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BGS 2014 – Bloodborne – Atalhos, Desafios e uma arma secundária semi-inútil

Brasil Game Show 2014 - Estande da Sony - 01

Na Brasil Game Show 2014, um dos jogos de destaque da Sony foi o Bloodborne. Sucessor espiritual direto de Demon’s Souls, o jogo promete ser bastante desafiador, mais agressivo e ainda introspectivo, com um jogo onde você começa não sabendo de muita coisa e termina sem saber direito do mundo, a menos que você busque essas informações em objetos internos do jogo e pela web. Mas na BGS não seria o melhor local para buscar o conhecimento, e sim sobreviver na demonstração, igualmente difícil e agressiva.
No primeiro dia da BGS (que foi reservado para a imprensa e consumidores do ingresso VIP) tinha PS4 com 2 tipos diferentes de escolhas de modelos de personagem. Em uma das estações tinha 2 delas, e em outra tinha 4, tendo mais opções diferentes de jogabilidade de armas. A escolha delas reflete diretamente na jogabilidade quanto ao estilo da arma, mas não consegui perceber diferenças se uma build era mais fácil ou não. Mas eu vi que a última testada (com uma espécie de roupa cheia de penas e uma máscara pontuda) tinha um estilo mais maneiro, com 2 adagas e causando um dano enorme com os ataques mais fortes, usando as 2 adagas em um golpe com os 2 braços, similar a um Rogue de outros jogos de RPG.
Mas o novo estilo proposto pela From Software se mostrou uma tomada de decisões em tempo real e as chances maiores de você tomar uma surra dos inimigos comuns. Se você é acertado, você tem uma fração mínima de segundos para contra-atacar os meliantes, mas aí você não percebe que a sua barra de stamina vai diminuir rapidamente, e aí você fica totalmente sem opções de ação. Defesas nem pensar, já que você acaba tendo uma arma secundária, que mal usei ela nas demonstrações da BGS. A espingarda era relativamente difícil de pensar em usar, mas acho que pelo ambiente proposto do evento, Bloodborne é até interessante de se ver, mas é na calmaria que você conseguirá dominar o jogo. Jogando por poucos minutos e morrendo toda hora não é uma opção muito maneira, e isso aconteceu muitas vezes. Claro que, por ter sido um dia mais tranquilo, foi mais fácil estender e jogar com outras builds e recomeçar a demonstração.
A demonstração começa no mesmo ponto que um vídeo divulgado anteriormente pela Sony, com o personagem já na cidade de Yarnham. Inicialmente o jogo não te dá pistas de como proceder, mas aí, por ser a BGS, o atendente já fala que “ali naquele ponto tem uma escadinha”, algo que você não lembrava de demonstrações anteriores. E como evitei ver vídeos de gameplay do alpha, então tive diversas surpresas na demonstração. Após a escada, o jogo já mostra que ele tem uma pegada relativamente linear em alguns trechos, com  um portão trancado, e uma única roda disponível. Em outro momento da progressão o jogo te dá uma bifurcação, onde você chega numa praça cheia de inimigos e com eles em volta de uma espécie de fogueira, e você pode tentar ir por outra parte.
Aqui que entrou a real dificuldade do jogo. Em algumas tentativas, teve horas que eu via todo mundo já caminhando numa direção, e atingir um deles já chama a atenção dos inimigos mais próximos, e aí eles vão pra cima de você. Você também pode optar por tentar arrumar uma maneira de burlar essa parte e chamar a atenção dos caras com umas pedras que você conseguiu no início da demonstração, mas era uma opção que eu não cheguei a cogitar a usar. É aquele negócio: você se acostuma a matar todo mundo da área em Dark Souls II, e no Bloodborne você também pode querer fazer isso, mas quando tem 10 inimigos próximos, você já sente que isso se torna uma tarefa quase impossível. Outro detalhe, é que pode ser que o game insira inimigos com padrões de rotas, algo que nunca teve direito na série Souls (os inimigos ficam ema área menor andando ou parados até eles te verem).

