Depois da não tão bem-sucedida versão “Origins” (que foi feito pela Warner Bros Montreal), caberia a Rocksteady voltar aos eixos com a série atual de games do Homem-Morcego! Batman: Arkham Knight é o primeiro jogo da série para a nova geração, e lançado exclusivamente nela. Com versões para PS4, Xbox One e PC (que veio cheia de problemas técnicos, obrigando a Warner a tirar a versão de circulação por alguns meses, até sair um patch recente para corrigir os problemas) o jogo trouxe a porradaria clássica da série, com a adição de uma Gotham City ainda maior, mais bonita e um batmóvel um tanto quanto poderoso (e um pouco difícil de controlar).
Cheguei a alugar o game por mais de 1 semana um pouco depois do lançamento, mas como eu tava fazendo uma progressão meio cadenciada nos primeiros dias, foi só nos últimos dias de locação que peguei e joguei o game pra valer, fazendo uma progressão mais forte até completar boa parte da progressão. O jogo tem 2 finais: um normal, onde você cumpre uma missão específica e que “termina” o arco principal do enredo, e um final verdadeiro, após fazer mais sidequests. Não prossegui nesse ponto, por questões óbvias de locações, mas deu pra jogar bastante do jogo.
Ficha Técnica | |
Produção | Warner Bros Games |
Desenvolvimento | Rocksteady |
Lançamento | 23/06/2015 (EUA/Brasil) |
Plataformas | PlayStation 4, Xbox One, PC |
Classificação | 16 anos (Brasil), Mature 17+ (ESRB) |
Gênero | Ação |
Descrição | Primeiro game do Batman para a nova geração, trazendo um batmóvel totalmente controlável e visual next-gen, além de trazer um novo enredo com reviravoltas |
Online | Não. |
Música/Compositores | Nick Arundel, David Buckley |
Idiomas | Português (Dublagem e Legendas) |
Aquisição/Versão Testada |
Aluguel direto da versão PS4, com 5 locações seguidas (R$ 25) |
Progressão | Campanha normal até fechar o enredo do Espantalho. Poucas sidequests feitas na totalidade. Em torno de 20 horas. |
A nova geração fez bem à série! Com visuais melhorados e uma cidade aberta e enorme, o jogo é impressionante no PS4. Claro que sempre tenho uma pequena birra com a Unreal Engine e seus serrilhados e anti-aliasing, mas mal dava pra perceber direito com o jogo. O personagem principal está bem realista, com efeitos visuais impressionantes, texturas e cenas de animação com gráficos do jogo e muito bem modeladas.
Já a jogabilidade tem seus altos e baixos. Como de praxe na série, o jogador pode evoluir seus equipamentos e ficar mais poderoso, com os apetrechos tecnológicos, blindagem para resistir a mais dano, e a porradaria clássica da série, com artes marciais e nocautes diversos contra os inimigos, emendando em diversos combos e contra-ataques. O feijão com arroz básico da série, e um ponto positivo!
A novidade aqui entra com o Batmóvel. Além dele andar por aí, poupando tempo de deslocamento entre as localidades (ou o jogador pode sair planando por aí, mas exige mais perícia) o Batmóvel veio turbinado para enfrentar desde inimigos a pé até mesmo tanques de guerra dos inimigos do Morcego. O problema é que o veículo é um pouco difícil de controlar, ele derrapa bem fácil quando você está em perseguição contra outro veículo, e o “Modo de Combate” (onde você pode se movimentar lateralmente) é um pouco difícil de dominar, podendo se movimentar lateralmente e usando mísseis direcionados e mísseis teleguiados quando a barra especial estiver completa.
