A nova geração começou pra valer. Com o lançamento do Xbox One nesta última sexta-feira a guerra entre os consoles começou, e pela tendência de vendas, os 2 novos consoles estarão equivalentes em vendas, apesar do PS4 estar, aparentemente, na frente do XOne, por ter saído 1 semana antes. Nos primeiros dias, os consoles conseguiram vender mais de 1 milhão de unidades, o que mostra que os jogadores estão bem animados com a nova geração, que terá mais conectividade, visual melhor e mais divulgação da imprensa especializada. Com programas especiais do Gametrailers, que cobriu a “abertura de lançamentos” e sites com análises do PS4 e do Xbox One, estamos na “geração Big Brother”, com os sites noticiando bastante sobre esta nova guerra. Queria poder ter o mesmo volume de informação por aqui, mas meu serviço atual acaba me impedindo um pouco. Faz parte (já que eu tenho muitas contas pra pagar!).
E, claro, existe os riscos de ser um “early adopter”, aqueles que compram um produto no lançamento, sendo que é nas primeiras levas dos produtos que podem acarretar problemas. No PS4 tem relatos de diversos problemas, desde problemas com o conector HDMI e a luz vermelha da morte, que mostra quando o console está super-aquecendo e que acaba desligando alguns segundos depois, obrigando o jogador a esperar o PS4 esfriar para voltar a jogar. É um sistema de segurança que acaba sendo bem complicado pros jogadores, pois ninguém quer interromper a diversão, ainda mais quando isso acontece durante as poucas horas de tempo livre da pessoa.
Também tem a “blue light of death” que é a pior, quando o aparelho não funciona do jeito que deveria. Segundo o TechTudo, a luz aparece “devido a um problema no HD, outras vezes devido à problemas no driver do disco, ou no sistema operacional, ou até mesmo quando alguns desses problemas ocorrem juntos.”
De acordo com o guia da Sony, existem quatro principais possibilidades para serem a causa das luzes azuis: compatibilidade com a TV; problemas com o suprimento de energia do PS4; problemas com o HD do PS4; ou problemas com o hardware.
O Techtudo até divulgou uma tabela com as luzes específicas do PS4, para cada situação:
Luz | O que significa? |
---|---|
Acende uma luz azul e depois fica branco | O sistema está sendo iniciado |
Acende uma luz branca | O sistema iniciou |
Luz laranja | O sistema está em modo stand-by |
Luz apagou | O sistema foi desligado |
Pisca luz vermelha | O PS4 está com superaquecimento |
Além disso, também surgiu na internet rumores de uma possível sabotagem por parte dos funcionários da Foxconn, a fábrica chinesa que fabrica diversos aparelhos eletrônicos, desde iPhones e o PS4. Esse caso é preocupante, mas também é difícil saber a veracidade. Pode ser apenas algum hater que teve problemas no videogame, pode ser alguém querendo causar pânico, e o ideal, de início, é comprar o console fisicamente e testar na hora, o que acaba sendo meio difícil pra quem for comprar o PS4 por importação direta do exterior (eu já li relatos de brasileiros que começaram a receber o console comprado na Amazon). E os outros problemas só aparecem durante o uso constante do aparelho. A Sony alega que menos de 1% dos consoles deram problema, o que é um número bem pequeno do universo dos mais de 1 milhão de consoles vendidos, mas é complicado você entrar para a estatística a ter problemas.
No Xbox One alguns problemas começaram a ser reportados, desde problemas com o drive ótico, instalações lentas, consoles travados na tela de load e consoles banidos após fazerem o “Emergency Offline Update”. Aqui, alguns usuários relataram que, caso o aparelho fique travado na tela, o ideal é deixar ele “pensando” e não interromper o processo, pois uma hora ele completa as operações necessárias e o console estará disponível para uso. E o ideal é que a primeira instalação tem de ser online, e entrar em contato com o suporte da Microsoft caso ocorra problemas (que podem estar congestionados nos primeiros dias do console no mercado).
