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Análise – One Piece: Unlimited World Red (PS3)

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One Piece - Unlimited World Red - BoxArt PS3

A Bandai Namco está se especializando em publicar diversos jogos baseados em alguns dos animes mais famosos do Japão. Dragon Ball, Naruto, Cavaleiros do Zodíaco e One Piece são algumas das séries que estão ganhando jogos mais constantes, onde alguns são relativamente fiéis aos animês (em matéria de visual chega a impressionar) e alguns tiram alguma licença poética para criar um novo enredo ou fazer algumas modificações, como um dos jogos dos Cavaleiros do Zodíaco. Já a série One Piece tem uma base enorme de fãs em todo mundo e um anime longevo, tudo graças ao Eichiiro Oda que consegue criar o mangá bem completo e que tem bastante conteúdo nas revistas de mangá japonesas, diferente do Bleach, onde este último perdeu a qualidade ao longo dos anos. Obviamente não acompanho o One Piece, mas cheguei a começar a assistir os primeiros episódios, e por termos recebido o Unlimited World Red para review, decidi arriscar e jogar mesmo sem conhecer o anime e o mangá de maneira prévia.
Então nesta análise iremos comentar o jogo como ele é: um jogo. Sem comparações com a segunda temporada do mangá, com este análise tendo foco nos aspectos técnicos, de jogabilidade e outros elementos internos do jogo. Mas ao jogar, em um dos momentos finais do jogo eu vi uma pegada clássica dos animes japoneses, dos conflitos se unindo e um pouco da relação entre os personagens, o que me deixou instigado em saber mais sobre o anime e acompanhar a série, mesmo ela tendo mais de 400 episódios já lançados.

Ficha Técnica
Produção Bandai Namco
Desenvolvimento Ganbarion
Lançamento 21/11/2013 (Nintendo 3DS/Japão), 08/07/2014 (Nintendo 3DS, PS3, Nintendo Wii-U e PS-Vita – América do Norte),
Plataformas Nintendo 3DS, PlayStation 3, Nintendo Wii-U e PlayStation Vita
Classificação 10 anos (Brasil), Teen (ESRB)
Gênero Ação/Hack-slash/Musou
Descrição Em One Piece: Unlimited World Red mostra a segunda fase da trama, com o herói Luffy e companhia fortalecidos por um longo período de treinamento. Eles chegam na cidade de Transtown e posteriormente os amigos de Luffy são raptados. Com isso o nosso herói tem de ir atrás deles para reunir os seus amigos novamente, enquanto que um perigoso pirata destrói uma frota da Marinha e que pode estar por trás dos desaparecimentos.
Online Não

One Piece - Unlimited World Red - Screenshot 01 - 1280x720

One Piece: Unlimited World Red se passa na segunda temporada do animê, com os personagens chegando a Transtown, uma pequena cidade que fica próxima ao mar e que está em desenvolvimento. De uma hora pra outra os personagens são sequestrados e as tarefas iniciais do Luffy (e do seu novo amigo Pato) é procurar e resgatar os seus amigos, enquanto que um perigoso pirata destrói uma frota da Marinha e que pode estar por trás dos desaparecimentos. O início foi um pouco frustrante, pois por conta de começar a conhecer a jogabilidade. Sofri no segundo chefe do jogo, talvez por ele estar sozinho, talvez por não ter ítens de cura direito pra poder usar, talvez pela mecânica e do chefe quase ocupar toda a área. Depois o game engrenou bem, quando cheguei no deserto de Alabasta e tinha mais personagens no grupo, como o Zoro, que usa 3 espadas e que, no início do animê, é bastante carismático. Desse ponto em diante que o jogo começou a mostrar, aos poucos, mais das mecânicas de jogo, como ele um pouco hack-slash com elementos de musou, tendo muitos inimigos na tela. A HUD também é bem limpa, mostrando 2 barras: a barra de energia e uma barra cumulativa que o jogador pode usar golpes especiais mais poderosos. Se a barra está totalmente completa eu consigo acionar um especial em conjunto com todos os personagens do grupo, podendo causar morte instantânea ou uma grande quantidade de dano nos inimigos.
Já em Transtown o jogador, aos poucos, pode ajudar no desenvolvimento da cidade, abrindo lojas, fábrica, museu, biblioteca e restaurante, cada um deles com recursos e ítens especiais. O jogo tem suporte a crafting na criação de novos ítens, e no restaurante os jogadores podem comer para ganhar mais HP e poder de ataque. Durante as batalhas o jogador também vai ganhando níveis de experiência como um game de RPG. Em outro local o jogador pode fazer sidequests diversas, desde coletar determinados ítens até vencer chefes, tudo com um timer para completar os desafios. Novas sidequests vão aparecendo, aumentando bastante o tempo de vida útil do jogo, além de dar mais ítens de crafting para desenvolver ainda mais a cidade ou conseguir mais ítens para melhorar os seus personagens.

