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Gran Turismo Sport e as tretas e limitações do salvamento online; jogo aparenta ter pouco conteúdo inicial

Gran Turismo Sport - imagem capa 13-11 Wallpaper
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Foi lançado nesta semana o Gran Turismo Sport, primeiro game da franquia para o PlayStation 4 e que chegou cercado de polêmicas. Polêmicas que eu cheguei a citar no post sobre o beta aberto, mas que acabou vindo com força na versão final: o salvamento online. Tirando o Modo Arcade, que dá pra fazer as corridas sem precisar estar conectado, todo o restante do jogo, principalmente as partes mais suculentas, serão necessários ter uma conexão constante de internet, pois o jogo vai salvando de maneira online. Tudo bem que a gente vê isso em MMOs, em jogos online como o Destiny 2 e o Overwatch é totalmente multiplayer, mas são premissas diferentes. E na franquia Destiny não tinha tantos problemas que me deixassem frustrado, diferente do que eu vi no beta/demo do GT Sport.

Até o momento apenas 5 veículos fizeram análises do game e enviaram no Metacritic, o que já é incomum para um lançamento de grande porte, pois muitos veículos recebem o game com antecedência. No OpenCritic, um concorrente menor e similar, apenas 3 sites até o momento, além das análises dos usuários. A média dos veículos oscila entre 76 e 78 no momento, mas a maioria não quer/não gosta de saber de notas, certo? Sim, vamos então listar os problemas iniciais do jogo, listados pelo Ars Tecnica.

Se você não tiver conexão online, o máximo que você conseguirá fazer é o Modo Arcade, Disputas de Tempo (Time Trials), multiplayer local com 2 jogadores e o modo de realidade virtual, com o PlayStation VR. Citando o UOL Jogos:

Só será possível pilotar carros e pistas adquiridos online, e qualquer progresso feito sem conexão de internet não será salvo, incluindo créditos para o jogo.

Não só isso: quem quiser comprar ou customizar seus carros, ou até mesmo ver sua garagem e tirar fotos dos veículos, precisa estar online para fazer isso.

A intenção é que, para manter a integridade de “Gran Turismo” como um eSport, é necessário que jogadores mantenham seu progresso registrado da forma mais transparente possível.

Ainda assim, esta dependência online pode afetar significativamente fãs da série que não tenham tanto interesse pelo aspecto “profissional” do jogo.

Da questão da integridade, isso foi por conta de um acordo com a FIA, a Federação Internacional de Automobilismo, onde o jogo será usado para competições.

Gran Turismo SPORT - Imagem do Beta Aberto

Imagem do beta

De maneira geral, Gran Turismo Sport é um enorme balde de água fria no jogador. Além disso, pelo que andei lendo das impressões dos jogadores, game peca em ter pouco conteúdo inicial. Não vi no beta campeonatos de montadoras ou campeonatos como uma Sunday Cup, para ter um complemento a mais do que apenas as licenças. O jogo só se resume ao modo online entre os jogadores (até que consegui jogar algumas partidas no beta, mas aparenta enjoar rápido) e as licenças, que tem bastante, no clássico esquema de tirar ouro, prata ou bronze dependendo do seu desempenho. Só que se você bater um tempo e a sua internet cair e você não perceber, ou mesmo se os servidores entrarem em manutenção ou caírem, um abraço: o seu tempo não será salvo e quando você voltar ao estado online terá de fazer tudo outra vez. Em pistas completas, com carros difíceis de manobrar com joystick, será uma frustração enorme pro jogador.

E será que isso vale o preço cheio de lançamento, saindo a R$ 200 reais? Nesta semana o game ganhou um update de 12 GB que tem, por exemplo, dados dos carros que foram atualizados para suportar condição de chuva, além de correções de bugs e ajustes de design, e mais updates devem vir aí com o passar do tempo. O jogo veio com a mesma premissa do Street Fighter V, que não tinha vindo com um Modo Arcade, se tornando um flop, mas é seguro dizer que o Street tinha vindo com menos problemas iniciais do que o GT Sport. Na verdade o GT Sport está mais para um GT Prologue com outro nome, até eles optarem por lançarem um “hipotético” Gran Turismo 7, mas é difícil dizer se isso vai mesmo acontecer.

O máximo que a Sony e a Polyphony pode acabar fazendo é ir adicionando mais funcionalidades ao jogo, e com isso o jogador pode esperar e dar mais valor ao seu próprio dinheiro, optando por comprar o jogo por um preço mais em conta (uns R$ 100, talvez?), ou deixar passar. Mas caso o jogador tenha um Xbox One ou PC ele pode optar pelo Forza 7, que está sendo bem elogiado este ano, ou o Project CARS 2. Ou esperar o Need For Speed: Payback em novembro, caso ele queira uma experiência arcade.

Por fim, vamos ficar de olho nas atualizações do jogo. Queria comprar o game, por ter gostado do Gran Turismo 6 e ter jogado bastante o GT5, mas fiquei frustrado com o beta aberto. Talvez eu alugue o jogo caso ele apareça na locadora, ou esperar uma bela promoção de algum varejista. Pois se as vendas não forem boas, as lojas vão tentar queimar o estoque. Vamos ver.