de Ezio Auditore da Firenze em Revelations é muito morna. O objetivo principal é recuperar as chaves de Masyaf, a parte chata é ir atrás delas, infelizmente também as figuras históricas bizantinas como Piri Reis e o príncipe Solimão não adicionam nada. Deve ser pelo fato de que poucas pessoas conhecem a história oriental, por isso quando você visita o Palácio de Topkapi é mesmo que nada.

A parte mais chata são os minigames chamados de “Desmond Journey”. Quando você coleta certa quantidade de fragmentos corrompidos da/do Animus, você libera um portal no Black Room. São basicamente puzzles em primeira pessoa onde você usa peças para passar de fase. É meio complicado de explicar, mas em certos momentos você tem que chegar em lugares altos ou longes e utiliza de peças estilo tetris para chegar ao ponto. A única coisa que acrescenta é a narração de Desmond contando como ele foi parar na maca da Abstergo no primeiro jogo, contando desde da sua infância.

São puzzles chatos, realmente só vale a pena para saber mais da história. Alias o amadurecimento do Desmond e de Ezio é impressionante, ambos no começo não sabiam a importância que tinham e agora estão lidando com tudo como adultos. O mais impressionante é o Ezio, reerguendo a Irmandade dos Assassinos em uma maneira de honrar o nome da família Auditore.

Quando você recupera uma chave de Masyaf, sendo 5 no total, acontece um Inception. Ezio revive as memórias do grande assassino Altaïr Ibn-La’Ahad, logo depois dos acontecimentos do primeiro Assassin’s Creed. Acho que ninguém da Ubisoft tinha noção o quão a série ficaria famosa após o segundo jogo, por isso a história de Altair não foi muito desenvolvida e não precisava. Com a evolução da série, ele amadureceu e virou um ícone, sendo mencionado como o melhor assassino que já viveu. Continuar a sua história e mostrar como ele lidou com conflitos e por quê ele construiu aquela biblioteca.

Minha maior motivação foi completar as missões só para jogar com Altair e ver mais um pouco de sua história.

Mencionei antes, Piri Reis e Solimão. Juntamente com outros personagens, não são carismáticos. Sou um cara apaixonado por história, mas em nenhum momento simpatizei com algum personagem. O único que salva nem é figura histórica, é o seu guia Yusuf Tazim. Infelizmente ele aparece muito pouco, devia ter um destaque maior, já que ele é o líder da resistência assassina em Constantinopla.

[SPOILER] Uma das melhores cenas de Revelations é Altair com seus 90 anos retornando ao templo de Masyaf vestidos de trapos, vindo como um outsider. Ele passou esses 30 anos estudando a maçã e dominou conhecimentos novos, dando para perceber que ele sabe sobre o futuro já que ele mata Abbas com a hidden gun. Neste momento Altair recebe sua redenção, quase 40~50 anos depois. A parte mais emocionante é ele dando adeus ao seu filho Darim Ibn-La’Ahad e entrando na biblioteca/cripta e depois morrendo lentamente. [SPOILER]

Sinceramente, tudo isso que falei não importa. Todo mundo, eu me incluo, só queria uma resposta, um esclarecimento, uma ‘revelação’. O que foi dado em troca foram mais dúvidas. Sem muitos spoilers, o final que foi dado para Ezio foi uma bela de bosta, equivalente ao final de Brotherhood. O enredo de Desmond relaciona-se a primeira civilização, aquela Juno que aparece no começo de Brotherhood. Resumindo:  Ubisoft disse que teríamos respostas e na verdade ficamos com duvidas, além do mais 6 estúdios passaram a mão no jogo. Deve ter aprendido com os roteiristas de Lost.

Para consertar o final “mó paia” de Ezio temos à animação Assassin’s Creed: Embers, ela conta o que aconteceu com o italiano boa praça depois dos acontecimentos de Constantinopla. Não vou falar muita coisa aqui, mas mostra como ele morreu. Um momento bem triste diga-se de passagem.

Li algumas declarações da Ubisoft sobre a série e em muitas delas fala que conta a história de um cara com vários antepassados. Errado, Assassin’s Creed é sobre Desmond e seus antepassados, outras mídias tentaram mudar isso como a HQ, Assassin’s Creed: The Fall, com Daniel Cross e seu ancestral russo, Nikolai Orelov. Eu vejo a série crescer mais e mais, isso se acabarem de vez com o enredo de Desmond e partirem para frente com outros assassinos. No momento é preciso fechar o arco dele, por isso acho que Assassin’s Creed 3 é viável esse ano.

