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Resumo da minha história gamer até a compra do Playstation 3

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Inicialmente a idéia deste post era a seguinte: Porquê o Playstation 3 se tornou a melhor escolha dos consoles desta geração, mas como eu decidi escrever uma introdução com detalhes da minha trajetória, decidi jogar a idéia do post para a segunda parte, que devo publicar em alguns dias. O título é carregado de sonysmo, mas garantirei (tentarei) que o texto não seja. Faz algum tempo que queria escrever algo sobre isso. Sobre motivações de ter comprado este console e das suas implicações posteriores. Pode crer que comprar um videogame desta magnitude por um preço na época não tão salgado rendeu alguns acontecimentos bastante interessantes. O Select Game já estava no ar mas estava começando a sua vida útil. Mas vamos ao começo.
No princípio eu, como muitos, era pobre. Videogame e computador eram (ainda são, dependendo da plataforma) objetos de luxo. Caros para o poder aquisitivo da minha família. Sábia a minha mãe de ter focado mais em escolas particulares em detrimento da minha diversão, que na época era somente a TV Manchete e seus animes consagrados e famosos. Mas uma hora ela conseguiu: arrumou um videogame pra mim. No começo era um daqueles Dinavision que nem lembro mais a aparência, mas lembro que tinha 500 jogos, várias variações daquele Battle Tanks (onde eu sempre deixava a base com paredes de ferro pra não serem ultrapassadas) e muita diversão para a época. Mas o videogame durou só um dia e no dia seguinte tava entrando em estado de depressão infantil. Ou, em outras palavras: chateado por não ter mais um brinquedo para me divertir, por ter quebrado sabe-se lá como.
Passou-se um tempo e tive um SNES, também com poucos jogos. Época de ouro, tanto do console quanto da diversão e das locadoras de aluguel. Não tinha dinheiro, mas conseguia, algumas vezes, alugar uma fita. Só que como nada na vida dura pra sempre acredito (não tenho lembranças exatas, isso faz muito tempo) que o SNES tenha pifado, já que é a única explicação para que eu tenha gastado grana em ir na locadora jogar no Saturn. E maravilhar-se quando eu fiz a tela do Street Fighter Alpha 2 ficar vermelha quando dei um especial do Ken no final da luta, ganhando do meu irmão na sorte e pulando da cadeira. Até me lembro como era o ambiente: três TVs de 29 polegadas (que na época custavam uma fortuna) com videogames e prateleiras com caixas de cartuchos do SNES e do Nintendo 64. Também tinha algumas do Sega Saturn, com a caixa do Nights e a do próprio Street Fighter Alpha.
Passou mais um tempo e consegui o que para muitos Sony-haters é a ruína máxima: arrumei um Playstation. Minha mãe comprou e joguei em casa, mesmo com jogos piratas. Tirando o CD de demo, que ainda preservo aqui em casa (e original), tinha o Tomb Raider 2. Na época fiquei maravilhado, mesmo não ter avançado muito na fase. Sempre emperrava na parte onde a Lara pegava uma chave numa caverna, num pequeno lago. Eu não sabia dessa informação e não passava. Mas isso não tirava a minha alegria que nos anos seguintes me trouxeram desde as revistas Gamers com detonados e infos até games hoje clássicos, como Tekken 3, Final Fantasy VII, o VIII e muitos outros. Mesmo com jogos piratas. Na época não tinha aquela conscientização e os jogos originais eram caros para a opinião dos jogadores. Praticamente todos eram crianças e adolescentes, com pouco dinheiro e dependendo de mesada. Sairia mais barato comprar um jogo por 10 reau do que gastar 90.
Quando entrei na faculdade e gostava mais de Magic, minha vida gamer mudou. Sem dinheiro pra comprar um PS2, comprei o meu PC atual e alugava o primeiro Splinter Cell. Também arrumei alguns jogos piratas como os primeiros Need For Speeds Underground, mas joguei pouco. Fiz a escolha errada da placa de vídeo (uma Geforce 4 MX que não tinha Pixel Shader 2.0) e fiquei à pé, sem poder jogar o multiplayer de Splinter Cell: Pandora Tomorrow. Como estava na faculdade e lá tinha internet, eu ia mais cedo (na época não trabalhava) e ficava maravilhado com as imagens de Metal Gear Solid 2 e 3 no UOL Jogos. Até baixei os vídeos de gameplay, desejando internamente um PS2. Até consegui gravar os vídeos num CD no gravador que tinha na faculdade, burlando o administrador do laboratório , que nunca iria permitir que eu gravasse um CD com coisas fora de foco acadêmico.

