Com lançamento programado para esta sexta-feira, 27 de setembro, Code Vein traz um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade não existe mais e o jogador é uma “Aparição” (Revenant), chamada Vein. Eles lutam pela sobrevivência adquirindo dons de poder em troca de suas memórias, mas tem um efeito colateral da crescente sede de sangue.
Entregue-se totalmente à sede de sangue e arrisque tornar-se um Perdido; vampiros perversos desprovidos de qualquer humanidade que vagam sem rumo em busca de sangue. Trabalhe em grupo e aventure-se em uma jornada aos confins do inferno para desvendar o seu passado e fugir desse pesadelo vivo em CODE VEIN.
O jogo tem um estilo gráfico de anime bem característico dos jogos japoneses e tivemos acesso antecipado na versão para PC, com uma pegada um pouco de “Souls-like”, mas que acaba sendo relativamente mais acessível, de certa forma (considerei bem mais tranquilo que Sekiro: Shadows Die Twice. Saiba mais em nossa análise.
Ficha Técnica | |
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Produção | Bandai Namco |
Desenvolvimento | Bandai Namco Studios |
Lançamento | 27 de setembro de 2019 |
Plataformas | PlayStation 4, PC, Xbox One |
Classificação | 12 anos |
Gênero | Ação em terceira pessoa/RPG/Souls-like |
Descrição | Com um estilo de “Souls-like”, o jogador é uma “Aparição”, uma espécie de vampiro com habilidades especiais (chamadas de dádivas), que irá desvendar o passado e sobreviver em um mundo pós-apocalíptico, enfrentando diversos inimigos e tentando controlar a crescente sede de sangue. |
Online | Sim |
Idiomas | Inglês, com menus e legendas em português |
Configurações do PC | GPU: GeForce RTX 2070 Placa Mãe: Gygabyte ASUS B85M-E/BR CPU: Intel(R) Core(TM) i7-4770K CPU @ 3.50GHz Memória: 16 GB RAM Resolução atual: 1920 x 1080, 60Hz |
Em Code Vein o jogador é uma “Aparição”, uma pessoa imortal, mas desprovida de toda a memória, em um ambiente pós-apocalíptico. Essa “troca” concede poderes, chamadas de “Dádivas”, e aqui reside um dos elementos que eu mais curti no jogo: na franquia Dark Souls, você acaba preso um pouco em determinada build que você acaba montando durante a sua progressão, e acaba sendo um pouco difícil consertar isso durante a própria progressão caso você queira mudar o seu estilo de jogo.
Já no Code Vein você simplesmente escolhe no menu uma dádiva, que concede habilidades específicas. As habilidades podem ser usadas com determinadas armas e dá ao jogador opções dele ser um melee, ou um caster. Só que pra usar habilidades é limitado, gastando de um “medidor de sangue” (não é a energia do personagem), e para encher esse medidor é necessário desferir ataques físicos diretos nos inimigos.
As opções de armas são um pouco limitadas, desde espadas, lanças e uma baioneta (uma espécie de espingarda de cano longo), onde você pode equipar 2 delas no inventário, trocando durante os combates. Cada arma tem uma vantagem e desvantagem, e libera habilidades específicas das dádivas para você utilizar.
O RPG também oferece um robusto sistema de customização/criação de personagens, com dezenas de opções de cabelos/penteados, cor de olhos, pele, cores de cabelo, e na comunidade muitos jogadores já compartilham as criações, com personagens baseados em outros animes. Só acho que poderia ter tido mais opções de roupas, já que nesse ponto teve poucas opções, mas pelo menos o jogador consegue customizar as cores das roupas, tirar acessórios extras, etc.
Além disso, ao chegar na “base” (um hub onde os personagens ficam, numa espécie de mansão) tem um espelho onde você pode customizar novamente o personagem quando quiser. Também tem alguns personagens onde você pode comprar itens, melhorar equipamentos, etc
Da questão dos cenários, por ser um ambiente pós-apocalíptico da era moderna, você começa o jogo em uma cidade toda destruída. O estilo gráfico acaba sendo um pouco sem graça da parte de cenários e poderia ser melhor trabalhado, mas isso vai mudando um pouco com a progressão, oferecendo locais mais variados esteticamente.
