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Gul’dan e o AOTC bem demorado e recompensador | World of Warcraft: Legion

World of Warcraft - Guldan - Wallpaper
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Finalizar uma progressão de raide com o personagem, e durante o ciclo atual de cada uma, traz um misto de alívio e finalização a um MMO infinito e que é dividido em ciclos de recompensas e objetivos do jogador. Principalmente para um jogador casual que não participa de cores mais fortes ou não está em servidores que reúne mais jogadores. Neste sábado finalmente consegui um grupo de pug/mural e terminei o Gul’dan na dificuldade heróica, o máximo que almejava chegar antes da mudança de conteúdo que o World of Warcraft começou a fazer, aos poucos, com o patch 7.2.

Com Legion, ficou muito mais fácil conseguir equipamentos em outras fontes que não sejam as próprias raides, mesmo a Blizzard ter tentado, sem muito sucesso, não desvalorizar esse tipo de conteúdo para a obtenção de equipamentos, mesmo com as tretas recentes que fizeram com que muitos jogadores deixassem de fazer progressões mais fortes. Tudo recaiu no grind extremo de Poder de Artefato, que força os jogadores a progredirem nas armas artefato e fazerem muitos conteúdos repetidos, desde masmorras míticas+, as missões mundiais e ficar repetindo as raides anteriores, ainda torcendo para cair aquele “lendário bis”, outro elemento de reclamação dos jogadores. Se o jogador teve a sorte de pegar os melhores lendários ele tem uma vantagem competitiva contra outro que, por mais que ele seja dedicado, não conseguiria igualar o poder do outro jogador.

Existem diversas opiniões que escuto e leio a respeito do tal “AOTC” (Ahead of The Curve/Acima do Normal), a proeza memorável que o jogador adquire ao finalizar o último chefe nesta dificuldade. Enquanto que uns 80% dos grupos de pugs “exigem” do jogador que ele tenha isso, há sempre aqueles grupos que não pedem e o jogador pode “burlar isso” ao ir na Elisande e ficar no grupo, tentando matar o chefe. O líder da raide pode não ter um AOTC, mostrando honestidade, mas sempre tem aqueles que querem “filtrar” jogadores que vão lá na primeira vez e acabam não fazendo a luta direito, mas que também querem aprender. Há diferenças de mecânicas entre o heróico e o normal/lfr, e sempre fico pensando naquela velha treta trabalhista que muita gente passa na adolescência/início do ciclo trabalhista: se aquela oportunidade de emprego pede “alguém com experiência”, como conseguir experiência se eu num tenho oportunidade para ser chamado/contratado?

Também tem aquela opinião de que “hoje muita gente quer ser carregada”, não apenas nas raides, mas em masmorras míticas+. Claro que tem classes e especializações que vão bater mais em certas lutas e situações, não significando que é um jogador que queira ser carregado, mas se ele acabou morrendo numa fase inicial numa luta, e o restante conseguiu finalizar, pode ter tido alguma sorte, o que não é o ideal. Aquele dano do jogador, mesmo sendo menor do que muita gente mais bem equipada, acaba fazendo falta.

World of Warcraft Legion - Luta do Guldan

Sem ter para onde correr

Mas também tem jogadores que, apesar de não ter tido muita sorte com equipamentos e habilidade e que acaba compensando de alguma forma. E em uma masmorra e na raide é sempre o esforço coletivo. Progressão em equipe, às vezes ele bate menos mas consegue fazer melhor as mecânicas, estuda melhor a classe, sabe equipar bem o personagem mesmo com poucas opções de equipamentos e fez a progressão clássica do personagem: localizador –> normal –> heróico, por diversas semanas seguidas. Às vezes escuto pessoas próximas que “negligenciam” a dificuldade normal por já ter “gear de heróico”, mas não querem ficar tentando conseguir peças de conjunto de dificuldades mais baixas, que vão melhorar o personagem. Hoje tem a chance do jogador conseguir uma peça “forjada para a guerra” ou “forja titânica”, tendo um ganho bem maior, e com isso consegue melhorar o seu desempenho.

Para o Gul’dan, não foi apenas o esforço coletivo, mas até onde o jogador gostaria de “gastar”, in-game com o término da progressão. Nas primeiras tentativas que fiz no sábado, vi jogadores usando “Runas: Vantus” de outros chefes e fui comprar, tendo um ganho de poder específico para esta luta. Já conhecia o item, mas nunca pensava em comprar para certas situações, o que ajuda a ter mais defesa e dps. Comprei as 2 únicas runas do chefe que tinham na casa de leilões (custo de uns 7 mil de gold para elas, mas depende muito do servidor), as runas de aprimoramento (que dropam no lfr) e em outro grupo eu sugeri aos jogadores comprarem também as runas Vantus, e isso fez diferença no confronto. É aquele item que você usa apenas 1 vez por semana e escolhe bem o chefe, e em grupos fixos de guildas, quando todo mundo faz isso, consegue passar por aquele chefe “pedra no sapato” que a galera ficou emperrada por algumas semanas.

World of Warcraft Legion - AOTC do Guldan - Lista de Conquistas

Após 4 horas e meia, e 14 wipes, eis a glória de um herói!

No final das contas tudo é determinação do jogador, além de treino. Ou é um Vendrick, de Dark Souls 2, ou uma fase indigesta para ele conseguir um troféu/conquista num console. Para o World of Warcraft. já estava com equipamentos suficientes para tentar as lutas, e com as primeiras trys o jogador já ganha experiência, sabe o que deve fazer melhor e ele pode tentar “farmar” equipamentos de masmorras míticas+ ou aquele grind de poder de artefato, escolhendo certas habilidades da arma para conseguir ter uma porcentagem maior de dano/cura/defesa. A Blizzard acabou dando uma colher de chá ao dar mais tempo aos jogadores antes da abertura da próxima raide, além de melhorar as chances de conseguir equipamentos melhores ao aumentar a dificuldade das masmorras míticas e pedras-chave. Uma masmorra mítica de dificuldade baixa pode render um equipamento 890, adicionando mais opções aos jogadores, mas fazer as raides em dificuldades menores também é ideal, mesmo levando algum tempo. Mas hoje um Baluarte normal é completável em 2 a 4 horas, ou até menos tempo, dependendo do grupo, e sempre tem a chance de cair um equipamento lendário.