Brasil Game Show 2014 - Estande da Sony - 02

Em outra tentativa eu consegui abrir um portão e me deparei com o início da demonstração, e vi que nesse ponto a From Software ainda curte inserir atalhos que facilitem a locomoção de jogadores. Ainda mais em uma cidade que promete ser um mapa único. Até o momento não foi comentado se teremos fast travels ou loading times entre determinadas áreas do jogo, mas por conta do poder do PS4, provavelmente só teríamos loading durante as fast travels.
Quanto à parte gráfica, o framerate é bem satisfatório e não vi nada que comprometesse a qualidade gráfica. Tirando alguns serrilhados, o jogo é bem impressionante, e praticamente temos uma Tower of Latria mais “clara”, mas em ambientação o jogo está bem mais sombrio que os jogos da série Souls.
Ainda voltando a questão da arma secundária, dependendo da build, acabou sendo um pouco inútil. Posso até usar ela, mas a espingarda comum que tinha disponível não causava um arranhão dos inimigos e nem os tonteava, dependendo da build escolhida. Provavelmente na versão final a progressão dos jogadores te dê mais detalhes e você acabe se acostumando com um estilo característico, como acontece com a série Souls, mas em uma build já pronta você não tem muitas opções. Fora que quem teve acesso ao alpha acabou tendo um gameplay mais exclusivo e calmo, diferente do ambiente de um evento.
Bloodborne ainda fica como um dos principais lançamentos do ano, apesar de que o jogo não teve tanto apelo diferente do The Order: 1886, que acaba tendo mais apelo por conta do gameplay ser voltado para tiros e ação. O jogo é mais para um nicho específico de jogadores, mas para os fãs da série Souls o jogo ainda está bem promissor. Só que é aquele negócio: aqui não tem mais escudinho pra você fazer uma progressão cadenciada, e com isso as chances de você tomar mais surras serão bem maiores desta vez.

6 comentários em “BGS 2014 – Bloodborne – Atalhos, Desafios e uma arma secundária semi-inútil”

  1. Como assim arma secundária inútil? Nos inimigos normais ela serve ao mesmo propósito de um escudo, só que de uma forma mais agressiva e inovadora contra as hordas de inimigos, além de ser é primordial pra matar o chefe.

    1. Eu joguei aqui na BGS, e sinceramente ela não serviu pra nada. Tipo, se tiver alguma utilidade deve ser pra tontear inimigos, e nem isso serviu. Eu dei um tiro com ela e não aconteceu quase nada. Pode ser que isso dependa de build, ou que na versão final isso esteja melhor desenvolvido, mas até o momento ela não serviu pra nada.
      Talvez no chefe ela possa ser útil, mas até o momento não. Eu fiquei meio decepcionado com a fraqueza da espingarda de uma das builds.

      1. Joguei na BGS, fui o primeiro a terminar a demo por lá. No primeiro dia tava sem fila, deu pra pegar a moral do jogo. Ai consegui entender o esquema do “escudo” arma. Ele interrompe o golpe dos inimigos comuns, igual o escudo funcionava desde o demons souls. Se vc faz no timming certo, os grandões, como por exemplo o gordo do tijolo atrás da porta, eles abrem a guarda por alguns instantes. No chefão Cleric Beast, esse esquema faz ele baixar a cabeça, e gera boas porradas. Tanto que atrás de uma das carroças tem 9 balas.
        Entendo quevocê teve pouco contato com o alpha lá na feira. Leva um tempo pra entender, mas é bem útil ao acostumar.

  2. Interessante, é o único jogo que interessa nos próximos meses. Espero que a espera valha a pena.

    1. Concordo! E quem é fã da série Souls sabe que o jogo promete ter o mesmo feeling, mas a chance do jogo também vir inferior, mesmo sendo next-gen, também é grande. Mas confiemos nos japas! Eles sabem o que faz!

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