Existem n linguagens de programação no mundo. Todas elas tem potencial para criar um jogo, mas a qualidade do mesmo vai depender do foco da linguagem. Num dá pra criar um game complexo num Clipper, mas eu poderia simular um jogo da velha. E hoje existem linguagens que são ideais para quem pensa em desenvolver games.
Sou formado em Sistemas de Informação e já trabalho com programação há cerca de 4 anos, sendo que já mexi com Delphi, Java e agora mexo com Visual Basic. Ultimamente ando tentando estudar Game Design e Desenho Artístico, mas to chegando a conclusão de que eu tenho de me focar em algo que eu já tenho mais facilidade e algo que é mais rápido. Então a palavra programação volta a rondar a minha cabeça e vi que pode ser mais fácil entrar na indústria se eu souber uma das linguagens “populares”.
Só que dentre essas linguagens, há 4 alternativas interessantes que estão em ascensão atualmente: C++, C#, Java e Flash (esta última uma plataforma. A linguagem é a Action Script). A escolha delas também depende do foco do profissional: é mais difícil criar um game num Applet Java e publicar na Web. O Flash pode ser ideal nestes casos. Em empresas médias e grandes, a demanda está sendo no C++. Pra celulares, o Java. Tem também o C# correndo por fora, já que pode ser que no futuro existam oportunidades pra criar games para a Xbox Live Arcade. Aí complica. 4 linguagens com potencial. E não dá pra estudar todas ao mesmo tempo.
Vou listar algumas vantagens de cada uma:
C++ – é a mais usada no mundo dos games, a maioria das melhore engines free e vagas são em cima desta linguagem. Isso para games 3D. Como este ano podem surgir novos estúdios de desenvolvimento vindo de fora, saber bem esta linguagem pode ser bem interessante e pode dar chances ao programador de entrar nesta área. Óbvio que o nível pra entrar numa empresa como a Ubi é muito alto e o cara tem de saber muito bem, além de ter alguns tech-demos no portfólio. Das 4 linguagens, é uma das mais difíceis de aprender.
Java – linguagem boa para servidores e mobile. Para games de celular, é a melhor alternativa, além de que muitas empresas de mobile tem no Brasil e já tem algumas empresas nacionais que criam conteúdo mobile para fora. Das 4 linguagens, para mim seria o ideal, por já ter conhecimento prévio e por já ir direto para celulares. Além de que existem, muitas oportunidades boas para sistemas comerciais em cidade grande e até conseguir um emprego em gamedev, já ter experiência na linguagem e viver numa cidade grande pode contar pontos para a vida profissional.
Flash – pra quem tem site de internet, criar conteúdo online e já ganhar dinheiro com publicidade é uma boa alternativa. Ainda tem serviços como o Kongregate, onde dá pra enviar games e ganhar alguma grana com isso. Além disso, saber bem Flash pode ser interessante também pra arrumar emprego em empresas criadoras de conteúdo multimídia, como sites interativos para clientes, além de games de treinamento para clientes.
C# – A Live está aí e saber em C# (com o XNA) pode ser interessante. Mesmo que o profissional não saibam bem o XNA, saber C# pode ser interessante pra arrumar emprego. Pra mim seria ideal também, já que a semelhança da sintaxe com o Java é evidente.
Se vocês perceberam, estou num problema grave. Se eu escolho C++, vou demorar pra caramba pra ficar decente. Se eu escolho Java, em pouco tempo posso voltar a estar bom na linguagem e passar pra mobile pode ser interessante. De Flash como tenho blogs posso ganhar dinheiro com publicidade. E ainda tem o C#, onde posso começar a estudar a qualquer momento caso a empresa queira começar um sistema novo. Se eles quiserem que eu aprenda o C#, facilita já que posso estudar em ambiente de trabalho e com isso estudo o XNA por fora, no meu tempo livre. É claro que quanto mais ferramentas você conhecer, melhor. Mas estudar muitas linguagens pode não ser muito interessante: você sabe “mais ou menos” de muitas e não sabe “muito bem” de nenhuma. Uma empresa quer alguém que “saiba muito bem” e pode ter oportunidades para todas as linguagens. Basta ter sorte e o cara saber a linguagem que a empresa precisa.
Independente da linguagem, a palavra de ordem é: tenha demos no portfólio. Assim dá pra atestar o conhecimento do profissional naquela linguagem e já ter experiência em desenvolver games.

Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!