One Piece - Unlimited World Red - Screenshot 02 - 1280x720 - Battle

Também durante os mapas o jogador pode equipar ítens de caça e pesca, podendo coletar alguns animais (com um mini-game maneiro e baseado em uso rápido de botões do joystick) e pescaria, num outro mini-game onde o jogador tem de apertar os botões em sequência na hora que eles aparecem nessa barra (que lembra um pouco as barras de música do Zelda: Ocarina of Time…). No mini-game de caça, quando o jogador eliminar a resistência do bicho, o jogo dá uma “roleta” da sorte, podendo pegar um animal maior ou animal extra, dependendo da sorte do jogador, e os animais podem se expostos no museu para angariar uma graninha extra. Quanto à pescaria, inicialmente ela é mais fácil, mas o jogo te dá a opção de “combar” a ação, podendo ter outros ítens ou um peixe maior. Mas como os equipamentos iniciais são mais fracos, em todas as vezes que eu tentava eu perdia a tentativa inicial, pois o tempo extra é muito pequeno e o peixe quase sempre escapa. Então nas vezes que eu pescava eu apenas pegava os peixes comuns de maneira inicial, mas eu ficava mais no game de caça quando via um inseto ou um outro bicho andando serelepe por aí quando eu andava nos mapas.
Outro recurso presente, mas que foi raramente usado por mim, é a questão das “words”, um sistema que lembra um pouco o Skyrim: durante as batalhas os jogadores podem usar “palavras-chave” para conseguir ter vantagens, como ataque mais forte para todos os membros do grupo, e o jogador pode equipar algumas palavras-chave antes de entrar na missão do capítulo. Mas por ter equipado ítens de cura no seu inventário, raramente usava eles, e não era muito prático, no calor da batalha, alterar as opções com o direcional analógico, ainda mais com ítens extras de caça e pesca incluídos no inventário.

One Piece - Unlimited World Red - PS3 - Fishing Mini-Game

Apesar do game ter uma progressão sólida (e com um enredo um pouco confuso, já que os chefes simplesmente apareciam e não conseguia contextualizar o momento por desconhecer o anime) o mais complicado é a questão da câmera. Com uma movimentação um pouco presa demais, em muitas das vezes durante as batalhas, quando eu finalizava alguns inimigos nos “cantos” da área de combate eu tinha de reposicionar a câmera, e por mais que tivesse um botão que “remirasse” em um inimigo, raramente eu usava ele e tinha de ficar procurando. Mas a parte pior é em Transtown: como o Luffy consegue se movimentar rapidamente pela cidade com seus braços elásticos, algumas vezes eu ficava um pouco tonto com as movimentações bruscas, principalmente quando saia do chão pra ir no teto. Isso me desmotivava a ir em determinados locais da cidade e algumas vezes eu preferia ir a pé, perto do solo, e só usava a “movimentação rápida” pra ir em uma determinada missão no local perto do porto dos navios.
Já o “Battle Coliseum” é um modo extra de batalhas, onde os jogadores podem enfrentar diversas batalhas em uma arena para ir galgando nos rankings, tendo desde batalhas-solo contra chefes até batalhas com 50 inimigos e com mais personagens. Aqui, pra incentivar o jogador a usar outros personagens, apenas na primeira incursão de um personagem que tem um bônus de experiência (e repetir o personagem não fica tão vantajoso), mas pelo que eu percebi ao iniciar a progressão, o jogador vai destravando novos personagens aos poucos, podendo usar eles logo na sequência. Alguns combates são mais difíceis, mas em sua maioria na dificuldade C foi até tranquilo de terminar as lutas iniciais.

One Piece - Unlimited World Red - Screenshot 04 - 1280x720 - Battle

Tirando o problema da câmera, o enredo um pouco confuso (bem que a Bandai Namco poderia ter legendado esse, como ela anda fazendo com outros jogos!) e a dificuldade inicial, em matéria de visual o game é muito bonito e o jogo tem uma boa longevidade por conta do modo extra de coliseu e poder jogar com outras dificuldades. No PlayStation Trophies a média é de 70 horas de jogo para fazer tudo, e aliado as sidequests e os DLCs extras, One Piece: Unlimited World Red tem bastante conteúdo para um jogo do gênero. Ele também é mais recomendado para quem curte o anime ou quer uma diversão mais descompromissada, e pelo que percebi, não precisa ter conhecimento prévio do animê para jogar e se divertir. Claro que quem já acompanha conseguirá pescar as referências, e por conta de um dos momentos do jogo eu fiquei com vontade de começar a acompanhar, além de pegar futuramente outros jogos anteriores da série na PSN Store.
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2 comentários em “Análise – One Piece: Unlimited World Red (PS3)”

  1. Marcio De Oliveira Junior

    Como eu gostaria de ver um remaster deste game e do Ni No Kuni no PS4!

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