De uns anos pra cá o estúdio Netherrealm, formado com antigos desenvolvedores da Midway, retornaram com a franquia Mortal Kombat, em um reboot bem elogiado pelos jogadores, e posteriormente embarcaram na franquia Injustice, com personagens da DC Comics se enfrentando. A cada lançamento eles foram adicionando e refinando alguns elementos que chegaram ao Mortal Kombat 11, lançamento mais recente produzido pela Warner Bros. Games, trazendo visuais estupendos nos consoles atuais (e que se destacaram mais nos PCs), e um sistema de equipamentos.
Aliado a isso, diversos elementos pra aumentar a vida útil, desde o online às Torres do Tempo, pegando a ideia do “multiverso” de Injustice e adaptando para as famosas torres com os oponentes. O jogo em si está excelente, mas tem alguns elementos que não curti tanto, e para quem não tem tanta familiaridade com jogos de luta irá sofrer bastante nas torres, principalmente com os “multiplicadores”. Saiba mais em nossa análise.
Produção | Warner Bros Games |
Desenvolvimento | Netherrealm |
Lançamento | 23/04/2019 |
Plataformas | PS4, Xbox One, PC, Nintendo Switch |
Classificação | 18 Anos |
Gênero | Luta |
Descrição | Novo jogo de lutas da Netherrealm, onde os personagens confrontam Krônica, que decide reiniciar a linha temporal, e com isso acabam abrindo uma anomalia temporal onde os lutadores mais jovens encontram com suas versões atuais. |
Online | Sim |
Idiomas | Português (legendas, menus, descrições de itens e dublagem no multiplayer |
Configurações do PC | GPU: GeForce GTX 2070 CPU: Intel(R) Core(TM) i7-4770K CPU @ 3.50GHz Memória: 16 GB RAM Resolução atual: 1920 x 1080, 60Hz |
Progressão | Campanha completada e diversas torres do tempo feitas. Online testado em poucas partidas normais. Kombat League não iniciado até o momento. |
Em essência, Mortal Kombat 11 decide dar uma recauchutada em diversos elementos da franquia, ao usar a mecânica de linhas temporais. Kronica, a Guardiã do Tempo e Arquiteta do Destino, decidi reiniciar a realidade ao tentar resetar a linha do tempo, e isso criou uma anomalia temporal onde os personagens que estavam mais jovens vem pra época atual e acabam se reencontrando com as suas versões atuais.
Isso é contado no modo de história, que é bem interessante, mas que acabou tendo muito mais partes não interativas do que lutas propriamente ditas. Não sei dizer se, em questões de design, haveria alguma maneira de ter mais confrontos do que história sem que isso não canse o jogador com interrupções, mas achei o modo de jogo um pouco mal aproveitado. O trecho final também foi bem a desejar, mas não vou comentar muito sobre isso por serem spoiler fortes, mas meio que mudam parte da mitologia da franquia.
Felizmente, nessa parte a dublagem e a localização ajudaram bastante, em um trabalho incrível da localização. Todo o jogo foi localizado para o nosso idioma (dublagem, legendas, descrições e menus), ajudando bastante quem não tem proficiência em inglês.
Agora os pontos que brilham no game é na parte gráfica, o sistema de customizações visuais dos personagens e nas Torres do Tempo, que aumentam absurdamente o tempo de vida útil para quem curte desafios extras. A parte gráfica dá um show, e no PC você consegue visuais incríveis nos confrontos, com pouquíssimas quedas de framerate. O único porém é que o jogo quase nunca ultrapassa os 60 fps por imposição da própria Netherrealm, e até o ponto onde eu joguei no game isso não tinha sido alterado de maneira oficial.
Mas a parte visual dos confrontos está incrível, com muitos efeitos gráficos dos poderes dos personagens, além do realismo extremo dos fatalities, que continuam sangrentos. Aliado a isso, tem o modo Krypta, um cenário 3D onde você explora descobrindo segredos diversos, easter-eggs e destrava novos itens cosméticos para os personagens, que chegam a ter centenas de opções. De roupas tem muitas, com opções de cores e mudanças sutis de design, onde o jogador pode equipar os seus personagens e customizar eles, incluindo alguns estilos de luta.
Já as Torres do Tempo sempre são atualizadas com novas opções e desafios, e aqui complica: dependendo dos “modificadores” dos confrontos, você terá lutas insanas. Nos primeiros dias de lançamento alguns confrontos tinham modificadores tão brutais que você era surrado em segundos. A Netherrealm corrigiu isso, mas não vi tantas melhoras se você tiver azar de pegar modificadores mais pesados, como as nuvens de veneno que ficam acima dos lutadores. Você inclusive pode adicionar habilidades extras com alguns modificadores, mas acionar eles no controle do Xbox no PC eram bem xaropes, principalmente se você equipasse tipos diferentes. Nessa parte a jogabilidade era falha.
Em compensação, o jogo inseriu a mecânica de “Fatal Blow”, que classifico como “último recurso” nos confrontos, já que ele é habilitado quando a sua vida está menor, e quando acertado tira uns 40% de energia do oponente. Só que isso também adiciona uma camada extra de cuidado nos confrontos contra outros jogadores ou contra a IA em torres mais difíceis, pois se você baixar a guarda, um abraço.
Para quem é fã da série ou gosta de desafios extras, ou mesmo jogar com amigos e reviver a época antiga onde todos se reuniam pra jogar os games antigos, Mortal Kombat 11 é altamente recomendado e é tecnicamente impressionante, na parte visual e nas adições extras de longevidade, pegando diversos elementos que deram certo em Injustice 2. Além disso, com mais personagens vindo aí no passe anual, mais a Kombat League com recompensas exclusivas e já disponível, os jogadores terão muitas atividades dentro do jogo por bastante tempo!
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!