2 progressões inteiras. A terceira com 75% (em média). 145 horas. A oitava platina deste que vos escreve é o Dark Souls II, que decidi destravar por 2 motivos: mais segurança para escrever sobre o jogo (caso eu faça um guia de troféus completo nas próximas semanas, podendo comentar sobre os troféus com propriedade) e pelo game ser relativamente mais tranquilo que os anteriores. Claro que a quantidade enorme de horas é levada bastante em consideração, fora que o início da busca pela platina coincidiu com a troca do meu modem ADSL, onde mal estava tendo partidas decentes no co-op.
Dark Souls II fica fácil com co-op, isso quando você invoca mais pessoas para te ajudarem contra os chefes. Alguns são ainda mais indigestos no New Game+, a segunda progressão do game onde você preserva a maior parte de sua progressão e equipamentos, com chefes tendo mais HP e você causando menos dano (em termos). Óbvio que você continua a evolução de níveis e consegue mais poder (dependendo de onde você distribui), mas não quer dizer que a sua vida será mais fácil, mesmo você sabendo certinho o que irá acontecer (em termos, já que sempre temos as surpresas básicas que a From Software preparou especificamente para esta progressão).
Lembrando que o relato abaixo tem spoilers! Leia por sua conta e risco, e decidi dividir em 2 partes, pois o relato é enorme (e provavelmente a segunda parte será mais curta que a anterior!).
Com os problemas de modem (intensificados com o patch 1.03, que teve algumas mudanças com relação ao post inicial), eu vi realmente como é o game em sua essência: os chefes ficam mais desafiadores e as batalhas mais épicas, onde tive de me virar pela primeira vez no game, sem poder usar a providencial ajuda com co-ops. Na Heide’s Tower of Flame eu detectei um sinal de NPC no chão que se tornou praticamente um “chamariz”, onde eu atacava o chefe Dragonrider de longe, após ter feito a limpeza de “respawn” de parte da área (onde muitos inimigos não apareciam ao sentar no bonfire para recuperar a energia e as magias). A batalha foi relativamente fácil no “modo quase offline”, e quando fui no Old Dragonslayer eu sofri nas mãos dele. Como os co-ops e PvP estavam tendo um lag tremendo, enfrentar esse cara com outros jogadores se tornava impraticável, e por isso tive de ir sozinho, onde consegui morrer quando faltava UM ataque para terminar a luta. O mesmo erro que cometi outras vezes no jogo, de ser afobado na hora da finalização, onde o chefe conseguia me matar por conta de um descuido meu.
Então crianças, quando for finalizar um chefe em Dark Souls II, certifique-se de fazer isso com segurança e propriedade, pois se ele te atacar com a defesa aberta e você estiver com pouca energia e usar essa brecha, um abraço!
Já na No Man’s Wharf, eu tive de levar a Lucatiel “na mãozinha”, pois já estava ciente da péssima programação que a From Software tinha aplicado para a movimentação da personagem em uma área cheia de locais onde ela pode cair e sumir (experiência própria!). Limpei a área, voltei ao sinal dela e fui cuidadosamente com ela até o Flexible Sentry. Na sala alagada deixei ela como “chamariz”, não usando o Rodeye Ring para que ela ficasse viva e os inimigos virem na minha direção para me atacar no lugar ela. Como percebi que ela não estava sofrendo tanto dano. usei a oportunidade para finalizar o chefe o mais rápido que eu conseguisse, conseguindo o feito! Era o caminho do troféu dos equipamentos dela, onde fiquei sabendo posteriormente que eu poderia executar essa mesma luta mais vezes com o uso do Bonfire Ascetic, caso eu não seja bem-sucedido nas outras lutas que eu precisasse dela (The Rotten, Smelter Demon e Lost Sinner, só pedreira!). Mas optei por esgotar todas as possibilidades nas outras lutas, pois sabemos que em games desse naipe, toda progressão e falha são gravadas no save.
Com o Flexible Sentry e seus novos asseclas derrotadíssimos, a The Lost Bastille foi mamão com açúcar, por mais incrível que pareça. Invoquei a Pilgrim Bellclaire antes das Ruin Sentinels e tanto ela como eu estávamos causando um dano absurdo nas chefes. A primeira foi mais tensa, e quando iria finalizar a primeira com uma Lightning Spear, eu cai da plataforma. Acho que tive mais sorte quando a Bellclaire caiu também, servindo novamente de chamariz pros chefes, e consegui finalizar as 2 restantes de longe, com poucos tiros dos “raios milagrosos” e da Great Lightning Spear (que se tornou a minha arma oficial para a maioria dos inimigos). Faltava a Lost Sinner para finalizar a primeira parte, e já sabia que seria pedreira. Teria de “zerar” o contador de respawn de todos os inimigos da Sinner’s Rise a partir do bonfire, se eu quisesse ter chance de vencer a chefe com a Lucatiel. Mas ainda assim, com parte da área limpa, eu não imaginaria que teria 2 Black Phantoms no final do caminho, e vencer eles retirava boa parte da vida da moça. Aquele negócio: ela aparenta ser bem impulsiva e sai correndo na direção deles.
Como eles causaram bastante dano na Lucatiel, eu tomei na asa na luta contra a Lost Sinner, vendo uma surra épica da meliante em mim, após a Lucatiel ter morrido facilmente na mão da chefe. Nesse momento eu descobri que o meu modem estava mesmo zoado (eu achava que era algo do patch…) e troquei pelo modem anterior que eu tinha guardado aqui (e com a sorte dele estar funcionando depois de uns 5 anos desligado e na caixa). Com isso, invoquei outro jogador e com a Lucatiel eu tive uma luta mais tranquila, mas como aconteceu com o Darklurker, o game de trolla até mesmo após a luta contra o chefe. Como aparecem 2 piromantes perigosos no meio da luta, eles não morrem quando a chefe morre e tive de finalizar eles rapidinho antes do outro jogador (e da Lucatiel) sumirem para voltar ao mundo deles. Consegui passar, e já estava mais tranquilo por mais algum tempo.