Hoje os problemas relatados ganham mais força nos sites especializados e nas páginas dos varejistas, pois são produtos relativamente caros e, aqui no Brasil acaba sendo mais noticiado do que lá fora, por serem produtos bem mais caros por causa dos impostos abusivos. O PS4 já está disponível no Brasil de forma não oficial pelo mercado cinza, mas como o preço oficial não é convidativo (R$ 3999) muitos importadores paralelos já estão enfiando a faca, com preços que variam entre o 2400 reais e absurdos R$ 3300 reais, que não compensa de jeito nenhum.
Já o Xbox One tem o preço de R$ 2399, mais caro que na pré-venda e que está disponível em muitos varejistas. Nos últimos 2 dias eu reparei que o novo console da Microsoft está ganhando a preferência de muita gente, e na minha timeline do Twitter tem mais pessoas que compraram o XOne do que o PS4. Claro que pelo console da Sony ainda não estar disponível oficialmente no Brasil acaba ajudando mais a Microsoft, mas o preço bem menor é bem mais convidativo. Tem donos de PS3 que estão pendendo bastante a comprar o Xbox One por causa do preço e de ser um produto oficial e legalizado, com mais garantia e mais segurança. Tanto a Sony como a Microsoft já falaram que consoles importados não tem garantia no Brasil, mas só o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) cita que as empresas tem de dar garantia pelo produto importado, por estar vendendo eles no Brasil, e aí o consumidor terá de ir no Procon ou entrar com um processo no Juizado de Pequenas Causas, e é um processo que pode demorar bastante.
Se o fabricante do produto importado tiver atuação no mercado brasileiro, deve assumir a legislação de consumo do país, o que dá a responsabilidade pelo cliente nacional. Se o produto foi comprado de um importador, ele será solidariamente responsável por resolver o problema
Assim, em caso de defeito no produto, o fornecedor deve prestar assistência, mesmo que seja necessário enviar o artigo para fora do país para o reparo, caso não haja mão de obra técnica ou peças de substituição no Brasil.
Em regra, o fabricante tem até 30 dias para devolver o produto em perfeitas condições de uso. Mas no caso de o conserto ser feito no exterior, é razoável que o consumidor aceite um prazo maior, mas é dever da empresa indicar a data em que o problema estará sanado.
Já no caso de um artigo cuja empresa não atue no Brasil, prevalecem as regras contratuais do local de compra do produto. Dessa forma, o Idec recomenda que o consumidor pergunte quais são as condições para assistência técnica do artigo na hora da compra. Caso não tenha feito isso, é preciso checar o que indica o termo de garantia do produto.
Comprar agora no lançamento é sempre um risco enorme pro consumidor brasileiro, pois nem todos os problemas são conhecidos. As 3rls ainda estão na memória de muitos donos do Xbox 360, que começaram a aparecer bem depois do lançamento. A Microsoft deve ter protegido bem o console para não dar novos problemas semelhantes, pois acaba sendo também um prejuízo enorme pra empresa tanto de imagem quanto problemas materiais. Comprar legalmente no Brasil dá mais segurança, mas o preço ainda é caro para muitos consumidores. Videogame hoje virou artigo de luxo, e ninguém quer ter um abacaxi de mais de 2 mil reais nas mãos e perder todo o investimento.
Comprar agora ou esperar? Com os principais sites de games do Brasil já tendo o console e muitos outros comentando sobre eles regularmente, nós ficamos bem animados e esperançosos de querer ser também os primeiros a testar e se divertir desde o começo, e poder jogar os exclusivos também. Mas como muitos donos de PS3 tem muitos jogos ainda pra jogar (ainda mais com a PlayStation Plus) então o “backlog” pode ser um incentivo a mais em esperar mais um pouco. Uma hora teremos de migrar para a nova geração (que virou a geração atual) e por isso os consoles antigos ainda são convidativos e tem preços menores no varejo, mas a tendência é dos games serem lançados apenas para o Xbox One e o PlayStation 4, por serem mais poderosos e darem mais liberdade criativa para a os desenvolvedores. A nova geração começou!
[Fotos via Site oficial do Xbox One e Instagram do Dorigon Granato]
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!