
Quando Splinter Cell Conviction foi anunciado, todo mundo ficou impressionado. Aquela jogabilidade presa, com um personagem pesado, sem muita agilidade, tinha ido pro espaço pra dar lugar a um Sam Fisher (personagem principal) mais ágil, mais impressionante, com nova gama de movimentos, e uma ambientação parecida com o Assassins Creed, cheio de gente e se misturando à multidão. O problema é que depois dessas exibições, o jogo sumiu da mídia. A gente não via nada relacionado, não via imagens, vídeos, infos. Nada. E o game entrou num mistério, onde a notícia mais aterradora tinha sido uma onde o game pode ter voltado pra prancheta (ou, usando um linguajar mais técnico, que teve o game design alterado/refeito).
Pra quem não tem muitas noções de gamedev, a empresa deve ter mandado refazer partes do game design aproveitando partes do enredo do jogo e parte do que os desenvolvedores podem ter aprendido com a parte técnica. O game design (ou documento de design) é o planejamento total de um jogo, com todos os detalhes da parte técnica, artística e enredo. E a empresa, vendo que o jogo poderia se tornar meia-boca, pode ter mandado refazer tudo, já o que a gente viu no trailer oficial na E3 surpreendeu todo mundo.
Esqueça aquele Sam barbudo, com cara de gente boa e andando igual a um mendigo. Esqueça aquela praça em Washington onde ele andava e podia causar um pandemônio assustando a população. Esqueça aqueles vídeos e imagens antigas. Esqueça TUDO. No que a gente viu em Splinter Cell é algo completamente diferente, e isso acabou sendo até melhor para a mecânica de jogo, que se aproximou dos games anteriores e deixou com mais ação. Algo como um Uncharted, mas com furtividade e brutalidade. Sam Fisher quer vingança, e está mais brutal do que nunca!
A primeira impressão ao assistir o demo é que a jogabilidade melhorou. Melhorou muito. Como disse no começo do texto, esqueça o Sam pesado e que não executava movimentos mais “artes marciais” e mais “Solid Snake”. Aqui ele bate, corre, faz coisas que só a Lara Croft e o Nathan Drake (por exemplo) fariam, como andar rapidamente segurando uma fileira de tijolos do lado de fora do prédio e quase levantar um cara com uma das mãos. Aqui é mais ação e menos furtividade. Algo que todo mundo esperava da série mas nunca via quando um game era lançado. Algo pra chegar perto da ação de um Metal Gear Solid, mas mantendo alguns elementos dos games anteriores, que é a movimentação por trás do personagem, a inexistência de mapas com a localização dos oponentes (radar Soliton? Esqueça! Mapa só da fase, mas não sei se terá neste), a possibilidade de ver por debaixo da porta (mas aqui a novidade é que ele usa um espelho, e não uma câmera high-tech), e outros.
Já a segunda maior novidade, além da adição de mais ação, é na questão da exibição dos objetivos. Na maioria dos games o jogador/personagem tem de cumprir alguns objetivos principais. Nos jogos anteriores às vezes mostrava num canto da tela ou ela era dita pelo Lambert . Aqui você lê o objetivo pregado nas paredes do cenário, algo bem interessante artisticamente e bem estranho realisticamente. Já durante parte do gameplay mostrava nas paredes flashbacks de acontecimentos recentes, como a lápide da filha dele, Sara. Como você viu no vídeo, ela não foi atropelada (e morta) num acidente automobilístico, mas assassinada neste acidente. Nesta parte, ao jogar a fase eu teria um ódio similar ao do Sam, que quer pegar o assassino, e mergulharia fundo pra pegar o desgraçado e bater nele. Bater muito nele. Para a diversão é algo realmente interessante do ponto de vista do enredo, um fator que peca na série (e que não supera a série Metal Gear Solid atual).
Também poderão estar presentes animações em CGI no mesmo nível que games como um Final Fantasy. É claro que superar a Square é quase impossível, mas a produtora consegue chegar perto. O trailer CGI mostra muito bem isso:
Veja como está o game atualmente:
Trailer da Comic-Con
Mais imagens:
Bom, não foi mostrado muita coisa, mas só esses vídeos de gameplay foram suficientes pra entender como será a mecânica de jogo. Splinter Cell – Conviction sairá apenas pra PC e Xbox 360 no primeiro trimestre de 2010 (entre janeiro e março).
[Imagens via Gamespot]
Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!