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Conteúdo extra é destaque de Rise of The Tomb Raider para PS4; análise

Finalmente, depois de mais de 1 ano, Rise of The Tomb Raider foi lançado oficialmente para o PlayStation 4, a última plataforma que iria receber o jogo, após o lançamento inicial no Xbox One e, posteriormente, no PC. Para compensar todo este atraso (por conta da exclusividade temporária do jogo no Xone e no PC), a Square-Enix optou por trazer a versão mais completa até aqui, trazendo todos os conteúdos extras que foram lançados.

As outras plataformas, claro, receberão os conteúdos que saíram recentemente e que estão no pacote, deixando as versões em pé de igualdade no quesito DLCs, mas como estamos falando de um jogo com preço total na PSN Store e nas lojas, é o mínimo que poderia ter. Tivemos acesso ao jogo e ele é promissor, trazendo uma Lara Croft mais madura, um jogo ainda mais aberto e, como citado, um monte de extras!

Ficha Técnica
Produção Square-Enix
Desenvolvimento Cristal Dynamics
Lançamento 10/11/2015 (Xbox One e X360), 28/01/2016 (PC) e 11/10/2016 (PS4)
Plataformas PS4, Xbox One, Xbox 360 e PC
Classificação 16 anos (Brasil)
Música/Compositores Bobby Tahouri
Gênero Aventura/Ação
Descrição Novo game da heroína Lara Croft, onde ela quer chegar em uma cidade perdida, seguindo os passos deixados pelo seu falecido pai.
Online Sim

Rise of The Tomb Raider - Escalada no Gelo

Rise of The Tomb Raider aprimora com louvor todas as ideias que vieram no reboot oficial da franquia. Antes do reboot de Tomb Raider, a fórmula estava engessada e, apesar do Tomb Raider Underworld ser bom, o jogo ainda tinha o DNA básico da franquia, e com a série Uncharted respondendo à altura na geração passada, era hora de mudar radicalmente com a série, trazendo uma Lara Croft podendo caçar para sobreviver e em uma ilha inóspita e cheia de perigos, em um mundo totalmente aberto. Em Rise temos o mesmo know-how, mas com novas locações.

O jogo começa com a personagem tentando achar uma cidade perdida, seguindo pistas deixadas pelo seu pai e que estavam anotadas em um diário. Ela acaba sofrendo um acidente e tem de recomeçar, e o jogo tem um trecho linear para ensinar diversos comandos básicos, e depois parte direto para o mundo aberto, com diversas possibilidades. Desde ter de caçar pra conseguir suprimentos ou mesmo apelar para a furtividade e matar inimigos sorrateiramente, as locações são um enorme playground de possibilidades diferentes, dependendo do estilo do jogador. Claro que, apesar da furtividade ser uma boa opção para quem gosta do estilo (que concede mais exp pelas execuções) o jogador invariavelmente acaba optando pela força bruta, tanto com golpes corporais, ou na base dos tiros, com as armas que você tiver à mão.

Rise of The Tomb Raider - Exploração - Imagem

Só que o que realmente brilha no jogo não é bem os trechos obrigatórios com combates, e sim toda a exploração, tendo 2 modelos: o modelo clássico de escaladas nas localidades, após limpar a área e indo para os locais designados pelo jogo, ou mesmo entrar em tumbas opcionais e que estão espalhadas por aí, resolvendo puzzles, com alguns deles envolvendo exploração. Explorar as tumbas rende habilidades extras e que ajudam nas aventuras, mas nem sempre entrar nelas é fácil, o que acaba rendendo um “puzzle extra” dependendo da localidade.

Também tem as fogueiras, onde o jogador tem um momento de descanso e pode se preparar, melhorando habilidades da personagem ou melhorando as armas, com recursos que o jogador vai coletando no meio do caminho. Inicialmente o sistema de coletas é maçante por conta de requerer o uso da habilidade de detetive, mas depois que o jogador destrava habilidades extras dos recursos brilharem ao chegar perto, esse sistema fica mais fácil, não precisando mais usar a habilidade com frequência. Aos poucos a personagem também ganha acessórios extras que ajudam a alcançar lugares antes inalcançáveis, e pelo jogo ser totalmente aberto, o jogador pode retornar a localidades antigas e reexplorar tudo, usando as novas habilidades.

