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Revisitando: Resident Evil 2 Clássico

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Já que analisamos recentemente o Resident Evil 2 Remake, que tal relembrarmos o jogo clássico que deu origem ao tão comentado remake atual?

O jogo base foi dirigido por Hideki Kamiya e produzido por Shinji Mikami, até hoje é o título mais bem sucedido comercialmente da franquia considerado uma única plataforma, chegando a 5 milhões de cópias somente no primeiro PlayStation e mais quase 1 milhão com a versão Dual Shock.

VAMOS MUDAR O JOGO QUASE PRONTO

O desenvolvimento do Resident Evil 2 começou apenas um mês após o fechamento do primeiro, no início de 1996 e, sua primeira versão, é drasticamente diferente da que conhecemos.

A versão que conhecemos hoje como Resident Evil 1.5 contava com a personagem Elza Walker, que depois foi transformada na Claire Redfield e o Leon S.Kennedy, sendo este praticamente idêntico a versão final.

A ideia dos desenvolvedores era expandir significativamente o mundo de Resident Evil, ou seja, se no primeiro o jogo se passava em uma mansão com vários quartos, desta vez o jogo seria na cidade inteira de Raccon City. De quebra, o fato da Elza Walker ser uma estudante e o Leon um policial em seu primeiro dia trabalho veio para dar um clima de inexperiência e potencializar mais ainda o terror que o jogo podia proporcionar.

Diferente da versão final, as duas histórias não iriam se cruzar, seguindo um estilo mais semelhante ao do primeiro, e a ideia era que o jogo concluísse a história iniciada pelo primeiro.

Com o jogo de 60 a 80% pronto, Shinij Mikami tomou a drástica decisão de refazer o game praticamente do zero. Segundo ele, as ideias para o game eram legais individualmente, porém juntas não funcionavam direito. Além disso, o supervisor Yoshiki Okamoto criticou o próprio Mikami sobre o roteiro do jogo, dizendo que era conclusivo demais e que iria dificultar novos jogos da franquia.

Com a nova direção  em mente, os cenários que era mais modernos no protótipo passaram a ter um estilo mais extravagante e artístico, resultando na delegacia de polícia de Raccon City. Além disso, a Elza Walker foi transformada na Claire para ter uma conexão maior com o primeiro jogo e, portanto, ela seria uma personagem que estaria procurando seu irmão, que desapareceu após os eventos do jogo citado.

Resident Evil 2 Clássico

O JOGO AINDA É BOM?

Bons jogos sempre sobrevivem a ação do tempo e se tornam clássicos atemporais, mesmo com o “peso da idade”. Se o primeiro Resident Evil veio para popularizar o gênero que hoje em dia é conhecido como Survival Horror, o segundo veio para solidificar a expertise da Capcom e mostrar ao mundo que ele podia ser um game superior ao primeiro em todos os pontos.

Para os padrões de hoje, a jogabilidade é bem antiquada e não intuitiva, precisando de uma curva de aprendizado para entender a movimentação “tanque de guerra”, além de que é necessário pausar o jogo para entrar em um menu e selecionar um item para abrir uma porta ou resolver um enigma. Some isso as câmeras estáticas acabam prejudicando o dinamismo que uma aventura do gênero merece.

Por outro lado, os gráficos, considerando os padrões do PlayStation 1, são muito bons e representam uma evolução bem significativa comparado ao primeiro título, enquanto a trilha sonora consegue ambientar perfeitamente o estilo sombrio e de terror. Além disso, os sustos permanecem e a história é bastante envolvente, mesmo que um pouco previsível.

Os já citados enigmas são sempre lógicos e feitos para o jogador “empacar” e quebrar a cabeça para descobrir o que deve ser feito, algo bem diferente do cassino coin girl do Revelations que remete aos jogos de Casino Online da Netbet. Todas as vezes em que o problema é solucionado, vem aquele típico pensamento de “como eu não pensei nisso antes?”. Os chefes também são memoráveis, necessitando entender seus padrões de ataque para desviar na hora certa e realizar a ofensiva, algo que parece muito difícil em um primeiro momento, porém acaba se tornando muito fácil depois que se aprender a como detê-lo.

Também chama a atenção que são quatro campanhas divididas entre os dois protagonistas. Isso porque, se você escolher o Leon, ao zerar com ele você poderá jogar com a Claire e entender o que aconteceu com ela durante a aventura dele. Se você escolher a Claire primeiro, será o Leon quem você controlará em segundo momento.

Vale mencionar que o jogo recebeu conversões para diversos consoles, chamando a atenção para a versão de Nintendo 64, que conseguiu acoplar dois CDs inteiros em apenas um cartucho de 512 megabites com direito as cenas em vídeo e todo o áudio. Com o cartucho de expansão, o jogo ficava com visuais melhores do que o do PlayStation. Para muitos, essa é a melhor versão do game.

Resident Evil 2 é um jogo que tem um pouco do “peso da idade” em suas costas, afinal, já são mais de vinte anos de seu lançamento. No entanto, aqueles que não têm preconceitos com um jogo que marcou época, e quer conhecer as origens dos jogos de terror, devem dar uma chance ao título. É um clássico que marcou gerações!