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Análise – Call of Duty 4: Modern Warfare

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Alguns anos atrás o gênero de FPS (First Person Shooter – Tiro em Primeira Pessoa) estava em saturação. Jogos que a maioria consideravam genéricos, sem inovação, com um modo multiplayer simples para estender o tempo de vida útil do jogo e, em sua maioria, que beberam das mesmas fontes. Praticamente todos os games com a temática de segunda guerra mundial. Alguns poucos que destoavam desta temática, como a série Half Life e Portal que traziam o frescor de novidade aos que estavam cansados de rádios com vozes nazistas, cenários europeus destruídos por bombardeios, invasões em praias, etc etc etc. Mas é um pouco complicado comentar muito sobre isso, já que eu não gostava dos jogos de tiro. Corria deles desesperadamente. Jogar FPS causava enjôo. A movimentação rápida de câmeras e ter mais exploração que ação causava uma sensação ruim em meu cérebro. Joguei vários jogos (nem todos inteiramente), como o Half Life 1, o Counter-Strike, cheguei a ver o segundo Half Life num notebook de um amigo meu, além de diversos demos do PS3, como o Bioshock e o Call of Duty: World at War. E não podemos nos esquecer dos 2 primeiros Medal of Honor para o PSOne, que gostei bastante na época mas acho que só jogava por não ter outros jogos na hora para brincar.

O demo de Bioshock eu achei estranho, mas ainda pretendo dar uma chance ao game final, num futuro aluguel. O Call of Duty: World At War (ambientado na segunda guerra) tem um demo espetacular (que termina um pouco depois que você destrói um tanque de guerra), mas não era um game que eu pensava em adquirir, apesar de ter na locadora. Voltar à temática da segunda guerra mundial é algo que ainda passa longe da minha cabeça.

Mas o que realmente mudou parte da minha mentalidade de FPS foi o Killzone 2. Com um demo espetacular, mas curto demais, vi que estava diante da minha redenção. Mas como meu poder aquisitivo é baixo, opto por poucos games para melhorar a minha coleção e por isso Killzone 2 foi uma feliz compra de um game usado, com um preço imperdível para a época. Era também um risco, mas como já tinha jogado o demo várias vezes na época, decidi arriscar e não me arrependi. Um campanha single-player espetacular, gráficos avançadíssimos na época e momentos dignos dos melhores filmes de ação. Um multiplayer muito bom onde a produtora prezava o equilíbrio, onde você poderia jogar com jogadores do mesmo nível e com as mesmas habilidades, aliado a um sistema de patentes e badges (emblemas) que ficarão na sua ID e que podem ser mostrados no site oficial.

Mas é aquele negócio: para um gamer que se preze e que tenha um blog constantemente atualizado, é quase obrigação experimentar outras coisas e ver que existem games melhores em alguns aspectos. Aí entra a série Call of Duty, com os seus Modern Warfare. O primeiro, Call of Duty 4: Modern Warfare, foi uma outra compra de um game usado e que, por ser ambientado na era moderna, foge da saturação da segunda guerra mundial e que foi um novo divisor de águas da indústria.

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Game do ano em 2007 e o game mais vendido daquele ano segundo o Guiness Book (Edição Games – 2009), com mais de 7 milhões de cópias vendidas para Playstation 3, Xbox 360 e PC. Um feito concluído em 2 meses. Até abril de 2008 já tinha vendido 9 milhões de cópias. Uma máquina de fazer dinheiro da Activision, com um enredo digno de um filme de ação e contado de uma maneira bem interessante, mostrando um briefing com detalhes “computadorizados” e escutando ao fundo alguns dos personagens da história, definindo a próxima missão. O briefing também serve de “tela de loading” onde o jogador fica imerso no enredo, sem precisar esperar o carregamento da próxima fase.

Enredo (via WinAjuda):

Em Modern Warfare, um maluco russo, Imran Zakhaev, quer acabar com a “prostituição” a qual o Ocidente submeteu sua nação, transformando-a novamente na velha União Soviética, e para tal, financia outro maluco, Khaled Al-Asad, para que ele inicie uma guerra e, assim, atraia a atenção dos Estados Unidos, deixando seu caminho livre para agir.

Durante o game, há duas frentes na qual o jogador combate: o SAS, na Rússia, e a USMC, grupo americano que age no Oriente Médio.