Agora se prepare para alguns dos cenários mais intrincados de mundo aberto: cada área é quase um labirinto e só depois de um pouco de progressão que você acaba “liberando” informações do mapa. O jogo também tem uma pegada de “souls-like/metroidvania” no sentido de você abrir atalhos nos mapas para encurtar a sua rota a partir de um checkpoint, que também é bem similar aos “bonfires”: nos “viscos” (uma espécie de planta branca que cresce em alguns pontos) você pode recuperar a energia, upar níveis, teleportar para outras áreas, adquirir/treinar as dádivas, etc.
Para ajudar na exploração dos mapas (já que vai ser relativamente fácil se perder), o jogo marca com bastante precisão a sua rota (como se fosse pegadas na neve) e com isso você pode tentar se orientar para buscar as suas brumas caso você acabe morrendo em algum trecho. Ao derrotar inimigos você acumula brumas, que perde todas ao morrer: com isso você tem duas opções: a primeira é retornar ao local onde você morreu e recuperar todas, mas se morrer no meio do caminho você acaba perdendo aquelas brumas (similar aos jogos da série Dark Souls).
A segunda é usar uma “Fonte Termal”, onde os personagens retornam pra relembrar os acontecimentos e não esquecer, e com isso você recupera metade delas (mas a outra metade de perde). É um lance bem interessante, já que dependendo da localidade e da quantidade de brumas, é mais viável na fonte, pegar metade das brumas que você perdeu pra upar níveis (ou melhorar equipamentos) do que arriscar na raça: eu mesmo cheguei a perder 50 mil numa tentativa que acabei falhando num dos locais.
Da questão de jogabilidade, o jogo é bem similar a um “Souls-Like” em terceira pessoa, com habilidade de desviar, defender e um “backstab” onde o braço do jogador se transforma numa mão demoníaca e desfere um golpe mais poderoso. É um golpe de difícil execução (para quem não está tão acostumado) e nem sempre consegui fazer funcionar, e a defesa, apesar de reduzir o dano, não defende totalmente e você acaba tomando dano. A esquiva acaba sendo mais essencial, mas gasta um medidor de fôlego que pode fazer falta nas lutas contra os chefes. Mas como eles tem padrões de ataque, entender isso deixa bem mais tranquilo.
A progressão não é tão difícil e o jogador pode, inclusive, ter um companheiro controlado pela IA que ajuda nos confrontos e tem um “reviver” que é bem útil em muitas situações, cada um com habilidades específicas e que tem “perks” com vantagens, como adicionar mais dano ou defesa. Só que ele pode acabar morrendo também durante as lutas.
Por ter recebido o jogo no PC para análise, não cheguei a testar o multiplayer na versão final, mas o Code Vein tem opção de “senha”, similar ao Dark Souls 3. Com isso será fácil os jogadores tentarem co-op juntos nos mapas, mas o sistema de multi ainda não estava habilitado no momento. Irei comentar sobre o multiplayer posteriormente aqui neste artigo e em uma nova postagem aqui no blog!
Vale a compra?
Para quem curte jogos com estética de anime e curtiu a franquia Souls, Code Vein é uma ótima opção, com um robusto sistema de customização de personagens e uma boa progressão, apesar dos cenários iniciais serem um pouco sem graça. A parte visual não é tão apurada nos cenários, mas não chega a ser um problema significativo. Já a história melhora bastante com a progressão, mostrando mais informações do surgimento das Aparições (onde muitos detalhes são contados durante as memórias).
O jogo, apesar de desafiador nas questões de jogabilidade e progressão, acaba sendo mais acessível do que os Dark Souls, a progressão de certa forma é tranquila e dá mais liberdade ao jogador na escolha do estilo de jogo, com a escolha das armas e das dádivas. Só alguns chefes que são indigestos, e quero muito testar a parte de multiplayer e co-op quando o jogo for lançado oficialmente nesta sexta