Revelations é uma encheção de linguiça, as memórias de Altair salvam o jogo, juntamente com o multiplayer. Ele não deixa de ser divertido, mas deixa de ter aquele brilho que os jogos anteriores tinham.

Por favor Ubisoft, não transforme Assassins’s Creed em Call of Duty. Obrigado.

21 comentários em “Análise – Assassin’s Creed: Enrolations”

  1. Eu já achei o Brotherhood uma encheção de linguiça sem tamanho.
    Claro que é super divertido e o multiplayer é o único que gostei até hoje no PS3, mas a história é ridícula e desnecessária.
    Não havia mais nada a contar sobre o Ezio após o AC II, o melhor era ter criado outro assassino, de preferência uma mulher em algum período histórico nunca mostrado em jogos – quem sabe no 3.

    1. A história do Brotherhood realmente não é melhor, mas depois de um tempo engrena. Alias ele trouxe mais novidades que o Revelations

  2. A história de AC é uma grande e fétida bosta. Essas merdas de primeiros povos, deuses antigos, sério, wtf??? Gosto da série, mas sempre paro de prestar atenção quando vai chegando no final do jogo e eles vão começando a tocar nesse assunto. Aliás, vcs nunca tiveram a impressão q nos jogos da série eles passam o jogo inteiro te enrolando sem contar nada da história, e só mencionam ela no fim do jogo? O único q eu ñ notei isso foi no AC II (aliás, o único bom).

    Em tempo: comprei AC:R só pelo multiplayer 😛

    1. Eu curti bastante o primeiro(devo ser o único, pelo que andei vendo), o 2 realmente foi muito bom, o Brotherhood, diferente da maioria, achei uma bosta, já o Revelations eu gostei bastante =D. Agora quanto essa historia ai, concordando quanto a deixar pro final, eu acho que eles deveriam dividir mais durante a progressão no jogo xD
      Ah e diferente de todos(ou quase), eu odeio o MP do AC ahuahuahu

      1. O primeiro AC é BOOORING!!! É repetitivo até a morte. Ainda não consegui terminar (se tivesse troféus…)

      2. Eu também gostei bastante do primeiro.

        E acho a história de fundo sensacional.
        A história dispensável mesmo é a do Ezio após o 2.
        Ainda não joguei o Revelations.

  3. Caralho, até hoje me arrepio com essa música do trailler, aliás, é um dos melhores, se não o melhor trailler que eu já vi !

    Quem quiser ouvir a música full, o nome dela é : Iron. Banda – Woodkid

  4. como voce pode chamar esse texto de analise, com todo respeito voce so comentou que a historia é ruim, é pior que os outros da serie, mas nao disse sobre jogabilidade, sons e qualidade, por que acho que impossivel esse game nao ter nehuma.

    1. Então, análises de jogos não necessariamente precisam falar de sons, jogabilidade e tudo mais. É a minha opinião sobre o jogo que acabei de jogar. Comentei sobre a jogabilidade, gráficos e sons são os mesmos do jogo anterior não vi nada importante que fosse legal de comentar.

  5. Leonard Maltin

    Gráficos : ****
    Som : ****
    Jogabilidade : ****
    Fator replay : ***
    Geral : ***

    Um bom game mas que não traz absolutamente nada de novo em relação aos ultimos jogos da franquia .
    Que alias , já está cansando até mesmo seus mais ardorosos fãs , se Assassins 3 não trouxer algo de novo à série , será o inicio do fim da mesma …

  6. Finalmente, depois de ter terminado o jogo, venho aqui ler a análise como prometido. Li várias pela net, mas essa tua tive de comentar, assim como a do Dico. Gostei de ambas.

    Pois é. O nome Revelations fez todo mundo pensar que viriam relevações GRANDES, sobre o povo antigo e sobre a tal catástrofe de 2012. Nada. As revelações, no final, eram sobre a vida de Atair (ótima, diga-se de passagem, um personagem que ninguém dava mais nada teve todo um plot emocionante) e como Desmond chegou até ali, criado por Assassinos, fugindo da vida até parar na mãos da Abstergo. De Ezio Auditore, temos quase nada…só está lá para ser usado como uma puta. Temos aqui mais um jogo inteiro (por sorte, curto) enchendo salame para achar as tais chaves e descobrir todo o inception entre Altair/Ezio/Desmond e o tal povo antigo. Inception esse bem fraco, as explicações de como o povo antigo deixou de existir e tudo o mais, parecem terem sido feitas em cima das coxas. Esperava mais explicação para eles.

