Se você não tem muita coisa pra fazer neste final de semana, recomendo desde já um dos melhores textos que já li na revista :
Pode-se dizer que é a matéria mais atual sobre a indústria nacional de desenvolvimento de games (tem outra aqui, um pouco mais antiga). Alguns trechos e comentários sobre a reportagem:
O Taikodom é o jogo mais ambicioso já criado no Brasil, mas não se trata de um caso isolado. Embora incipiente, há um claro avanço de empresas nacionais sobre o mercado mundial de jogos eletrônicos, que movimenta 42 bilhões de dólares por ano em todo o mundo – no ramo do entretenimento, só perde para o cinema, com receita anual de 90 bilhões de dólares. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), que reúne 42 companhias, indica que a produção nesse setor cresceu 14% no Brasil no ano passado. O faturamento passou de 76,7 milhões de reais, em 2007, para 87,4 milhões, em 2008. O avanço mais expressivo deu-se na exportação de softwares de jogos: somava 5,8 milhões de reais em 2007 e quase dobrou no ano seguinte, alcançando 11,3 milhões.
Vai dizer que isso não é um baita incentivo pra entrar na área? Com certeza é!
Entre os polos de maior destaque estão os de São Paulo e Campinas, que cresceram à sombra da USP e da Unicamp, o Porto Digital de Recife, que abriga perto de 120 companhias de software, e outros espalhados por Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte.
Isso é algo que a maioria já sabia. Mas uma coisa eles não comentaram: foram nesses lugares que surgiram os primeiros cursos relacionados. De lá saem incubadoras de empresas comandadas por recém-formados. Aí depois de algum tempo as empresas crescem e outras surgem no local, criando os pólos de desenvolvimento.
O conhecimento técnico dos programadores nacionais tem muito a evoluir, mas chama a atenção de multinacionais. No país, existem perto de 600 profissionais atuando na criação de jogos eletrônicos.
Discordo em parte. Apesar da maioria não ter conhecimentos de nível avançado, muita gente tem e pode conseguir fazer coisas surpreendentes. Agora eu fiquei surpreso com a quantidade de profissionais que estão na área: 600. E confesso: nunca tinha pensado nisso.
O Wedding Designer já vendeu 700.000 cópias.
Esse é um dos jogos desenvolvidos pela Southlogic (agora pertencente a Ubisoft). Isso é uma informação interessante que a maioria nem deve saber e que é bom pra quem quer ficar informado. Os caras conseguiram um feito, ainda mais para o Nintendo DS.
no Brasil, um PlayStation 3 sai, em média, por 2 200 reais (ou 1 600 reais no mercado negro)
Eu paguei 1700 no PS3 legalizado. Com nota e numa loja de departamentos. Nesse ponto a reportagem deu uma vacilada boa. Só ter sorte e saber procurar.
Pra terminar, ponto para a revista por mais uma vez ter postado uma reportagem decente. Sei que muitos não gostam da revista, mas desta vez eles capricharam. É raro ver este tipo de informação numa revista de grande circulação, o que mostra que a área está crescendo a passos largos.

Atualmente como desenvolvedor de software backend, mas já foi jornalista e editor de conteúdos por mais de 10 anos, trabalhando também em portais importantes como o START UOL, Card na Manga e A Pá Ladina, além de outros sites de esports e MMOs. Hoje cobre com especialidade jogos como Fortnite, World of Warcraft, souls-likes, animes, games, cultura pop e é fã de cosplays!