Oi pessoal, tudo bom? Como vocês já devem saber, Rainbow Six: Siege será lançado em Dezembro desse ano e há cerca de um mês ocorreu o período de testes na beta do jogo por parte de jogadores que realizaram tanto a compra da pré-venda do game quanto os que conseguiram códigos para realizarem a inscrição pela internet por qualquer outro meio. O início foi um um pouco conturbado, já que os códigos para download demoraram chegar, contudo, na manhã de sábado (dia 26) já estava com o download terminado.
Primeiramente, Rainbow Six Siege não é um Battlefield e nem um Counter Strike, não espere partidas frenéticas no sentido de ingressar como louco no meio do fogo cruzado para lançar granadas no time inimigo. Há um conceito charmoso por trás do game (que na realidade faz parte da ideia da série) que é a furtividade e a coordenação estratégia em equipe e é justamente o que torna as partidas interessantes e a ação frenética.
Na beta, havia apenas dois modos de jogo disponíveis na beta, o multiplayer e o Terrorist Hunt, mas ambos partem da mesma premissa, no primeira (que creio ser a mais interessante) dois times com até cinco pessoas disputam uma melhor de três (que em alguns casos que não entendi até agora, pode ir até uma melhor de cinco), separados em dois times: terroristas e policiais, um a cargo de proteger a bomba e o outro a cargo de desarmar a bomba, vence aquele que matar todos os membros do time adversário ou que consiga alcançar o objetivo (no caso, dos policiais desativar a bomba e dos bandidos manter a bomba segura até o fim do tempo da partida). Já no segundo modo, os mapas são os mesmos, mas o objetivo não é desarmar a bomba e sim matar todos os terroristas do local que são controlados por uma IA que reage de forma interessante às nossas ações, mas que ainda assim, não apresentou uma grande ameaça nas partidas disputadas.
Quanto as classes, há uma diferença substancial frente outros jogos do gênero. Há duas possibilidades na hora da escolha do seu personagem no jogo, primeiro há os recrutas, que é o grau mais simples do game, nos quais há a possibilidade de optar entre quatro classes diferentes e dentro dessas, escolher o armamento a se utilizar (mas que não é personalizável) que inclui as armas principais, secundárias e acessórios como C4, arame e coisas do tipo. Não obstante o recruta, é possível liberar personagens específicos que possuem acessórios especiais, como bombas de gás venenoso, lança granadas e outros mais, além de ser possível personalizar suas armas. Todavia, esse é um ponto a ser revisto em minha opinião, pois creio que seria interessante a possibilidade de personalização das armas dos recrutas também, mas não apenas isso, seria proveitoso também que os personagens especiais tenham acesso a mais armas, pois o que ocorre é que cada personagem tem em média duas armas principais e o jogador fica restrito a apenas essas armas limitando a experiência do jogo. Por exemplo, eu, particularmente, gosto de jogar com o personagem Venon que possui bombas de gás venenoso, no entanto, este só possui duas armas principais, uma shotgun e uma submetralhadora, das quais, nenhuma faz meu estilo de partida, então o jogador acaba sendo forçado a jogar com outros personagens.
Ainda sobre os personagens, eles são desbloqueados conforme os pontos de credibilidade que são ganhos ao fim de cada partida completa. Há personagens específicos para o ataque e para defesa e cada um com suas próprias características e habilidades e saber equilibrar a equipe se torna a chave para o sucesso.
Outro aspecto muito legal que foi possível experimentar na Beta, foi a dificuldade apresentada. É difícil não morrer. Diferente de jogos online de tiros, em Rainbow Six não haverá recuperação automática de vida, se em seu esquadrão não tiver um médico equipado com o dispositivo que regenera a vida, você vai ficar com a mesma quantia, seja de 100% ou de 1% até o fim da partida. Morrer é muito fácil, basta um tiro bem dado (até mesmo de pistola) e é fim de partida garantido para você.
Os equipamentos são muito interessantes nesse sentido, especialmente as bombas para destruir paredes (adoro elas) ou os lança granadas (adoro eles mais ainda) que matam vários inimigos ou criam todo o ambiente caótico e ajudam a desorientá-los numa situação de invasão, por exemplo. O que estou tentando dizer é que não me lembro de algum jogo de tiro online que exigia tanta sincronia e precisão do time, é um ótimo jogo para se enquadrado no setor de e-sports.
Falando nisso, as partidas seguiram de forma excelente, principalmente pela facilidade de encontrar outros brasileiros o que facilitava as partidas e tornava-as muito mais dinâmicas e divertidas. Não lembro de já ter tido a sensação de realmente estar no papel da swat, pedindo para meu parceiro de equipe aguardar enquanto armava o detonador na parede e, após explodi-lo entrarmos juntos de forma tática e precisa.
Por falar em explosões, a parte gráfica está muito bem feita (especialmente quando falamos da Ubisoft). As explosões estão tão bonitas que gostaria de ter visto coisas parecidas em outros jogos da mesma que prometiam gráficos bonitos, mas que sofreram forte downgrades. A maior parte do cenário é destrutível, o som das armas, o barulho das balas passando sobre a cabeça do personagem, enfim, em termos gráficos a beta já estava muito bonita.
Há, claro, alguns problemas a serem resolvidos. O primeiro é o matchmaking, partidas que demoravam a começar ou que não começavam nunca, foram coisas que tornaram a experiência um pouco complicada. Outra coisa é a quantidade de partidas, por vezes joguei 5 partidas no mesmo mapa, tornando a coisa menos divertida do que deveria ser, o ideal é estipular duas partidas e caso haja empate haver uma terceira, de preferência com a possibilidade de votação para a escolha do próximo mapa a ser jogado. Por fim, deverá ser realizado um balanceamento enorme de alguns itens, como por exemplo os escudos que são feitos de adamantium, (INDESTRUTÍVEIS!) os quais desequilibram muito a partida.
Fora isso, Rainbow Six Siege parece bem promissor, todavia, devemos lembrar que o dólar está em alta e que o preço dos jogos não está dos mais amigáveis, portanto, é necessário ponderar se vale realmente a pena investir de primeira num game que não possui modo campanha e que, apesar de bom, acaba ficando desproporcional o pagamento de mais de R$ 200 reais em sua pré-venda.
Abaixo separamos um pequeno vídeo com algumas partidas da beta (peço desculpas por não ter mutado os outros jogadores).