    De jogabilidade etc, nem tenho o que comentar. Tá mais do mesmo com algumas melhoras (e pioradas) aqui e ali.

    Bom.. Agora é esperar pelo AC3. Além de dar continuidade, quero um FINAL para Desmond, mas tu sabe..Ubi não é boba, certeza que com essa engine nova, vão explocar o Connor assim como fizeram com o Ezio (ok, talvez menos) e teremos mais alguns jogos pela frente. Uma pena.

    Joguei também o DLC do subjetc 16, que mostra toda a vida dele naquele estilo minigame do Desmond. Achei bacana, mostra um pouco do Warren, da LUCY…. e matou a curiosidade de quem era o tal cara. Resta saber o que aconteceram com os outros 15 primeiros (Sim, temos a HQ de um, pelo menos, mas isso até que é bobeira)
    MAS apesar de todos os defeitos, sou fanboy e a história de AC me puxa, e o DESMOND é o principal do game. Creio que se fecharem o arco dele, não vai mais ter série. Ah não ser que ela impéça a tal catástrofe e ..e seilá. Vamos esperar por AC3.

    Bacana o review, IVES.

  7. Na boa, cada um tem seu gosto e tal mas falar que a história é fraca cai na mesma merda que todos falam da Trilogia Matrix, ninguém entendeu nada e vão lá e criticam o filme… que por sinal, o que rapidamente li vcs digitando aqui nenhum tocou nesse assunto, que uma das revelações ditas no jogo é justamente haver um arquiteto que falha na sua criação e ai faz o mundo denovo, assim como Matrix… tb não citaram ai que não precisava nem a Ubisoft ter anunciado que o 3 será no EUA pq no final do Revelations já deixa claro isso… só fechei o jogo essa semana mas quando vi o final me perguntei "porque todo mundo estava com suspense de onde era a continuação se ta claro no final da história que é no EUA?" sem contar que nesse ultimo dlc mostra que na verdade Lucy ajuda os templários e não os assassinos e explica Juno fazer Desmond matar Lucy…

    1. joguei todos os jogos e não ficava claro até o Revelations que Desmond já era Assassino desde pequeno, até pq no 1 e no 2 ficamos com a sensação de que ele entrava na Animus para aprender a ser um Assassino o que na verdade se prova que ele não aprende mas sim relembra, reaprende…

  8. basicamente a história assim como Matrix é o reescrever dos acontecimentos da nossa vida real… não li código da Vinci mas pelo que meus amigos falam é o mesmo esquema tb, dão uma nova explicação a nossa realidade e história…

    1. e chegar a dizer que a jogabilidade piorou é meio que insano sendo que tenho todos para 360 (sou usuário de Ps3 tb antes que alguém fale merda) e já no lançamento do 1 para ambas a plataformas todos sabemos que o 1 foi um lixo no ps3 e vc ainda vem me falar que o 1 do ps3 tem jogabilidade melhor do que o restante? são complicadas essas afirmações, respeito mas não vejo como haver tanta asneiras sobre uma das melhores séries da geração…

      1. isso pq joguei todos Gears e todos Uncharteds, os hypados de cada console, que são ótimos jogos mas não possuem história igual a Assassins… quero acreditar que não entenderam a história como muitos que assistiram matrix não entenderam tb e por isso criticam…

        1. vale lembrar que a Ubisoft utiliza de fatos históricos (e não falo da parte de Desmond) para explicar falhas (como repetição) do primeiro jogo, no qual nos anos relatados no primeiro jogo Deus era o centro de tudo, no 2, renascimento o homem no centro de tudo, então o primeiro jogo Altair era um pal mandado que fazia tudo que lhe mandavam enquanto no segundo a uma liberdade pois Ezio não responde a ninguém, o que justifica as missões variadas… enfim, não vou perder meu tempo!

          1. Outra coisa que havia percebido no jogo e fui pesquisar aqui é que há grande semelhança entre os rostos de um dos filhos de Altair e o Sujeito 16!

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