Lançada este ano, The Elder Scrolls Online: Elsweyr continua o “Ano do Dragão” nos conteúdos de Elder Scrolls Online, que irá englobar também DLCs extras com masmorras e outros conteúdos. O jogo online tem mais de 13.5 milhões de jogadores e é um dos melhores MMOs da atualidade, sempre recebendo conteúdos e melhorias constantes para os jogadores.
Com a nova expansão eles trouxeram a nova classe Necromante, a região de Elsweyr e o surgimento dos dragões, que começaram a assolar a região, e com isso os heróis entraram novamente em ação. Saiba mais em nossa análise.
The Elder Scrolls Online: Elsweyr é focado nos dragões e na região que é a terra-natal dos Khajiit, uma das raças mais conhecidas de Tamriel. Os dragões foram libertados e estão invadindo as localidades, causando destruição e outros problemas. Também tem as questões locais que você acaba resolvendo durante as missões, desde libertar um possível aliado que acabou em cativeiro ou mesmo eliminar um determinado alvo que está em algumas ruínas.
As missões são bem variadas, mas uma das cerejas do bolo é justamente os seres alados poderosos, que aparecem em alguns pontos do mapa, e assim é iniciado um confronto de quem estiver na área. E junta uma boa quantidade de pessoas, atrás de recompensas poderosas, em um confronto épico!
Aqui entra em cena o sistema do “One Tamriel”, que foi adotado pela Zenimax alguns anos atrás, que “escalona” o seu nível. Você consegue, mesmo num nível baixo, enfrentar as criaturas, mas com a ressalva de que você tem de se desviar dos golpes, pois o dano acaba sendo bem elevado. E aos poucos você vai avançando de nível e vai coletando recompensas interessantes, desde equipamentos, itens pra você vender em troca de ouro e até mesmo mapas de tesouro, mas que são mais de dicas, do que um mapa com um “xis” no local.
Além disso, no PC os confrontos são incríveis na parte visual, ainda mais por estar com uma GeForce RTX. O jogo fica em 60 fps com resolução Full HD e raríssimas vezes tem queda de framerate, mesmo com muitas pessoas no local enfrentando as feras. E com tantas classes e habilidades variadas, é um show visual espetacular.
Por ser a primeira vez no MMO, é interessante ver que eles se basearam bastante nos jogos standalone da série em algumas das mecânicas. Por exemplo, os equipamentos e as classes. Você pode escolher a classe Necromancer (Necromante) e começa a ganhar as primeiras habilidades, mas só consegue destravar mais com o uso constante delas. Usou bastante uma das traits? Ok, você “upa” o estilo, e destrava uma nova opção, e assim você pode optar por desbloquear um nova habilidade, setando ela em sua barra de tarefas.
Cada uma das 3 traits libera também uma “habilidade suprema”, que é um golpe mais poderoso que você pode usar nos combates, que são em tempo real. Outra questão é que, para quem é marinheiro de primeira viagem, o jogo também dá opções diversas de estilos de gameplay de acordo com o equipamento usado. Você pode escolher sem um “melee” com um machado/maça e escudo, ou atacar à distância com cajados de destruição. Ou até mesmo virar um healer com um cajado de restauração e escolher habilidades da própria classe Necromante (ou tentar outras), criando uma build de suporte.
Você tem liberdade enorme para isso e pode inclusive destravar habilidades passivas, mas senti que acaba sendo meio complicado escolher opções interessantes das que estão disponíveis com a classe Necromancer. Por não saber quais escolher (apesar de que dá pra destravar muitos pontos no decorrer do jogo, mas leva bastante tempo) eu meio que ficava com medo de escolher algo e não funcionar de maneira efetiva.
Agora, o maior problema do jogo é nas questões de deslocamento e do gerenciamento de inventário. Você até pode achar que a região de Elsweyr é “pequena” em comparação com o continente de Tamriel, mas acredite: o mapa é gigantesco! Desde algumas vilas e a cidade de Rimmen, ou mesmo uma cidade perto de um desfiladeiro cheio de pontes e com movimentação vertical, os cenários impressionam. Só que como é um mapa gigante, quando tem um dragão rondando a área, as chances de você não conseguir chegar a tempo de juntar-se com outros jogadores é pequena se você estiver muito longe. Mas é aquele negócio: como eles acabam tendo pontos específicos, ou quando você vê um no mapa mas sem estar em confronto, aumentam as chances de você conseguir pegar o confronto do início ao fim.
