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Ficção Real 04 – Crise de Identidade

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Sábado. 23ª hora no front. A 2ª da guerra que entrou para a história como MMKB.
O treinamento ao longo dos últimos dias havia sido duro, mas finalmente estava no confronto oficial. Certamente, tudo não aconteceu como eu esperava. Ainda era um soldado mudo. Mas isso não era de todo ruim. Num campo de batalha, não se deve responder as ordens com palavras, mas com atos.
Após sucessivas batalhas, vitórias e derrotas, o destino havia me colocado, junto de minha facção da ISA, numa invasão a uma academia de treinamento de soldados Helghans, chefiada por ninguém menos do que o famoso Radec. Mas o destino me reservava algo inesperado…
Após muito tempo de luta, percebi que a missão da ISA era totalmente sem propósito. Não sei se os discursos inflamados do grande líder Visari influenciaram em minha decisão, mas o certo é que eu agora reforçava as fileiras Helghans. Alguns me considerarão um traidor, mas eu estava convicto de minha decisão.
Por sorte, fui bem recebido pelos companheiros de clã selectgame. Logo estava no esquadrão chefiado pelo valoroso comandante Lengler. Após alguns combates, recebemos uma missão para recuperar um sistema de comunicação, que serviria para espalhar a mensagem de nosso grande líder, fazendo com que muitos seguissem o mesmo caminho que eu. O aparato estava localizado no subterrâneo da academia, de onde eu estava bem próximo.
Corri sozinho para buscar o aparato. Já com ele, ouvi a voz do camarada Tango pelo comunicador do time: “O felbatista tá com a parada”. Pensei comigo mesmo se aquilo significava um “protejam ele” ou um “te vira sozinho, rapaz”. Todo caso, continuei a minha jornada.
Ao sair dos túneis subterrâneos, o comitê de recepções já me aguardava: três soldados ISA, sedentos por sangue. E o pior: a luz do Sol reluzia na shotgun do soldado mais próximo, enquanto os outros permaneciam na retaguarda, no topo das escadarias. Àquela distância, essa arma poderia ser mortal.
O combate foi rápido. Um tiro na cabeça foi suficiente para eliminar a ameaça, mas não sem custo. Por sorte, minhas habilidades médicas com o kit de primeiros-socorros foram muito úteis. Usando as escadarias como proteção, consegui me recuperar e recarregar o rifle. Os dois outros soldados, como se não soubessem onde eu estava, caíram rápido. Mas a missão não seria concluída só com acertos.
Não sei se foi o meu passado ISA ou se foi puro esquecimento da arquitetura da região. Mas o que aconteceu mesmo foi que fiz uma curva errada e acabei no meio da base do inimigo. E pior: com um maldito rádio nas minhas costas gritando aos quatro ventos a minha localização. As balas começaram a perfurar a minha roupa. Era tarde para voltar. Mas eu não podia desistir. O grande Radec havia me convencido que Helghan dependia de mim. Corri como nunca.
A distância era curta, mas pareceu possuir anos-luz. Mas eu estava próximo do meu objetivo. Foi quando, já com a vista em preto-e-branco, vi mais um dos malditos engineers com sua shotgun. Senti um frio na espinha. Por sorte, um dos nossos camaradas, o Lengler, se bem me lembro, distraia o adversário (e como eu o agradeço por isso). Foi o que me deu tempo de dar a última corrida em direção ao objetivo. Um tiro da shotgun me atingiu. Caí. Mas o aparelho de comunicação estava no lugar marcado. Missão cumprida.

33 comentários em “Ficção Real 04 – Crise de Identidade”

  1. apenas um comentário para encher o saco, mas anos-luz é unidade de distância, não de tempo.. hehehe
    brincadeiras a parte, sempre legal essa série de textos

    1. cara, se você ler bem, diz no texto "A distância era curta, mas pareceu possuir anos-luz.". Anos-luz está se referindo a distância. A distância era curta, mas pareceu ser longa ao ponto de possuir anos-luz. Desculpe se não ficou claro para você no texto, mas pra mim ficou (fui eu quem escrevi esse texto).

  2. Tá muito bem escrito, parabéns! Adoro ler esses textos de ficção real, me dão mais vontade ainda de pegar meu KZ2 logo (e mais ravia por ter perdido uma oferta de R$ 55,00 nele).
    Só uma pequena observação: O texto vinha bem, parecia bem real a cena mesmo, mas quando vc cita "arquitetura da fase" perdeu um pouco a realidade, voltou ao jogo. Pra mim deveria ter escrito "arquitetura do local" por exemplo. Só um toque, mas o texto tá excelente!!!

      1. Sobre a tal "arquitetura da fase", foi realmente um vacilo meu. Nem me toquei sobre isso na hora de escrever. Podem alterar sim, sem problema nenhum. Acho que um "arquitetura do lugar" ou similar fica de bom tamanho.

