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Diablo III – Uma jornada hardcore com Arcanista

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Na semana passada, por ter ficado sem internet em casa (e depender da internet de amigos para trabalhar), decidi usar meu tempo offline para fazer um dos maiores desafios de Diablo III: fechar um personagem no Hardcore com o level 70. Em uma jornada totalmente offline, foi aqui que realmente vi como é o jogo em sua total forma: um game mais desafiador, com menos drops de equipamentos lendários, e muita cautela. Eventos que não tinha visto anteriormente, o coração gelando quando, por alguns momentos, vi a vida quase esvair-se com inimigos com habilidades de morteiros e muralhas, entre outras habilidades mais insanas.

Resumindo: insanidade pura, apesar de ser, de certa forma, acessível, mesmo no nível normal de dificuldade.

Diablo III - Wallpaper Wizard Full HD - 1920x1080

A distância é a alma do negócio

Escolhi Arcanista por ser a classe que mais joguei anteriormente na versão normal e no Reaper of Souls. Por atacar à distância, acabava ficando mais fácil optar por esta rota, aliado à liberdade de configurar as habilidades como eu quisesse. O início da progressão até que foi tranquilo, mas sempre temi a luta contra o Rei Esqueleto, pois, por mais que o nível normal seja relativamente fácil, não poderia dar bobeira contra ele.

Passando por ele, e com os primeiros drops de equipamentos lendários, comecei, aos poucos, a moldar a minha build, algo que não me passava tanto pela cabeça. Aqui entra os atributos dos equipamentos, e ao perceber melhor o atributo de “vida por segundo”, eu comecei a ir trocando os equipamentos que melhoravam tanto este atributo, quanto vitalidade. O dano até que ajuda também, mas no Hardcore o foco é sobrevivência acima de tudo. Com as armas lendárias que eu ia dropando, conseguia manter um dano elevado contra os oponentes, mas isso começou a gerar situações inusitadas.

Diablo III - Reaper of Souls - Jogando no Hardcore 02

Por exemplo: no drop dos equipamentos seguintes. Com aquela mentalidade de que “equipamento lendário sempre é melhor” em Diablo III, eu ficava receoso de mudar e troca por um equipamento raro, e por um trecho da progressão eu apenas fazia trocas de lendários para lendários, e de raros para raros e raros para lendários, sempre aumentando os atributos dos equipamentos e ficando mais forte. Mas com os anéis, algo que não dropava direito na progressão, por boa parte da progressão eu mantive o anel de nível 1 “Sinete da Nevasca”, que adiciona uma chance de congelamento dos inimigos. Uma habilidade particularmente útil e que ajudava bastante, apesar de ver anéis melhores e raros dropando, mas nunca usando eles direito.

Mas posteriormente eu comecei a deixar de lado o meu “apego” por itens lendários e comecei a trocar os equipamentos, sobretudo quando a progressão do jogo estava chegando no limiar da expansão. Com a luta contra o Diablo se aproximando (no Ato 4) eu usava um cajado raro, e as armas lendárias eu deixava tudo no baú. Pois por mais que eu perdesse o personagem, pelo menos poderia preservar alguns equipamentos mais top para a “segunda encarnação” do personagem.

Chegando no nível 70

Passou o Diablo e comecei a expansão Reaper os Souls ainda bem longe do nível 70. Nesse meio tempo sempre explorava os mapas o máximo possível e rezando pra dropar equipamentos bacanas, mas parece que a taxa de drop é baixíssima. Enquanto que no jogo normal você trocava a dificuldade a bel-prazer, aqui optei por não usar essa tática de início, pois não sabia se poderia, depois, voltar a dificuldade. Talvez tentar o modo difícil e ter o buff de experiência, mas…enfim, não era algo determinante para a progressão em si, mas acabava travando um pouco o ganho de experiência e, consequentemente, o drop de equipamentos lendários.

O final da Reaper os Souls se aproximava e o dano nos oponentes estava elevadíssimo. Só que o ganho de experiência estava aquém do esperado, e com isso terminei a expansão no nível 55.

Diablo III - Reaper of Souls - Jogando no Hardcore 03 - Troféu do Malthael

Então veio o conteúdo extra, e aqui morava o segundo desafio do jogo: as Fendas Nefalém e as Caçadas. Pelo jogo ter um troféu/conquista de ter de fazer 500 caçadas, comecei a fazer o máximo possível com o personagem, e ao completar as 5 primeiras do Ato 1, os prêmios do Tyrael ajudaram bastante, com os primeiros sets de conjunto, e um cajado boladão de nível 60. Fiz mais um pouco de grind em mais caçadas e em algumas fendas normais e praticamente troquei meu set de equipamentos, adicionando mais do fator de sobrevivência do personagem.

Se o drop não ajuda, o ferreiro pode ajudar nesse caso! O ruim é o custo elevado pra fazer cada peça, mas valeria a pena, pois o ganho de ouro em si já estava em um bom patamar nesse ponto do jogo e recuperar depois o investimento!

Fui avançando mais um pouco na progressão do Diablo III e a situação começou a se complicar nos níveis finais antes do 70. Com inimigos mais poderosos e equipamentos que estavam um pouco abaixo do nível do personagem (voltando ao mesmo problema de não querer trocar equipamentos por peças melhores por conta de você ter um conjunto completo) então tive de desfazer do set e voltar a usar equipamentos raros, até conseguir chegar no nível 70!

Diablo III - Reaper of Souls - Jogando no Hardcore 04 - Nível 70

Cautela é a chave do sucesso

De certa forma o modo Hardcore em Diablo III não é tão difícil, mas requer uma cautela extrema do jogador, ainda mais se ele quiser fazer uma progressão honesta nos consoles atuais. Com a possibilidade de copiar os saves pra pendrives, poderia ceder a tentação de voltar o save em caso de falha/morte, mas é algo que eu não precisei fazer por conta de habilidade e cautela. Uma progressão bem honesta, apesar de demorada, pois devo ter levado, pelo menos, umas 30 horas de jogo só no Hardcore.

O legal do Diablo III é que as conquistas internas são da mesma conta, englobando todos os personagens e modos de jogo no PS4. Então as caçadas do hardcore ajudam na contagem das 500 caçadas necessárias para pegar o troféu, junto com as conquistas de eventos, que são bem aleatórias e que aparecem com a geração aleatória dos mapas do jogo. Obviamente no PC é mais complicado por conta da obrigatoriedade da internet e, em caso de falha, o jogador poder até perder o personagem, mas muitos não se intimidam com isso e fazem progressões parrudas com todos os personagens, ainda mais se eles gostam realmente do jogo e da franquia.