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O Fator “Inovação”

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“Inovação” é uma palavra que anda recebendo muito destaque no mundo dos games de uns tempos pra cá. Só o que se fala é de gamers reclamando que querem jogos inovadores, que o mercado está saturado de sequencias… mas o que um jogo precisa ter para ser inovador? Os chamados “jogos inovadores” são a única solução em um mercado cheio de sequencias?

Em primeiro lugar, o mercado só está cheio de continuações porque os gamers compram os jogos, então não tem porque reclamar de um coisa que nós mesmos, os gamers, fazemos. Em segundo lugar, mesmo se nós não comprarmos, elas vão continuar fazendo continuações do mesmo jeito, até fazerem um jogo decente que as pessoas comprem. Se não fosse assim, não existiriam tantos jogos do Mega Man tão diferentes um do outro por aí.

Mas vamos voltar ao assunto principal do texto, que é a inovação. O que está acontecendo é que muita gente confunde jogo inovadores com jogos diferentes. Jogos “diferentes” existem aos montes, mas jogos inovadores são poucos. Um jogo que foi muito inovador para a indústria dos games do Super Mario Bros., do NES. Todos os jogos antes dele eram sempre do mesmo jeito, mas aí chegou Mario e mudou tudo, sendo copiado até os dias de hoje.

Outro jogo inovador foi o primeiro Metal Gear Solid. Este não mudou tanto a indústria quanto Super Mario Bros., mas inovou no modo de contar uma história através de um jogo; enquanto a maioria do desenvolvedores ainda engatinhava para fazer vídeos decentes no PlayStation, Kojima fez um trabalho fenomenal em MGS, e ainda por cima melhorou o sub-gênero dos jogos de espionagem.

Agora vamos falar dos jogos “diferentes”. Shadow of the Colossus é, na minha opinião, o melhor jogo de todos os tempos, e eu já li em vários lugares comentários dizendo que o jogo é inovador. Sinto muito informar que SotC NÃO é um jogo inovador. Tá certo, ele tem um level design único, um jeito de contar a história único, mas ele não é inovador, porque não revolucionou a indústria, foi apenas um jogo “diferente”. Além de SotC também há outros, como a série Katamari, Super Mario Galaxy, God of War e por aí vai.

Acho que depois de tudo isso, a única conclusão que podemos tirar é: um jogo tem que ser divertido, independente do gênero, de ser uma continuação, de ser inédito, de ser inovador ou qualquer outra coisa. O que importa é que o jogo divirta o jogador, e mais nada.

5 comentários em “O Fator “Inovação””

  1. Pois é, Flausino, essa tua definição de inovador ficou meio restrita.
    Ser inovador não significar mudar tudo dali pra frente. Inovar é mesmo apresentar algo novo. Todos os jogos que você citou são inovadores. E eu sempre achei que Mario é overrated overrated (2x) ao extremo.

  2. Eu não me preocupo hoje em dia com inovação, e sim com a imersão no game, o quanto a história me prende e me faz querer jogar o game mais e mais.

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