Agora, para o gerenciamento de inventário, prepare-se para sofrer com as limitações de espaço. Acredite: em poucas horas de jogo você terá de decidir o que fazer com tantos reagentes caso você mergulhe no sistema de crafting para criar novos equipamentos. E é aqui que a assinatura do Elder Scrolls Plus acaba fazendo uma enorme diferença. O MMO não tem sistema de assinaturas, mas você acaba lotando o seu inventário e o do banco com tantos reagentes diferentes. Desde alquimia, tecido, ferro, e muito mais, e caso você seja daqueles que pretendem fazer masmorras com alguma frequência, vai acabar conseguindo equipamentos, e vai acabar tendo problemas inclusive pra coletar mais loots.
Então decidi testar a assinatura do ESO Plus. A diferença é brutal justamente por conta da “craft bag”, que é um local onde os seus reagentes serão transferidos. Acredite: o jogo fica muito melhor em progressão, nas masmorras e consegue eliminar a sua preocupação em coletar as coisas nos mapas. Só que isso acaba gerando um custo extra pro jogador que é salgado para os fãs brasileiros, por ser US$ 15. No Steam, a conversão não é favorável e sai a R$ 54,90 por mês, algo que poucos vão querer bancar. De vantagens, além da craft bag, você tem acesso a todos os DLCs já lançados até então.
E aqui temos também o problema dos DLCs, e que você não sabe muito bem quais conteúdos e mapas você tem acesso. Se você comprar o jogo + expansão, a edição Standard tem o jogo base, a expansão Elsweyr e os conteúdos de Summerset e de Morrowind. Mas não terá acesso aos primeiros DLCs ou ao PvP da Imperial City. Se você optar por assinar o plano mensal, aí você terá acesso a tudo do jogo que foi lançado até aqui, e são muitos DLCs e conteúdos, desde a Thieves Guild, a Dark Brotherhood (que oferece inclusive missões diárias) e outros conteúdos de história.
O que você pode fazer é, caso você esteja receoso, comprar a edição básica e testar com calma as classes disponíveis e acessar as missões iniciais. O game está todo em inglês, mas no PC é possível instalar um MOD de tradução feita por fãs, mas não está totalmente completo, e não tem todas as quests e falas traduzidas da expansão. Mas pra quem não tem proficiência no idioma acaba ajudando bastante, mas não tem muito as missões secundárias e extras de Elsweyr.
Já os amantes de PvP podem ter problemas. O jogo tem apenas 2 opções para quem não tem os planos de assinaturas: uma de 4x4x4, e um mapa gigante em Cyrodill, com batalha massiva e com opções de campanhas, e uma mais rápida. Durante a sua progressão, se você tentar esse modo de jogo de 4x4x4 e o sistema de pareamento falhar, você acaba ficando em um local esperando preencher todos os 12 jogadores (4 de cada grupo). Então se você desistir, acaba tendo de esperar para tentar novamente.
Para os assinantes do plano ESO Plus, tem a opção da Cidade Imperial, ou você pode optar por comprar o DLC separado na loja, pagando em Crow Points. Não cheguei a acessar no momento, mas também não é obrigatória para quem comprou a Elsweyr.
Vale a Compra?
Se você curtiu bastante o Skyrim e quer um game consistente e que está sempre recebendo melhorias, o Elder Scrolls Online se torna uma excelente opção, e que tem muito conteúdo extra de história, masmorras, as Trials com desafios para mais jogadores, e muito mais. Com a expansão Elsweyr você terá a região para explorar, muitos conteúdos de história e os confrontos contra os dragões.
Sobre o end-game, é aquele negócio: como eles tem planos de DLCs com frequência (como a Scalebreaker e a Dragonhold no final do ano) o jogo sempre está recebendo novos conteúdos. Para quem curte PvP acaba sendo mais limitado, e na prática o Elder Scrolls Online é muito mais focado em PvE mesmo, com missões de história (e centenas de horas!), masmorras e muito mais. E quando você atinge o nível 50 você começa a avançar com Champion Points, customizando ainda mais o personagem numa das 3 constelações.
O único problema é preço, caso você queira ir direto na expansão, já que pode ficar meio salgado, principalmente se você optar pelo plano ESO Plus. Mas se você curtiu bastante o jogo, vale a pena, e vale mencionar que tem diversas guildas brasileiras sempre com os jogadores solícitos e ajudando com dicas, chamando pra fazer atividades ingame, etc.
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!