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Diário Gamer 11 – Gran Turismo 5: Prologue

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Existem 3 games em específico que eu gostaria muito de testar um demo antes de adquirir: Call of Duty 4: Modern Warfare, Street Fighter IV e o game deste post. Sim, o Gran Turismo 5: Prologue estava na minha lista de testes, mas eu sempre me lamentava por não conseguir pelo menos ver com os meus próprios olhos e jogar. Na época do lançamento até teve um beta, mas eu não tinha o PS3. Aí lançou o Prologue, que fez um relativo sucesso (chegando esta semana a quase 4 milhões de unidades vendidas), apesar de que o jogo entra na mesma categoria do demo de Final Fantasy XIII: um demo gigante e pago (já que o jogo da Square vem junto com um filme Blu-Ray). Essa é a classificação oficial (minha) do Gran Turismo 5: Prologue. Mas o que eu vi me surpreendeu, e muito!

Para começar bem, vamos a polêmica básica de cada dia: eu classifico os jogos de corrida em 3: os arcades, sendo que tem o Burnout Paradise no topo (superando todos os Need For Speeds que já joguei), os simuladores normais (GRID, Forza 2, etc, sendo que já testei um pouco dos dois) e os meio-simuladores, onde eu coloco a série Gran Turismo e, quem sabe, o Project Gotham Racing 4, tentando correr atrás. Acho que eu gosto mais de Gran Turismo por ser da Sony, por ser longo, por ter tido a oportunidade de jogar ele no PSOne (os dois primeiros) e pela jogabilidade facilitada no começo, com carros fáceis de controlar. Já para fins de análise de alguns elementos o único game com o mesmo nível do Gran Turismo 5 que eu joguei é o Burnout Paradise. Não posso comparar com o quarto game já que eu ainda não joguei o mesmo direito. Então comparações com o Gran Turismo 4 (do Playstation 2) estão de fora deste post, apesar de que eu deveria testar o 4 primeiro. Mas as oportunidade estava aí e decidi alugar o jogo no lugar de GTA IV e Tomb Raider Underworld, os próximos games da lista de locação que está na minha mente (além do primeiro Assassins Creed, que está sendo seguidamente alugado por um jogador daqui de Varginha que está pegando o game na sexta. Vou tentar re-alugar em julho, quando não tiver nenhum jogo decente pra jogar no PS3). Deixemos de enrolação e vamos ao Prólogo.

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Isso mesmo: um prólogo. Como disse acima, o Gran Turismo 5 Prologue é um demo enorme do quinto jogo da série, que ainda não se sabe quando que vai sair. E o jogo não tem tudo que a Polyphony está prometendo, como danos nos carros e condições climáticas (isso que falta no Burnout. Mas o Fuel compensará um pouco isso). Mas a parte básica do simulador está muito bem feita. Aqui vem a diferença de jogabilidade entre os arcades e os simuladores: aqui você tem de saber controlar bem o carro, frear na hora certa, acelerar na hora certa, virar na hora certa. No Burnout a premissa é dirigir de forma descompromissada, como um maluco que não está nem aí pra vida.

Uma coisa bem legal que eu tinha visto no demo do GRID é você ver a visão de dentro do carro, com o volante, os braços do motorista e parte do painel. Até o corpo dele dá pra ver, algo que não tem no Burnout. Realmente, dá mais realismo, mas isso poderia detonar com a classificação etária do jogo da Criterion (a menos que a empresa sumisse com o motorista quando ocorresse uma batida, o que é uma boa para um próximo Burnout). em Prologue tem visão de painel, em primeira pessoa (também presente em Paradise e na maioria dos jogos de corrida) e boneco 3D do carro. Não cheguei a reparar isso no Gran Turismo 4, mas isso era inexistente no 2, dada a devida limitação técnica do PSOne. Mas de ter visto isso em Prologue soou como um ponto bastante positivo. Fora isso, o jogo acaba tendo mais vida, principalmente em duas das pistas (Londres e Eiger Nordwand) onde eu posso ver a multidão próxima ao Guard-rail vendo e tirando fotos de você. No Burnout você não vê isso, apesar de que se isso tivesse em games de mapa aberto (Burnout e Need For Speed Underground/Most Wanted/Carbon) o jogo se tornaria mais um Carmaggedon, onde a gente iria atropelar os transeuntes sem dó/sem querer. Mesmo com tráfego, Paradise City acaba sendo um pouco mais fria que os simuladores atuais (já que o GRID também tem a multidão).

