Jornalistas do UOL Jogos estiveram numa conferência fechada da Sony para a America Latina, onde eles soltaram muitas informações interessantes no Twitter e depois numa matéria no site. A PSN Store brasileira (mais o site oficial e um PSBlog local) será lançada até o Dia das Crianças, no próximo dia 12 de outubro. Ou seja: em 3 meses iremos ver a loja funcionando, o que já é uma ótima notícia para os brasileiros que estão esperando há muito tempo e que tem esperança de que ela tenha preços decentes. Sempre tem o medo de que os preços dos jogos seja até maior do que a mesma versão na Store americana, e aí o jogador brasileiro vai acabar optando pela compra na lojinha dos EUA.
Como previsto anteriormente, ela será lançada por fases, começando por games e depois focando em outros conteúdos, como filmes. Talvez por conta das negociações que ela já esteja fazendo com as distribuidoras, o que é um processo lento. Na questão dos jogos, teremos games da Sony, demos, clássicos de PSOne e “third parties”, os jogos de terceiros. Ainda não foi divulgado os games desta primeira etapa.
Aqui é interessante observar o funcionamento da Live brasileira. No começo houve reclamações da falta de conteúdo da Live, onde países como Colômbia e Chile também ganharam as versões da rede do Xbox no mesmo dia e que tinham mais games. A explicação é que a produtora do jogo tem de enviar o jogo para a Classificação Indicativa, um processo que atrasa o lançamento na rede. Jogos multiplataforma que já estejam na Live podem se beneficiar e usar a mesma classificação, pois acho difícil ter de reenviar o jogo por conta de ser outra plataforma (mas eu posso estar errado).
Quanto às formas de pagamento, está confirmado o cartão de crédito, “mas ainda não foi definido se será necessário cartão nacional ou internacional”. Inicialmente achei absurdo a possível (?!?) obrigação de ter um cartão internacional para fazer compras em reais. A maior vantagem da loja aqui no Brasil seria comprar com cartões nacionais e poder eliminar um pouco os sites que vendem cartões e tem lucro em cima deles, onde um cartão de 20 dólares pode sair por mais de 50 reais. Há jogadores que conseguem usar cartões internacionais onde o CEP da pessoa bate com o mesmo CEP de uma rua noa EUA, usando Mastercard, e aí pode sair mais barato comprar na Store americana. Com cartão nacional, mais jogadores poderão comprar e dependendo do valor final sairá mais vantajoso comprar por aqui. Se não for possível, a existência da Store não fará tanta diferença, pois os jogadores ainda continuarão comprando em sites nacionais que vendem os cards americanos (caso não tenha um cartão internacional) ou optando por vouchers em sites como a Amazon (tendo o cartão), comprando o game individualmente.
Quanto à migração de contas, isso não será possível. Apesar de ser interessante você migrar os seus troféus para uma conta nacional, nem todos os jogos podem estar disponíveis inicialmente. Como o game está atrelado à ID e ao console, a migração de um game “inexistente” pode fazer com que o jogo desapareça da lista de downloads. A Microsoft recomendou na época das migrações que o jogador fizesse um backup do jogo no console, mas sempre existe o risco do jogador passar por problemas técnicos ou mesmo pensar em trocar o HD por um com mais espaço e ter de baixar todos os games novamente. Muitos não migrariam as contas, pois hoje é possível você comprar games na PSN americana/europeia e jogar na brasileira, opção que uso atualmente.
O jeito será esperar a loja sair. Aí saberão se eu vou pagar a minha língua ou não.

Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!