Terminou a faculdade, tinha os gastos da festa de colação. Nerd assumido, troquei uma noite de gala e que não renderia nada ao meu futuro pessoal e profissional (já trabalhava como estagiário de programação) por um Playstation 2 (exceto a colação, que paguei apenas 100 reais pelo aluguel da beca e colei no ginásio da faculdade). Cerca de 850 reais na época, com o console, 1 memory card e os games Splinter Cell: Double Agent e Final Fantasy XII (jogos piratas, mas que depois eu comprei originais, sendo o jogo de Sam Fisher para o Playstation 3). Abri um blog pessoal e ficava postando infos e impressões dos jogos, mas jogava pouco. Quando troquei de emprego eu entrei num curso de desenho artístico onde eu gastava mais tempo copiando desenhos para aprender do que jogando. Meu blog pessoal bombava, mas muitos leitores não gostavam dos desenhos. Em paralelo, conhecia jogos como os da série God of War, o Prince of Persia Sands of Time, Shadow of The Colossus (que não completei o primeiro Colossi) e o Need Fod Speed Carbon.
Também postava sobre games no meu antigo blog e por causa do Infinite Undiscovery eu quase comprei o Xbox 360. Queria até comprar o jogo original antes, mas na época não tinha a coragem que eu tenho hoje em importar um jogo do exterior. Aí veio a crise, a Microsoft aumentou o preço do Xisboca e desanimei.
Passou-se 3 meses, onde eu comecei a pender para o lado da Sony. Comprar um Playstation 3, que na época estava começando a ficar num preço equivalente, e aproveitar os jogos exclusivos do tijolo negro da Sony: Metal Gear Solid 4, o já anunciado mas com nenhuma info Final Fantasy XIII (na época ainda mantinha a exclusividade) e um possível God of War 3. Perderia os RPGs como o Infinite e o Tales of Vesperia e games bem interessantes como os dois Gears of War, mas a vontade de jogar o Metal Gear era grande demais. Então, depois que a crise deu uma abrandada e tava com medo do preço do Metal Gear Solid 4 aumentar para acima de 250, eu abri o bolso e comprei o jogo. Original, minha segunda compra desse porte, depois do Final Fantasy XII. É claro que tinha os jogos das revistas, mas uma coisa é comprar um jogo de PC por 15 reais. Outra é comprar um jogo de console pagando um preço alto, mesmo todos eles serem originais.
Depois de uns 3 meses tive a oportunidade de comprar o Playstation 3, numa história que pode ser lida aqui. O que veio depois até que foi relatado em muitos posts aqui no Select Game, mas nenhum deles deixava transparecer o que realmente acontecia na minha mente em todo esse tempo. Esse será o assunto da segunda parte, onde irei citar, abertamente, porquê o console se tornou a melhor escolha. Os caixistas irão criticar, mas pela situação atual aqui em Varginha, foi a vitória da legalidade sobre a possível ilegalidade de um console destravado. Acredite, se tivesse optado por um Xbox a tentação do destravamento seria alta demais, além de outras implicações que irei citar posteriormente. Aguardem!
[Imagens via Wikimedia 1 e 2]

13 comentários em “Resumo da minha história gamer até a compra do Playstation 3”

  1. Legal o texto brother, tambem fiquei com vontade de escrever o meu caminho mas não posso por 2 motivos:
    1 – Geral ia dormir, começou com o Apple II !
    2 – Acho que você esqueceu do meu mail po! Nem respondeu mais ! HAHAHAAHAHA
    Só quero fazer mais um adendo para aqueles que estão caindo de paraquedas e pensando que o Select Game está fazendo apologia à pirateação: Na época do PS1 era IMPOSSÍVEL comprar games originais, ninguém trabalhava com isso, mesmo em cidades grandes. Para o PS2 tinha um ou outro jogo original pra vender aqui ou ali, com preços absurdos e nenhuma variedade.

    1. Isso é verdade mesmo, não existiam jogos originais de PS1 pra se comprar, só importando e na época ainda não tinhamos lojas virtuais que entregavam por aqui.

      1. Meu primeiro jogo original(e unico) do PS1 foi Resident Evil, na epoca que nao havia destravamento. O restante eu só alugava, todos originais.
        So depois de meses que comecaram os destraves.

  2. Hehe, eu lembro da minha também. Nunca havia visto um videogame na vida, até que meu padastro me comprou um Snes, horas depois eu já estava jogando Super Mario World, depois veio PS1, PS2 e PC.
    Como assim não passou do primeiro Colosso em Shadow of the Colossus ?

  3. Muito legal o relato. Eu também tenho boas histórias relacionadas à aquisição dos meus consoles: Atari, Top Game (Nintendo 8 bits), SNES e agora, um PS3. Pulei direto do SNES pro PS3. A vontade de jogar voltou de repente e está sendo bem legal.
    Massa você ser de Varginha. Eu sou de Boa Esperança, mas moro em Brasília.

  4. Po cara voce tinha um dinavision? Hahaha foi meu 1º videogame tambem. Aí dele fui direto pro play1, 2 e agora 3. Mas eu nunca tive coragem de ter jogo original. Até no play2 me passou a idéia de ter só original, mas depois quando me deparei com a porrada de jogos bons, deixei isso de lado. No play3 não tem opção né, mas eu prefiro assim 😀

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