Com isso temos de início 2 campanhas, com 2 soldados diferentes, com missões em diversos locais do planeta. Para um jogador experiente, as fases aparentam ser relativamente curtas, e a campanha single-player tem duração em torno de 10 horas, mas são muitas fase diferentes. Em algumas delas você tem momentos únicos na história dos games. Das que posso citar que foram marcantes (com spoilers), temos a inicial, num navio, com ele se mexendo e com uma fuga eletrizante no final; Death From Above, uma onde você está controlando o sistema de armas do avião AC-130 e Aftermath, a famosíssima fase onde temos os minutos finais de um dos soldados que você controla, depois de uma explosão nuclear. Nela você consegue andar um pouco pela cidade totalmente destruída e com uma nuvem radioativa, até você morrer e cair. Killed in Action. Nessa horas, parece que você morreu com o personagem, tamanho o impacto emocional das cenas.

E não posso esquecer de uma das melhores fase pra mim num game de tiro: One Shot, One Kill, onde você tem de atirar em Zakhaev e escapar de Chernobyl ambientada no passado. O final da fase é adrenalina pura, onde você tem de proteger o seu capitão (Macmillan) que está ferido, de uma onda de inimigos. A fase da roda gigante, já que no final dela você está num parque de diversões semi-destruído e abandonado. Acredite, ser um sniper nessas condições trouxe uma adrenalina enorme, além da missão ser relativamente difícil e demorada, diferente da maioria das missões curtinhas do jogo.

Em quesitos técnicos, o game dá um show, se formos analisar o contexto que ele foi lançado. A ambientação de uma guerra é retratada espetacularmente em algumas fases, com explosões, muitos soldados correndo e atirando, e gráficos muito bonitos. Mesmo eu já ter jogado games com gráficos melhores, ainda me impressiono com a parte técnica deste Modern Warfare. As animações dos personagens secundários são realistas e não posso esquecer de comentar do jeitão engraçado do Capitão Price, o personagem mais carismático do game, com um jeito bizarro de correr e com chapéu de cowboy, e que ajudará você em boa parte das missões. Já os efeitos sonoros também são bons, com as explosões de armas, dublagem dos personagens e as vozes em outros idiomas dos inimigos.

Também podemos citar o multiplayer, ainda bastante jogado por muitos. Ele tem 2 bases que foram copiadas por muitos outros games (como o Assassins’s Creed: Brotherhood): o sistema de Killstreak e os Perks. O Killstreak é quando você consegue matar muitos inimigos sem morrer, o que te dá algumas vantagens, como chamar um apoio aéreo. Já os Perks são habilidades que ficam ativadas, como poder correr mais rapidamente, causar mais dano ou mesmo ter energia extra. O sistema de evolução é parecido com o do Killzone 2, baseado em patentes e níveis, onde ao passar de levels você vai destravando novas armas e habilidades. Alguns modos de jogo são clássicos, como o Team Deathmatch (mata-mata) e o Domination, onde você tem de capturar pontos no mapa.

Para aqueles que querem uma campanha single-player interessante, Call of Duty 4: Modern Warfare é altamente recomendado. Se estiver interessado apenas no multiplayer, recomendo adquirir o segundo e/ou o Black Ops, pois tem mais jogadores online, mesmo sendo relativamente fácil encontrar jogadores online. O que já é um feito enorme, pelo game ter sido lançado em 2007.

6 comentários em “Análise – Call of Duty 4: Modern Warfare”

  1. IGUAL AO KILLZONE EU ACHO QUE NÃO IRÁ EXISTIR NUNCA JÁ JOGO HÁ UM ANO E PRETENDO JOGAR POR MUITO TEMPO AINDA , O COD FICA NO CHINELO NÃO TEM ESTRATEGIA .

  2. Nunca fui muito fã de fps, joguei muito CS, mas passei longe do resto, isso mudou com o ps3 graças ao 007 quantum of solace e o Bioshock 2, to com o Black Ops aqui em casa mas nem coloquei a rodar.

    Mas seu texto me fez querer jogar fps. hehehhe

  3. O jogo é legal, mas tá longe de ser o FPS perfeito que muita gente diz. E concordo plenamente sobre os trechos maçantes, tem horas que cansa demais. Mais uma coisa que me desanimou foi a física do jogo, ela é muito ruim.

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