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Impressões iniciais – The Elder Scrolls Online (Beta)

The Elder Scrolls Online - Beta Screenshot

Na semana passada ocorreu um final de semana de stress-test do MMO The Elder Scrolls Online, o próximo game da série que acontecerá bem antes do Skyrim. Segundo a Revista Oficial do Xbox, o enredo é situado no Interregno, um período sombrio após a queda do Império Cyrodilic, mil anos antes dos eventos mostrados em Skyrim. O diretor de criação Paul Sage comentou que “o Interregno foi um período de 50 anos do qual não há registro do que aconteceu”, onde eles terão mais liberdade para contar novas estórias sem abrir precedentes para críticas sobre a cronologia de Tamriel. Estava um pouco receoso quanto ao jogo por causa de um vazamento de um vídeo de gameplay bem seco, com uma jogabilidade mais travada. Percebi que em parte isso não mudou, mas como o beta estava com um NDA, limitei as minhas opiniões iniciais ao Twitter, e como a Zenimax decidiu derrubar o NDA, então não preciso mais ter medo de postar as primeiras impressões por aqui.
E são impressões bem iniciais, pois só consegui jogar um pouco na última segunda-feira, após 2 downloads enormes. A primeira tentativa teve um download de 24 GB, mas como eu não tinha liberado espaço no HD a tempo (isso que dá ficar gravando gameplay e esquecendo de converter e apagar os vídeos gigantes com mais de 10 GB…) a instalação deu erro e o download recomeçou do zero. O segundo download teve os 24 GB baixados novamente, e depois apareceu mais 4.6 GB de arquivos pra baixar (em média), detonando todas as minhas chances de poder testar o game direito, por ter uma conexão ridícula de 2 MB (e infelizmente não consigo ter mais velocidade por questões técnicas e custos). Foi bom pra From Software, onde eu joguei bastante o Dark Souls no final de semana anterior. Após a instalação, consegui finalmente jogar um pouco!

The Elder Scrolls Online - Beta Screenshot

Após ter criado uma personagem da raça Breton, o game te joga em uma espécie de prisão, tendo acesso aos corredores cheios de gente querendo fugir também e você consegue depois pegar algumas armas. Por ter escolhido a classe Sorcerer, peguei um machado (foi o primeiro que apareceu nos painéis de armas, já pensando em vender posteriormente) e uma staff, e então eu comecei a ver o sistema de combates com o cajado. É um misto entre o Skyrim e o World of Warcraft: com o staff eu consigo usar um ataque normal com o clique esquerdo do mouse; se eu pressionar o botão ele faz um golpe mais carregado, e com o botão direito eu consigo bloquear determinados ataques dos inimigos. Posteriormente, depois que eu passei os primeiros níveis (e é possível jogar também em primeira pessoa, mas não testei essa modalidade com afinco), saí da prisão e comecei a explorar os mapas e menus. Em um dos menus dava pra comprar novas habilidades com skill points que foram adquiridos desde então, e dá pra conseguir skillpoints extras ao completar algumas skyshards, que são estátuas espalhadas pelo mapa. Juntando 3 acessos a elas eu consigo um novo skillpoint, podendo usar em diversas opções relacionadas a classe. Ao “comprar” determinados movimentos, eles podem ser mapeados na barra de tarefas, usando as teclas normais do teclado similar ao World of Warcraft, mas acabei demorando um pouco para conseguir entender a habilidade inicial de Destruction e poder usar a habilidade com mais frequência, gastando “magicka”. Confira um vídeo do gameplay da personagem, que gravei durante uma quest para libertar um prisioneiro:

Quanto à parte gráfica, como o game rodou em Ultra High aqui, ele aparentemente não exigirá computadores potentes para jogar, mas como joguei em resolução HD (1280×1024), pode ser que em resoluções Full-HD no futuro eu não consiga levar os gráficos ao máximo. O game é relativamente bonito, mas os cenários de Stros M’Kai tem uma temática mais árabe/persa e algumas partes mais desérticas, e por isso não curti tanto esse cenário inicial. Também senti um pouco a falta de um sistema de “fast travel”, para voltar rapidamente à uma das cidades iniciais e economizar tempo de deslocamento entre locações previamente visitadas, apesar de ter conseguido atravessar rapidamente certas distâncias no mapa inicial, podendo deixar os inimigos comuns de lado.
Também não consegui avançar no sistema de crafting (presente nas cidades), mas até onde eu vi, o jogador pode escolher um determinado ítem para fazer, e se adicionar mais ítens iguais daquela peça, dá pra fazer ítens melhores (mas que exigem níveis maiores para uso). As armas e armaduras também tem níveis de evolução, dando a entender que elas podem ficar mais fortes com o uso constante delas, similar aos sistemas de evolução de status do Oblivion e do Skyrim, que tem barras de experiência para alguns tipos de armas e armaduras. The Elder Scrolls Online também não limita o jogador a um determinado equipamento: um sorcerer pode usar uma heavy armor sem problemas, diferente da maioria dos jogos onde você pode usar determinadas armaduras específicas. Claro que as armaduras e roupas específicas darão mais vantagens para a classe, e só em partes mais avançadas que será possível avaliar melhor esse sistema (fora que a versão final pode ter modificações relacionadas, e só após o lançamento para poder comentar mais sobre isso).

The Elder Scrolls Online - Beta Screenshot

Outro detalhe é que o jogador pode usar qualquer arma que ele tiver acesso (mas acredito que as armas específicas das classes sejam mais eficazes) e dependendo do staff temos comportamentos diferentes de gameplay. Nos testes eu usei 2 staffs: um de “restoration” (que gera um raio que vai tirando a vida do inimigo “aos poucos”) e um de frost, atirando pedras de gelo no oponente (mostrado no vídeo acima). Também cheguei a comprar posteriormente uma habilidade para invocar um pequeno assecla, mas eu não cheguei a jogar após essa compra, e desde o início da semana o beta parou de funcionar, por ter tido apenas um final de semana de stress-test, terminando na madrugada entre segunda e terça-feira.

Ainda é meio vago se teremos mais finais de semana de testes beta até o lançamento das versões para PC e Mac, no dia 04 de abril. Com o game instalado ficará mais fácil poder jogar novas seções e explorar outros aspectos que não testei inicialmente, como o PvP, o crafting e testar outras classes. Dependendo da ocasião posso fazer novos posts com outras impressões por aqui, mas desde já eu adianto que é um pouco difícil adquirir este game em um primeiro momento. Com uma mensalidade relativamente salgada para os brasileiros (US$ 14.99, saindo a R$ 35,80) e o preço de um game full-retail (US$ 59.99) então o MMO sairá bem caro para o bolso do jogador. Vou acabar esperando alguma promoção no futuro, e ter mais tempo livre para testar e jogar por alguns meses iniciais. Se até o World of Warcraft eu já ando meio desanimado em pagar R$ 15 por mês (onde fiquei vários meses sem jogar por conta de comprar a mensalidade e não jogar direito, desperdiçando o dinheiro gasto), imagine pagar mais que dobro do valor.

The Elder Scrolls Online - Beta Screenshot

E com as impressões iniciais eu também não fiquei tão animado. Aquele negócio: depois que tu joga o Guild Wars 2, será difícil conseguir achar um MMO à altura do game da Arenanet, com seu sistema dinâmico de quests e a ação presente nas lutas, fora que jogar mais de um MMO com regularidade e de maneira hardcore e bem complicado, e muitas vezes o jogador acaba priorizando um deles, por consumir muito tempo do jogador. O sistema de combates do Elder Scrolls Online até que é bem livre e aberto, mas achei ele um pouco sem graça. Caso você tenha interesse em adquirir no futuro é recomendado ficar de olho no Twitter e no site oficial para as novas semanas de beta aberto. Também faremos o possível para comunicar os próximos testes por aqui, fora que eles também farão um beta para os consoles da “nova geração atual” (PS4 e no Xbox One), e estas versões serão lançadas em junho (ainda sem uma data precisa de lançamento).

The Elder Scrolls Online - Beta Screenshot

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