Agora, para compensar a espera, o jogo também vem com DLCs extras, como o Baba Yaga, a Mansão Croft e o Pesadelo de Lara. Os pacotes trazem estilos totalmente diferentes do que estamos acostumados a ver no jogo, com destaque para o Pesadelo. Como manda o figurino nos jogos de horror de sobrevivência e zumbis, a personagem está em sua mansão e tem de sobreviver a hordas de mortos-vivos, e pelo modo de jogo não oferecer checkpoints, você realmente entra em desespero para conseguir se safar de certas situações e se manter vivo, enquanto pega as manhas e depois consegue diminuir o tempo para achar as caveiras que você tem de destruir, até conseguir chegar no chefão. Nesse modo de jogo o jogador pode usar perks extras com cartas que ele coleta, ajudando um pouco na tarefa, ou pode deixar o modo ainda mais difícil, dependendo do estilo do jogador. Com munição limitada e muitos zumbis chatos de matar, o jogador tem de ser bem habilidoso.

Rise of The Tomb Raider - Pesadelo de Lara

Já a Mansão Croft é aquele velho estilo de exploração da mansão dos primeiros jogos, mas com uma roupagem mais atual. Aqui ela tem de coletar pistas da localização do testamento de seu pai, para impedir que a casa seja repassada para outra pessoa, e para isso ela tem de explorar cada canto, enquanto que o jogo traz lembranças dela criança. O DLC aparenta ser curto, mas não é tão curto como pensava, e será necessário quebrar a cabeça e explorar bem a mansão para conseguir avançar.

Da parte técnica, a dublagem está muito boa para os padrões atuais e o jogo tem um visual impressionante, que é acentuado com os ambientes de mundo aberto, que estão entre os maiores que já vi em jogos do gênero. Efeitos de iluminação, o cabelo dela se mexendo realisticamente (adeus cabelo que atravessa o corpo, mas vamos dar um desconto que antigamente não tinha tantos recursos…), efeitos de neve e marcas que o jogador deixa no chão em locais com neve intensa no chão…o jogo está bem caprichado nessa parte. As tumbas opcionais também tem uma boa variedade de cenários e durante a progressão o jogador chega em locais bem diferentes artisticamente, o que ajuda a diminuir a sensação de estar sempre nos mesmos locais. Não é tão variado quanto o Uncharted 4, mas pela premissa apresentada até que o jogo tem diversas opções.

Só não curti tanto o sistema de combates, e acho que o jogo poderia ter tido mais enfoque na exploração do que nos combates contra os inimigos, que tem em bastante quantidade e nem sempre a jogabilidade ajudava em situações críticas, principalmente nos combates corporais com ela usando o gancho. Eles até corrigiram alguns problemas de jogabilidade em um update, mas durante a minha progressão eu cheguei a ter dificuldades em mirar com as armas antes deste update.

Rise of the Tomb Raider - PS4 Screenshot

Já o sistema de cartas, apesar de ser bem usado no modo de Pesadelo, é totalmente dispensável na campanha principal, e o sistema de roupas, que está desde o começo da progressão, não adiciona muitos incentivos para usar durante a progressão. Quase sempre escolhia uma roupa onde ela aparentava ter “menos frio” (principalmente em ambientes com muita neve) e, apesar de ter roupas com habilidades adicionais, eu praticamente fiz a progressão inteira com no máximo 2 ou 3 vestimentas, e acabei ignorando todas as outras. Para fazer tarefas extras até que elas podem ajudar, mas não havia incentivos para usar determinada roupa em uma locação seguinte a uma fogueira inédita que você descobria durante a progressão, e aí você meio que “seguia no automático”, apenas se preocupando mais em usar os pontos de habilidade e melhorando algumas armas.

No PS4, Rise of The Tomb Raider é recomendado para quem não teve acesso anteriormente ao jogo, por conta dos extras que vem no pacote. O preço cheio, claro assusta por conta do jogo estar com preço de lançamento e ter sido lançado em uma época onde há concorrentes de peso na preferência do jogador (como o Battlefield 1 e, posteriormente, o Final Fantasy XV, também da Square), mas acaba compensando um pouco pelos extras que o jogo oferece, aumentando bastante a longevidade do game. Para os fãs da franquia e que tem apenas o console da Sony para jogar atualmente, o game é altamente recomendado!

Rise of The Tomb Raider - Celebração dos 20 Anos - PS4 Wallpaper