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Análise – Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3 – A Vontade de Fogo que não se apaga

Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3

Desde 2003 a CyberConnect2 é a responsável por trazer o mundo de Naruto para os games, tarefa a qual tem sido cumprida com muito esmero. A série evoluiu bastante desde os jogos de ps2 com um 2D (com alguns toques em 3D) em cell-shading, chegando ao PS3 apresentando uma gama maior de possibilidades, em parte, pela mudança da dinâmicas das lutas com um cenário que possibilita a movimentação em diversas direções dando uma sensação muito mais profunda para o jogador.

O belo trabalho continuou em Naruto Ultimate Ninja Storm 2, com um modo história brilhante com diversas missões secundárias e as famosas animações durante as lutas usando e abusando de quick time events. Logo em seguida veio o título “Generations” que procurava reunir os personagens do primeiro e segundo jogo e francamente… foi um jogo desnecessário.

Em Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3 temos a tentativa de criar todo o clima épico da 4ª Guerra Ninja que o mangá possui (e que o anime ainda está lutando pra conseguir criar). Se ela conseguiu e se houveram melhorias notáveis no game em relação aos anteriores é o que veremos agora.

Ficha Técnica
Produção CyberConnect2
Desenvolvimento Namco Bandai Games
Lançamento 05/03/2013 (EUA), 08/03/2013 (Europa) e 18/04/2013 (Japão)
Plataformas Playstation 3, Xbox 360
Classificação Teen (EUA), PEGI 12 anos (Europa)
Música/Compositores Chikayo Fukuda
Gênero Luta/Aventura/RPG
Descrição Neste novo game mostra os eventos da saga da Reunião dos Kages e da Quarta Guerra Mundial Ninja.
Online Sim

Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3

“Era uma vez um Herói…”

Particularmente gosto muito da obra do Kishimoto. Naruto apresenta um mundo muito interessante e com personagens riquíssimos. O game da CyberConnect2 como nos jogos anteriores procura contar com extrema fidelidade ao mangá os fatos que antecedem a 4ª Guerra Ninja e narrar a própria guerra. O modo história começa pegando fogo… literalmente. De um lado você controla o Quarto Hokage numa luta contra um homem mascarado que tenta destruir a vila de Konoha e de outro o jogador está no controle do Terceiro Hokage liderando os ninjas da vila para salvar a mesma. Esse início acelerado cheio de animações com o uso de quick time events, jutsus exagerados e vários efeitos bacanas de animação empolgam o jogador, mas infelizmente… o espetáculo tem uma pausa depois disso.

Após essa batalha inicial há uma queda vertiginosa na ação do jogo, nos vemos presos à diálogos e mais diálogos intermináveis, lutas sem sentido e uma exploração não tão explorável assim. Qual seria o motivo? Alguns acham que foi uma tentativa de ser fiel ao mangá e ao anime que acabou exagerada… bom, eu acho que a culpa é do anime e do próprio mangá. Creio que se a CyberConnect2 narrasse a trama com a mesma velocidade que ocorreu no UNS2 possivelmente o game sofreria de uma duração curtíssima e isso ocorreu já que nem o mangá e nem o anime renderam tanto após a morte do Pain (fim do game anterior). É visível o esforço em prolongar o game até mesmo pela adição de momentos que não constam ainda no anime, apenas no mangá. Realmente é uma pena o arco não estar fechado para que o jogo fosse feito, após todo o clímax da guerra a CC2 teve que mascarar uma espécie de final. De qualquer forma essa morosidade pós inicio de jogo vai embora quando entramos na 4ª Guerra Ninja e, a partir de então, o jogo apresenta várias lutas épicas e empolgantes (algumas contra chefes enormes) que justificam toda a reputação dos games produzidos pela CC2.

Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3

Quanto a jogabilidade, houveram algumas alterações em relação ao game anterior, em especial podemos destacar o modo “Awakening”. Ele deixa os personagens mais fortes por um intervalo de tempo, podendo ser ativado a qualquer momento ao preço da barra de chakra. E também tem a possibilidade inédita de K.O por Ring Out, apesar que em meio a toda a dinâmica das lutas do game, ainda não consegui realizar essa proeza que deveria ser relativamente simples. A implementação de um sistema de lutas ao estilo “Dinasty Warriors” na campanha também é interessante, mas não funciona muito bem, em especial na parte final do game em que vários inimigos poderosos são jogados no campo de batalha e o sistema de mira desse modo acaba dificultando a vida do jogador, mas bom… nada que uma porção de paciência extra não resolva.

A exploração durante a campanha também não foi muito bem pensada. Tem momentos em que após vários diálogos o jogador controla o personagem apenas por alguns passos até ser interrompido por outra cena e isso se repete várias vezes. Ok que após o fim da campanha principal é possível retornar nesses cenários para a exploração, mas dá pra se perder um pouco do entusiasmo por não haver nada de novo para ocorrer nesses lugares em relação à trama.

Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3

Apesar dos pontos negativos que são muito passíveis de serem ignorados, a batalha contra os chefes são épicas e memoráveis, o fan service é visível e sem dúvidas qualquer fã da turminha de ninjas da vila oculta da folha vai terminar o game satisfeito, principalmente com o vasto número de personagens jogáveis (cerca de 80). E ainda ter algumas horas de diversão no modo online que por sinal melhorou bastante.

Provavelmente esse pode ser o último Naruto dessa geração de consoles, de qualquer forma mais uma vez a CyberConnect2 fez um ótimo trabalho e levou toda a vontade de fogo do universo Naruto para os games com perfeição.

Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3

2 comentários em “Análise – Naruto Shippuden Ultimate Ninja Storm 3 – A Vontade de Fogo que não se apaga”

  1. sergiolopessp

    Só joguei o primeiro, ta na minha lista um dia jogar os 3… contando o generations.

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