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Continuando com a parte gráfica, quando você vê a cena de abertura, você solta um “mais uma CG clássica”. Tudo bem, vamos a ela:

Gran Turismo 5 Prologue N. America Opening

Aí você começa a jogar pra valer (numa corrida) e começa a babar com os gráficos: é quase uma CG jogável! Você quase joga a cena de abertura do jogo! Neste ponto os jogos se equivalem, com gráficos surpreendentes. Mas na parte de modelagem de carros, o Burnout sofre a sua maior derrota: Prologue tem os melhores gráficos dos carros que eu já vi na minha vida! Cada carro parece que foi modelado individualmente, e qualquer um identifica um carro conhecido no jogo. E neste tem, segundo o UOL Jogos, mais de 60. Eu não quis contar todos eles, mas a quantidade é boa. É claro que não supera os 735 do quarto jogo, mas dá pra sentir o nível do game quando a versão final sair. Como o jogo é exclusivo pro Playstation 3 (mesmo com uma versão mobile saindo pro novo PSP que deve ser mais limitada graficamente dado a potência do aparelho) eles podem sugar mesmo o poder de processamento do PS3 e levar a modelagem até as últimas consequências: aqui praticamente não dá pra ver serrilhados. Na corrida eu não percebi nenhum serrilhado nos carros.

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Sobre o tal do sistema de danos, bom, o PS3 já está bem servido com o GRID e com o próprio Burnout, que tem sistemas muito mais potentes. No demo do GRID, dá pra ver certas partes saindo do carro e ficando na pista. No Burnout qualquer batida frontal você vê o carro amassar de verdade e algumas vezes você dirige um carro sem porta. Se no Gran Turismo 5 tiver um sistema de danos tão potente, aí sim que o mesmo poderá surpreender. Eu corri pra pegar esse Prologue na locadora já que eu queria testar antes e comparar os trailers do quinto jogo que podem aparecer na E3 daqui a pouco. Se eu não tivesse jogado não teria gabarito pra criticar o Forza 3 (isso nos gráficos dos carros).

O sistema de menus mudou drasticamente, e para melhor: no Gran Turismo 2 eram várias páginas com as entradas de menus, parecido com um desktop de computador. Em Gran Turismo 4 também, mas tudo é em apenas uma página, similar a um jogo de tabuleiro. Em Prologue ela é parecida com a dashboard do Playstation 3, só que sem os menus para baixo. Já para aproveitar parte da tela, eles colocam uma cidade qualquer e o carro estacionado nela. E o carro é justamente o carro que você está dirigindo, o que mostra que a cidade e o carro são gerados em tempo real no Playstation 3. Outrro recurso que me impressionou é o Zoom. Sim: quando você está nos menus, aperte R1 que a câmera do menu se aproxima, o que é útil para ler melhor as explicações (minúsculas, diga-se de passagem) dos eventos. Não sei se isso aparece numa TV de alta definição, mas aqui tinha esta opção (eu jogo atualmente numa TV comum com video-componente).

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E já que eu falei de eventos, vamos a eles. Como estamos um demo gigante, aqui são apenas 40 eventos de “story mode”, sendo que cheguei apenas à licença A no último final de semana. As licenças, algo característico da série, sumiram. Sim: em Prologue não tem as licenças e a obrigatoriedade de passar por elas pra competir em alguns eventos, o que me deixa com um certo medo com a quinta versão. Sei que para quem quer algo direto ao ponto, ter de passar por trocentas licenças pra ir participando dos eventos é um porre, mas para a série isso é algo obrigatório, sagrado e imutável. Mas também fico com medo: se no quarto jogo temos 16 provas pra tirar a primeira licença, imagine no quinto jogo? 20 licenças pra cada carteira? Mas ter isso seria útil para ir aprendendo os macetes da jogabilidade.

Talvez a minha maior crítica quanto aos simuladores em geral é na questão da jogabilidade, do manejo dos carros: aqui um errinho e você perde o controle do carro de forma espetacular. No Burnout tem isso, mas não no mesmo nível do Gran Turismo. Você roda e roda e roda, dependendo do carro. No GRID a jogabilidade é mediana, e neste Gran Turismo acaba facilitando um pouco para o lado do jogador. Mesmo lendo críticas com relação a diferenças de peso de carro e da própria jogabilidade, aqui as coisas são mais fáceis. Fora isso, você pode usar a jogabilidade costumeira dos jogos anteriores (X acelera, Quadrado breca, Círculo executa o freio de mão) ou usar o direcional direito para acelerar e brecar, o que acaba se tornando mais intuitivo (e mais difícil de se acostumar). Pena que com isso eu senti falta de poder ver o carro de lado, como tem no GRID e no Burnout Paradise, onde eu poderia ver se tem um carro me ultrapassando e tentar prensar ele pra prejudicá-lo. Óbvio que fazer isso requer bastante destreza, já que você estará olhando para o lado e não para frente. É, eu sei que isso é óbvio, mas não custa nada comentar!