  3. Lembro mto bem disso. Logo apos a mensagem do Tango a ordem foi "vamos abrir caminho pra ele!"
    Voce pode até nao ter visto, mas foi bem arduo

    1. Animal demais, né? É por isso que eu gosto de cooperativo, pô. É lindo quando você avança na frente, mata 3 caras, morre no 4º, mas ainda vê seu colega entregando o objetivo. "Missão cumprida" ducar¨$#@#!
      (P.S.: Isso aconteceu sim, mas não dessa fez que fala o felbatista).

  4. Cara, outro texto muito bem feito para os contos!
    Parabéns ao autor!!
    E outra coisa: PQP CHEGA LOGO KZ2 de uma figa! 😛

  5. Texto legal, bem escrito. Tudo tão épico e de repente um "o felbatista tá com a parada". Haha, mas, vocês só jogam Killzone 2 ? Quero Ficção Real de outro jogo. 😛

    1. A gente vai fazer, nem se preocupe. Ou você mesmo pode fazer um seu. 😉
      É que como o MMKB foi a pouco tempo, as lembranças estão MUITO vívidas. Foi épico, cara, se fomos fazer um Ficção Real para cada história do que aconteceu no MMKB, serão anos de Killzone 2 pela frente. 😀

  6. "Não sei se foi o meu passado ISA ou se foi puro esquecimento da arquitetura da fase." Mudem a expressão "da arquitetura da fase" para "do mapa local". Fica melhor pra a ficção real. 😀

  7. Cara ficou muito bom o texto.
    E que vergonha trocar o ISA, numa guerra não existe piedade, atacar o centro de treinamento é precaver contra soldados mais fortes no futuro, principalmente da sua facção que usam de qualquer artificio para ganhar.
    Abaixo ao Helghast ainda conquistarei Helghan.

  8. Galera, muito obrigado pelos elogios. Fico muito feliz que vocês gostaram do texto tanto quanto eu gostei de escrevê-lo (ri muito lembrando do ocorrido. Fiquei preocupado em não completar a missão e decepcionar o time).

  9. Percebi que vcs do Select jogam bastante Killzone 2 e queria aproveitar para fazer uma pergunta: O Killzone 2 europeu tem trava de região no modo online?

    1. Não posso te afirmar com certeza absoluta pois o meu é região 1, mas acredito que não tenha servidores separados por região já que encontro gente de tudo quanto é lado no mesmo servidor. Ou seja, independente da sua região, você pode jogar on-line com outras pessoas, incluindo seus amigos que tenham o jogo de região diferente.
      Se alguém aqui do Select Game tem um KZ2 que não seja região 1 e tenha participado no MMKZ por favor, comunique.

      1. Valeu! Tomara que de mesmo, pois os jogos europeus estão bem mais em conta.

        1. Não se esqueça que tem motivo para isso: os DLC´s.
          Se você comprar um jogo região 2, precisa ter uma conta da PSN na Europa pro DLC funcionar, i.e, se você for comprar mapas para o seu KZ2 numa conta americana, não vai reconhecer quando você colocar o seu BRD Região 2.

      1. CARLO LENGLER estou ciente sobre os dlc's. Porem se eu comprar os mapas na psn europeia mesmo, e depois for jogar na psn americana poderei jogar nos mapas comprados? Ou só poderei fazer uso dos dlc's jogando nos servers europeus?

        1. Wanderson,
          Negativo, vai poder jogar sim com outras pessoas com BD americano. O Ariza aí em cima já disse que jogou com a gente. Se o DLC funciona com o jogo (mesma região), tudo o que o jogo faz o DLC faz também.

        2. Tango já falou tudo 😉
          Agora você já está munido de todo o conhecimento que precisava! É só entrar na paulera! Nos vemos na academia radec! 😉

  10. Ótimo texto novamente! Sou fã da série Ficção Real! Vocês fizeram eu gostar muito deste jogo com estas histórias ricas em detalhes, imaginação e com bom roteiro. Eu, o Giusepe (que é meu amigo e já respondeu mais ai para cima) e meu irmão compramos o Killzone 2 e o Headset PS3 após ler os textos e comentários e ficarmos loucos para jogar com vocês. Hype alto aqui para a chegada do jogo e comunicador.
    Como se diz aqui no sul: "- Vai ser tri massa!"

    1. Ae tust, to tentando convencer o scopel a comprar tb, mas ele só joga no easy, dai falou q no multiplayer ia tomar muito laço e tah com medo de ir pro tiroteio huahuahuahuhua.
      Vai ser bala rolar uma flogação nas reuniões de acompanhamento decorrente dos eventos dos tiroteios.
      Bora jogar KZ2!!!!!!!!!!!!

    2. Mermão, vc acabou de receber sua primeira missão.
      Informar a todos que seu jogo chegou pra rolar um round no multiplayer E subir de nivel em tempo recorde para jogarmos com rank!

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