Dos vilões que o jogo tem, podemos citar (sem muitos spoilers) o Espantalho (um dos principais), Pinguim, Duas-Caras, entre outros. Não vou citar mais para não soltar spoilers extras, mas um detalhe é que o jogo enxugou nas modalidades de sidequests relacionadas aos vilões e personagens secundários, não tendo tantos tipos de missões. Obviamente elas estão em boa quantidade, mas não aparecem logo de cara pro jogador, às vezes ele está se movimentando pela cidade e descobre algum elemento de uma das sidequests (que tem diversas missões, que vão aparecendo com o decorrer da progressão), às vezes o jogador pode optar por tentar localizar uma sidequest que possa estar num local próximo.
Também tem os famosos desafios do Charada, com parte deles envolvendo movimentação interna e controle da Mulher-Gato, parte deles usando o Batmóvel, se movimentando em uma espécie de “mini-game de corridas time-trial”, para chegar num destino específico antes do tempo acabar. Bem desafiador, mas como o carro não ajuda muito, falhas acabam acontecendo um pouco.
Um elemento de destaque em Arkham Knight é a dublagem nacional, que, diferente do Mortal Kombat X e do Battlefield: Hardline (que vieram com muitas críticas dos jogadores e da imprensa especializada) a dublagem do Arkham Knight veio excelente, com dubladores profissionais, e os mesmos dubladores dos personagens dos filmes mais recentes do Cavaleiro das Trevas. O Ettore Zuim conseguiu dublar de maneira excelente o Homem-Morcego, apesar de ter alguns poucos trechos onde ele acabou acelerando a fala, talvez para conseguir caber a frase toda dentro do tempo exato da fala em inglês, e aí não teria mesmo jeito de conseguir uma alternativa.
Os outros dubladores também foram muito bem, o que mostra que a Warner tem de evitar de chamar uma celebridade famosa. Deixe pros dubladores nacionais! Assim a produtora se dá bem e com isso a gente possa ver cada vez mais dublagens melhores nos games por aqui!
Quanto ao enredo e ambientação (alguns spoilers à frente), ele segue após o Arkham City. Difícil comentar spoilers aqui, mas pode-se dizer que eu curti parte do enredo, mas os trechos finais do jogo deixaram bem a desejar, já servindo como um “apressador” de progressão, querendo logo que o jogo acabe. Até mesmo o visual acaba tendo uma pequena deteriorada quanto aos efeitos de partículas a partir de um acontecimento-chave importante, que muda inclusive parte da direção de arte apresentada no início, além de limitar boa parte da diversão do jogo.
Após o término do enredo tem toda a questão do “final verdadeiro” do tal “protocolo Knightfall”, e nesse ponto decidi procurar outras informações para saber mais sobre isso. Interessante ver que eles optaram por uma abordagem diferente quanto ao “final verdadeiro”, adicionando mais tempo de vida útil para quem não pensa em sair fazendo as sidequests após terminar o jogo. Durante a minha progressão até que eu tentei fazer algumas (como deter os capangas do Duas-Caras nos assaltos a banco), mas não sai fazendo todas as missões.
O jogo também tem alguns desafios extras em algumas missões, mostrando os tempos de término dos seus amigos na PSN, criando uma mini-competição para tentar bater o outro tempo. Mas completar os objetivos com o menor tempo também ajuda bastante a evoluir o personagem, além de um New Game+, recomeçando a progressão com os equipamentos existentes, ou mesmo continuando na progressão atual para terminar as sidequests.
Batman: Arkham Knight é um início razoável da série para a nova geração, onde a Rocksteady usou bastante do poderio técnico dos consoles para trazer uma cidade ainda maior e mais impressionante. O enredo eu achei razoável, mas traz algumas surpresas interessantes e algumas reviravoltas na trama, com destaque para 1 dos vilões, apesar de ter achado o principal vilão do game ser meio sem graça.
Só acho que não precisava ter explorado tanto o Batmóvel, pois uma das essências do jogo é justamente o seu sistema de combates visceral, e por mais que isso tenha em grande quantidade, me senti que fiquei mais tempo usando o carro e correndo por aí do que combatendo os inimigos à pé nas missões fechadas.
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!