Considerado por muitos como o terceiro MOBA mais bem-sucedido no mercado durante muito tempo (até a chegada do Heroes of The Storm, embolando a disputa), SMITE é um estranho no ninho para o gênero. Enquanto que os MOBAs tradicionais como o League of Legends, Dota 2 e o recente Heroes of The Storm tem a câmera relativamente isométrica, em SMITE a ação é movida para o nível do solo, com a câmera em terceira pessoa, mas mantendo diversas características, como os sistemas de golpes normais e “ultimates”, compra de equipamentos com gold adquirido na partida, rotação de campeões, destravamento dos campeões com gold, compra de skins com microtransações, etc.
Um MOBA como qualquer outro, mas como estamos no PS4, não existem games do gênero. Até agora.
Recém-anunciado para PS4, depois de diversos rumores, SMITE: Battleground of Gods traz os principais deuses mitológicos se enfrentando em rotas e arenas, trazendo deuses e panteões de diversas mitologias diferentes! Zeus contra Amaterasu? Check. Um esquilo chamado Ratatosk saindo no tapa contra Anúbis? Check! Hércules contra Odin? Check! Detonathor contra Ares? Errr…Detonathor contra Ares?
Check!
Brincadeiras à parte com a skin e pack com vozes do Detonator para o personagem Thor, para quem não está familiarizado com o gênero, em um MOBA temos 3 rotas (também chamada de lanes), onde os jogadores tem de destruir algumas torres e avançando nas fileiras contra a equipe adversária, enfrentando outros jogadores e finalizando o objetivo, que normalmente é a destruição de uma torre ou, no caso do SMITE, matar um Titan, que começa a atacar os jogadores da equipe adversária.
No beta fechado de PS4 tem desde um tutorial com 4 fases, co-op contra a IA e lutas entre os jogadores, divididos em 3 modos de jogo principais: Arena, Justa 3v3 e Conquista, onde 5 jogadores de cada equipe se enfrentam no melhor estilo League of Legends.
Claro que, apesar de ter citado o League of Legends, o estilo do jogo é relativamente diferente, e não é tão evoluído quanto o MOBA da Riot. Dos 3 modos de jogo, o que mais curti foi a Arena: aqui as 2 equipes tem de descer os pontos da equipe adversária para zero, matando campeões, os “minions” (no caso os soldadinhos comuns controlados pela IA) e, algumas vezes, eliminando alguns monstros e ciclopes da arena, com os ciclopes aparecendo algumas vezes.
Contra a IA será sempre moleza, mas contra oponentes reais, as partidas são mais equilibradas!
Já a Justa e a Conquista são partidas mais tradicionais e relacionadas aos MOBAs, tendo 3 jogadores em cada equipe, ou 5 jogadores no modo Conquista, oferecendo partidas mais longas e em 2 mapas com 3 rotas. O objetivo, como citei antes, é de destruir as torres da equipe adversária, até avançar e destruir a Fênix inimiga e ter a rota aberta para matar o Titan do oponente, finalizando a partida.
Aqui entra a coordenação e cooperação presentes nos MOBAs. Cada personagem tem 4 ataques com diversos cooldowns e uso de mana, dependendo da habilidade, e saber usar cada habilidade na hora certa é fundamental. A curva de aprendizado é um pouco difícil e será necessário o jogador testar diversos campeões e ver qual ele consegue ter mais afinidade, por conta de ter golpes, habilidades e estilos peculiares. Eu curti bastante a Neith (deusa da guerra e da caça da mitologia egípcia), mas ela é pulverizada facilmente por determinados campeões caso eles peguem ela de jeito.
A Ártemis, também caçadora, tem uma jogabilidade mais complexa, e também tem os campeões que tem mais defesa e usam ataques físicos. Ou mesmo os campeões de suporte, como a Afrodite (deusa do Amor) que pode escolher um jogador específico, ser a sua “alma gêmea” e conseguir trazer vantagens durante os confrontos.
Então é necessário ter as manhas de conseguir atacar na hora certa, usar as habilidades quando os jogadores adversários estiverem na rota da habilidade e tem o “Ultra”, uma habilidade mais poderosa e que pode pulverizar um campeão, ou mesmo ajudar outro companheiro de grupo a matar o adversário. Isso é um conceito difícil de assimilar no começo, e só com a prática e diversas partidas para ir pegando o jeito. O custo das habilidades também tem de ser bem administrado, e era fácil me pegar sem ter mana pra usar ataques um pouco mais poderosos e conseguir escapar de uma situação crítica.
Aí acabo morrendo, volto pra base, ganho o cooldown característico do gênero (no caso ficar de 10 a 40 segundos esperando) e tenho de esperar para voltar à ativa. Nesse meio tempo acabo acessando a loja interna da partida, comprando itens específicos e buffs para usar nos confrontos, como ter uma arma ganhando mais poder de ataque, itens de cura, defesa, etc. No decorrer da partida eu consigo comprar itens mais poderosos de acordo com o gold adquirido pelo personagem. E pela loja só funcionar dentro de sua base, então é um recurso que acabo não usando muito e acabo só usando quando eu morro, mas é um recurso essencial nas partidas, pois ter conhecimento dos itens faz diferença num combate direto contra outro jogador.
Por ser um closed alpha, a compra de gemas para comprar skins e vozes ainda não estava disponível, e teve apenas 1 vez que o jogo travou do nada, me mandando pra dashboard do PS4. Em compensação, ao relogar no game o jogo me mandou direto na partida onde eu estava, e um detalhe que eu fiquei bastante surpreso é do game estar com toda a parte visual traduzida para português. Menus, descrição dos itens, nomes dos heróis, só tinha um nome de um menu que não estava traduzido, mas era o de menos. A imersão do jogo fica bem mais facilitada com o jogo localizado, mas é difícil dizer inicialmente se a versão virá com a dublagem nacional da Level Up. No beta fechado a dublagem estava em inglês.
A versão de PS4 virá com diversas novidades: skins exclusivas para o PS4 no decorrer do beta, um Founder Pack que será disponibilizado posteriormente, que irá desbloquear todos os deuses presentes no SMITE (além dos deuses futuros!), 400 Gems, uma skin “Soldier of Fortune” de Ares e uma chave para acesso à versão beta. Já a skin “World’s Collide” de Odin servirá como uma recompensa grátis para os jogadores que linkarem suas contas PS4 às suas contas Hi-Rez de PC. Além disso, a skin “KuKu4” de Kulkulkan serve como uma recompensa exclusiva para todos os membros do PS Plus.
O jogador pode fazer um cadastro no site oficial para tentar conseguir um acesso aos betas fechados do game. Atualmente o SMITE está em “closed alpha” (alfa fechado) e em março entrará em beta fechado no console. O game ainda não tem data de lançamento, mas não deve demorar muito tempo. Para os amantes do gênero, finalmente o PS4 receberá o seu primeiro MOBA oficial. O game é bastante promissor, e um detalhe: não é necessário ter uma assinatura da PlayStation Plus para poder baixar o game e jogar quando ele sair.