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Uma novidade ainda na questão da jogabilidade é que nas provas você pode ativar ou desativar o Driving Line, que mostra no asfalto o traçado correto de se guiar o veículo. Com essa linha o nível de dificuldade abaixa drasticamente, já que se o jogador seguir corretamente ele consegue passar quase facilmente por pelo menos 70% de todas as provas. Mas teve uma em especial que mesmo com isso eu não conseguia passar no começo dos meus testes: uma da classe B que tem apenas 1 volta na High Speed Ring (um dos circuitos que está desde o segundo jogo!): por mais que eu tente, por mais que eu quase chegue a perfeição usando o Honda Integra (carro obrigatório para este evento), eu não conseguia chegar em terceiro para avançar para a licença A. Pelo que eu vi, o jogo pergunta a você se quer baixar um update pra jogar online. Só depois que eu consegui baixar esse negócio (e fiquei tentando várias vezes neste final de semana, só conseguindo na noite de domingo) que o jogo deu uma colher de chá e eu consegui chegar em terceiro pra terminar a Classe B.

Sobre esse Update (chamado de Spec III), isso habilita o modo online e coloca na dashboard um calendário e temperaturas de algumas cidades. O fundo ganha alguns cenários e mais músicas de fundo. O modo online é básico: escolhe o evento (sendo que alguns estavam “fechados”) espera aparecer algum competidor e disputa uma corrida. Se comparar o modo online, o Burnout Paradise vence de forma astronômica. Como o Burnout é uma cidade aberta, quando a gente entra no modo online a gente fica na mesma rua e entra na sala, competindo com os jogadores em eventos curtos (challenges) e corridas, dependendo do host. A gente pode ir fazendo algumas coisas enquanto espera um evento terminar. No GT 5 Prologue não tem isso, mas pra quem nunca jogou um Gran Turismo Online, é até satisfatório. Não sei se tem ranking mundial como no Burnout, mas acredito que no quinto jogo ele devem aprimorar o modo online.

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Outra novidade (que acredito que deve ter no quarto jogo, mas eu não vi isso nele) é na questão da penalidade. Nos eventos exclusivos de cada montadora (onde o jogador tem de ir com um carro específico) se você bate no outro carro ou tenta pegar um caminho mais curto, você sofre uma penalidade e o carro fica mais lento. Durante uns 4 a 5 segundos você vê o carro quase parar e ele fica piscando, onde os outros competidores podem atravessar você. No modo online também tem isso, o que aumenta o fair play para que os competidores não tentem prensar alguém na parede.

No Burnout como uma premissa é ferrar com o oponente pra fazer ele bater (num takedown), isso é algo inconcebível. Mas estamos no Gran Turismo e eu gostei desse recurso. Não é a mesma coisa que um sistema de danos, mas se unir o sistema com o carro perdendo potência e tendo penalidades, o jogo pode ser bem interessante. Na questão da jogabilidade, o corredor terá de ser muito bom pra controlar alguns carros, como o Dodge Viper, o carro mais difícil que eu já tentei controlar em todos os jogos de corrida que já joguei. Ele é um carro único!

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Na parte do som, o Burnout também vence com mais músicas hardcore, mas estamos falando de uma prévia do Gran Turismo 5, que poderá ser muito maior. Por ser exclusivo pro PS3, com certeza a Polyphony vai aproveitar bem o espaço gigante do Bu-Ray pra colocar mais músicas e mais elementos (mais carros, mais pistas…). Já na questão dos efeitos sonoros, está excelente e cada carro tem um som único, o que mostra que mesmo com essa prévia os caras capricharam.

Por fim, eu corri em testar (e avaliar) este jogo, já que a concorrência é forte e eu queria ver as novidades do Gran Turismo 5. E comparar a versão final com o Prologue, já que eu penso em adquirir o Gran Turismo 5 e me divertir com ele. Como o jogo também terá troféus, isso pode forçar os jogadores a completarem 100% do game, o que pode demorar meses. Assim espero, já que caso ele saia no final do ano, posso me divertir com ele e o Assassins Creed 2 até sair o God of War 3 e o Final Fantasy XIII.

[Imagens via UOL Jogos, Joystiq e Eurogamer]

2 comentários em “Diário Gamer 11 – Gran Turismo 5: Prologue”

  1. carinha, eu completei todas a lisencas de C a S, completei todos eventos no dealerships com trofeus de ouro, o que faco agora não tem mais nada pra competir, eventos ou coisa assim?
    ha,descobri no opitions um tal de ” secret ” o que isso faz?

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