Mas nada, nada, nada no mundo me preparou pro inferno que foi a Huntsman’s Corpse, tanto na segunda progressão, quanto na terceira. A primeira parte era mais tranquila, mas quando chegava na parte das encostas (após o terceiro bonfire), na metade do caminho apareciam 2 Black Phantoms gordões e com foices, similares aos outros inimigos que estavam na primeira parte do mapa. E eles apareciam nas 2 pontas da encosta (na sua frente e atrás), não tendo espaço nem pra fugir e nem pra desviar (a menos que você conseguisse se desviar pelo ar). A morte foi iminente em todas as situações, e aí eu tive de ir pra rota mais longa, passando pelas cavernas e matando os esqueletos e as feiticeiras feiosas que teimavam em ressuscitar os esqueletos que você matava. Já o Skeleton Lord e seus asseclas esqueléticos foi pedreira pura, mas tive mais problemas na terceira progressão, mesmo indo lá com munição pesada e usando a Firestorm com o Pyromancy Flame+10, causando bastante dano. Afinal: os inimigos não esperam você fazer o ataque, ainda mais quando você fica com a defesa aberta durante a execução de uma magia de área. Acho que de todos os inimigos da série, eu posso botar no topo do pedestal de periculosidade os esqueletos de “rodas”, pois como eles saem rolando e causando dano constante, eles me matavam com uma certa facilidade. No primeiro Dark era assim, onde eu tinha de matar 1 por 1 cuidadosamente nas Catacombs, antes do Pinwheel.
Passando essa parte igualmente insana (com co-op a luta ficava fácil demais, convenhamos!) outro momento épico e bizarríssimo do New Game+ foi no Covetous Demon, o chefe da Harvest Valley (que na verdade fica no início da Earthern Peak). Como nunca aparecia alguém pra ajudar, fui sozinho contra ele e em um determinado momento da luta ele me comeu, e depois de me mastigar eu apareci sem nada. Nenhum equipamento, armadura, anel, nada de nada. Após eu ter gelado com a situação e sem entender o que aconteceu, a minha primeira tarefa após essa cena inusitada foi continuar a golpear o chefe pelado, com as mãos nuas! Morri logo em seguida e quando voltei ao bonfire eu reabri o inventário já pensando no pior, achando que tinha perdido as armaduras, armas e os anéis. Sorte que eles estavam lá! Eu ficaria muito puto se eu tivesse perdido os meus equipamentos, principalmente as armaduras já evoluídas e os anéis, com alguns em sua versão única. Sorte que a From Software não é tão sádica, pois se fosse, as lutas teriam de ser feitas com armas praticamente descartáveis, com o risco de perder elas para esse ataque estranho dele, e certamente o pessoal comentaria sobre isso nos fóruns. Como na primeira progressão eu fui lá com co-op, a luta foi fácil e o chefe mamão com açúcar. Aliás, ele não é tão difícil, mas acaba sendo bem indigesto (literalmente, com o jogador).
Passando essas partes e com o co-op funcionando normal, o restante da progressão foi relativamente tranquilo até chegar no castelo de Drangleic, onde você tem de matar os inimigos perto das estátuas para que as portas se abrirem, sugando as almas dos inimigos para que as estátuas pudessem ativar e abrir a porta. Na primeira vez tinha um Black Phantom esperando, e como eu “ativava” sem querer os mamutes de pedra (acho que estavam em estado de hibernação, algo assim…) eu tinha de matar os 3 inimigos rapidamente, mas acabei sendo malsucedido na tarefa. Na segunda tentativa eu decidi atrair o Black Phantom extra com um arco e flecha e matei ele primeiro, indo depois nos mamutes. Já nos inimigos normais eu tomei outra surra, pois viam 6 de uma só vez, e não conseguiria matar todos eles lá para que as portas se abrissem. Aquele negócio: com os erros na distribuição dos stats na evolução de níveis, eu não conseguiria ser bom em melee e o Great Lightning Spear não conseguia matar os soldados lá com apenas 1 tiro (fora a demora em executar a magia, deixando a sua defesa aberta, e ainda tinha a questão do raio ir em linha reta…).
Na terceira tentativa eu decidi testar uma estratégia diferente, voltando para a ponte/escadaria de acesso ao castelo (onde os inimigos não te seguiam) e matando 1 por um de longe. Fui num ponto da entrada onde apareciam mais 2 inimigos automaticamente (uma espécie de “ponto de respawn automático) e consegui atrair eles para as estátuas, matando eles próximo das estátuas. Entrei no castelo e consegui localizar todos os bonfires, e lá quase sempre tem ajuda disponível de outros jogadores para passar por essas partes mais indigestas. Consegui terminar o game depois de mais uma seção de tortura na Shrine of Amana, um dos locais mais complicados da série. Sorte que o Demon of Song foi moleza de matar sozinho, por conta dos meus raios estarem causando bastante dano (e com a evolução focada em Faith, passando de 50 para poder usar a Sunlight Spear).
Na próxima parte do post terá um relato dos últimos troféus e do troféu mais demorado do game: a Master of Sorcery, onde eu tomei as surras mais épicas do jogo contra outros jogadores, na covenant Bell Keepers. Até lá!
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!