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Análise – Injustice: Gods Among Us

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Injustice Gods Among Us Boxart PS3

Após trazer Mortal Kombat de volta do limbo dos games, a NetherRealm voltou seus olhos para o universo dos heróis da DC Comics e procurou criar um jogo de luta original e que não fosse apenas um Mortal Kombat com skins de super homem e companhia (que era o medo de todos que aguardavam o jogo). Então surgiu o Injustice: Gods Among Us, com super-heróis e super-vilões da DC.

Se você gosta de vídeo games, possivelmente já enfrentou o dilema da compra de um jogo que você não tem certeza se irá gostar. Você não sabe se irá jogá-lo e depois encostar ele na prateleira ou se irá terminar o jogo com um gostinho de “Poxa, não valia aquele dinheiro todo que paguei”, e foi nesse sentimento que depois de muito refletir comprei Injustice. E abaixo estarei demonstrando o motivo de ter valido a pena o investimento.

Ficha Técnica
Produção Warner Bros. Games
Desenvolvimento NetherRealm Studios
Lançamento 16/04/2013
Plataformas Playstation 3, Xbox 360, Wii-U, iOS
Classificação Teen (ESRB), 16+ (PEGI)
Música/Compositores Dean Grinsfelder
Gênero Luta/Fightning Games
Descrição Game de luta entre os super-heróis e vilões da DC Comics
Online Sim

Injustice Gods Among Us Personagens Render

“Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão”

(Querido leitor do Select Game, nas linhas abaixo podem haver spoilers da trama)

Injustice procura demonstrar que pode acontecer quando um herói que já salvou o mundo inúmeras vezes, perde tudo. Sua mulher, seu filho e sua cidade são arrebatados de seus poderosos braços por uma mente doentia tantas vezes presa no Arkham Asylum e que sempre conseguia fugir. “Basta! Ninguém mais irá morrer pelas mãos desses criminosos!” Pensamentos desses tipos devem ter varrido a mente do Homem de Aço que se deixou dominar pela vingança e teve seu senso de justiça totalmente corrompido.

Injustice Gods Among Us The Line Trailer Superman Mulher Maravilha

O mundo agora tem um novo comandante, um deus que caça implacavelmente todos que discordam de sua filosofia de pacificação. Se de um lado temos o Superman e um pequeno exército de super-heróis e vilões a sua disposição, de outro temos Batman e alguns poucos heróis e vilões que tentam trazer o mundo de volta ao que era e tirar o Superman do poder. A narração é bem conduzida e em cada capítulo o jogador controla um personagem diferente. É notável a disposição da NetherRealm em trabalhar cada personagem durante a trama o que é ótimo para ir se acostumando com o estilo de cada um e ver qual se encaixa mais nas preferências do jogador, enfim… o fan service é excelente.

“Bom, agora vou fazer aquele combo que vi no trailer do jogo e… oh Wait!”

Injustice consegue ser um bom jogo de luta e original. A interação com os cenários é um detalhe a parte e abre um leque de estratégias durante as batalhas. Com o toque de um botão é possível arremessar o oponente pelo cenário e o ver, por exemplo, ser atropelado por um metrô ou sendo atingido em cheio pelo “efeito ômega” do Darkseid. Outra novidade é o Clash, que é uma espécie de counter em que você aposta uma quantidade da barra especial numa disputa de poderes a qual pode ditar os rumos da partida.

Injustice Gods Among Us Superman Screenshot

É necessário, porém, evidenciar a curva de aprendizagem do game. Injustice não possui controles amigáveis para aquele jogador de primeira viagem ou mais casual que gosta do velho e eficiente sistema de “esmagar botões”. Não adianta amigo, os combos não saem de forma natural e por vezes você vai ter que pausar o game pra dar uma olhadinha na lista de comandos do personagem escolhido, é necessário treino para pegar o timing certo para a aplicação de cada golpe. Para compensar isso o game permite, por exemplo, que você marque um combo que deseja aprender na lista de golpes e os comandos do mesmo ficarão expostos na tela abaixo da barra de energia. Também há um belo modo tutorial que atende as necessidades tanto de jogadores mais casuais quanto de jogadores que desejam se profissionalizar.

Se eu pudesse resumir Injustice em uma palavra seria “Exagero” e é justamente isso o esperado de um game de luta entre personagens com super poderes. No começo é estranho achar uma lógica em personagens mais “mortais” como o Arqueiro Verde e o Coringa sendo arremessados pelo cenário e ainda assim sobreviverem. O jogo até procura explicar o motivo disso ao longo do modo história, mas pra falar a verdade… nem importa muito. Outra coisa bacana é a existência de machucado e cortes no uniforme dos personagens no decorrer da batalha, é uma resposta a uma pergunta que sempre me fiz do tipo “Ok, eles são super heróis e indestrutíveis, mas do que são feitas essas roupas que não rasgam/queimam/etc de jeito nenhum?!”

Quando o trabalho de dublagem é levado a sério

Se tem algo em Injustice que me deixou maravilhado, foi o trabalho de localização. É perceptível o esforço em agradar o público brasileiro e por isso, temos vozes dos dubladores do desenho como o Guilherme Briggs dando vida ao Superman e tantos outros heróis e vilões. Pessoalmente só achei uma pena ter faltado a voz inesquecível do ilustre Márcio Seixas dando vida ao Batman.

Injustice: Gods Among Us é um jogo que surpreende pela originalidade, não por apresentar coisas que nunca foram vistas, mas por não ser apenas um Mortal Kombat com skins de personagens da DC como muitos temiam. É claro, existem alguns problemas, em especial a necessidade de um maior balanceamento dos personagens (principalmente agora que o jogo entrou para a lista dos games da EVO 2k13), mas fora isso, é um jogo que cumpre o que propõe e é realmente muito divertido travar lutas apocalípticas entre heróis e vilões do universo DC.

Injustice Gods Among Us Select Score

4 comentários em “Análise – Injustice: Gods Among Us”

  1. Gosto bastante dos heróis da DC tanto que jogo o mediano DC Universe Online até hoje, mas o fato é que sou péssimo em jogos de luta, testei o demo e gostei, mas não costumo jogar muito, mas gostei do review.

  2. Me arrependi até de baixar o demo.
    Batalha travada, comandos não-fluidos. Até o Mk tem uma jogabilidade melhor.
    Embora não goste de jogar nada dublado, as vozes ficaram bem características. Digna de um “desenho dublado”.
    Como leitor desde os “formatinhos” da Panini, sinto-me órfão da DC e Marvel.

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