Pular para o conteúdo
Início » Richard Stallman: “Ninguém deveria tocar num Playstation 3”

Richard Stallman: “Ninguém deveria tocar num Playstation 3”

Google News

saintignucius

É isso aí. Saiu no Canal dos Games a pérola da semana. Algo que quando a Sony souber com certeza ela vai soltar uma crítica (e um monte de risadas, já que pérola é pérola!) contra um dos caras mais malucos da tecnologia atual. O nome do cara é Richard Stallman, defensor roxo de software livre. Tudo bem que as contribuições do cara para a área são importantes, mas ele chegar e ir contra tudo que é fechado é algo que beira o ridículo. Por exemplo, hoje ele disse no FISL (Fórum Internacional de Software Livre) que o Playstation 3 não pode ser tocado. E olhem a justificativa do caboclo:

O argumento de Stallman é de que, já que os jogos do Play3 não podem ser copiados, o videogame da Sony fere a liberdade dos usuários.

Liberdade dos usuários? Ah, faça-me o favor! Eu posso escolher o jogo que quiser e posso baixar o que quiser na PSN. Tudo bem que eu tenho de pagar, mas se a Sony definisse o que eu teria de jogar, obrigando o jogador a jogar um certo título, aí tudo bem. E tem outra, os melhores jogos são feitos por equipes grandes com grandes orçamentos. Uma indústria bilionária. Tacar um game assim de graça é quebrar a empresa! É claro que alguns games indie gratuitos conseguem um lugar ao sol, mas isso é pouco. E muitos deles não são opensource.

Agora, quanto á questão da pirataria, bom, eu não vou ficar discutindo com um ser ignúcius que nem ele…e com isso fico com o comentário do Emerson Facunte (um dos organizadores do XNA Gamefest Brasil), no post do Canal dos Games:

O movimento Software Livre é bastante sério, no entanto discursos – hipócritas, diga-se de passagem – como esse sugerem a pirataria em massa, derrubando completamente todo o bom trabalho desenvolvido na comunidade. A indústria de games está cada vez mais séria, produzindo e fornecendo experiências que mudam a humanidade (Wii, Project Natal, games realísticos, etc). Tudo isso demanda forte investimento, mas com discursos maliciosos como desse cidadão, poderemos ter uma nova quebra na área.

[Imagem via Contraditorium]

15 comentários em “Richard Stallman: “Ninguém deveria tocar num Playstation 3””

  1. O discurso não sugere pirataria, ele só peca em querer impor a suas idéias onde elas não cabem. O Emerson falar que por causa de um discurso pode haver uma quebra em uma indústria gigante é tão absurdo quando o Stallman sugerir que consoles e jogos deveriam ser software livre.

    Ambos são desnecessários e seriam evitados se os dois tentassem olhar as coisas por outro ponto de vista.

  2. A ideologia do software livre é séria, sim. E, queiramos ou não, precisamos desses radicais, em todas as áreas. Hoje o que o cara fala é absurdo, daqui há alguns anos será algo a se pensar, e ainda depois será verdade. Quem sabe?
    Acho que vale a pena estudarmos um pouco mais sobre o assunto antes de sairmos soltando os cachorros em cima dos caras. "Não matem o mensageiro" ,ok?

    1. Meus três cents.

      Eu já fui advogado do software livre e trabalhei com Linux e outras soluções dessa natureza. A pior parte era ser recebido como universitário da USP com camisa de Che num possivel novo cliente.

      Stallman é a culpa do software livre ser tratado como piada. Nem mesmo o Open Source ele aceita. Um cantor lança músicas de graça na iNet e ele reclama que estão em MP3 ao invés de OGG.

      Eu quero que ele vá para a PQP.

      1. Eu trabalho com software livre em uma empresa grande, acho que ser recebido assim é questão de postura, não? Eu trabalho na HP, ela como outras várias empresas grandes investem dinheiro no desenvolvimento e comercializam soluções baseadas em software livre. Acho que ninguém olha dessa maneira quando algum vendedor da HP oferece um servidor rodando Linux.

        Uma música de graça não é software livre, apesar de ser um grande avanço que foi influênciado certamente pelo software livre. O Stallman acha que deveria ser OGG porque é um formato livre ao contrário do MP3, extremismo que muitas vezes é desnecessário.

  3. Eu nao sei como eh ai nos outros estados, mas aqui no RS esse pessoal do software livre tá virando extremista.

    O FISL está ocorrendo aqui em POA já faz alguns anos e eu parei de ir nele por causa do estremismo que ocorre lá. Me lembro que a gota dagua foi ver um magrao ser expulso de uma palestra pq qdo ligou o note dele, pra blogar a palestra, o som estava ligado e saiu o inconfundivel som do windows ligando. Quase bateram no cara. Um absurdo total.

    E como vi em um comentario no canal dos games, pq não vi ninguem do software livre fazer um game do nivel Call of Dutty 4 e sair distribuindo de graça ????????

    Simples, pq pra fazer um game desse porte o custo eh alto e dai o conto da caróchinha cai por terra que serviço paga e gera lucro todo um desenvolvimento.

    1. Ai você se engana, o Linux com certeza é muito mais caro do que um jogo, qualquer jogo que seja. Um software como o Blender também é extremamente caro e custaria centenas de milhões se fosse feito no modelo de desenvolvimento proprietário.

  4. Exatamente, eu também já fui uma época da minha vida, adepto da onda de software livre, e quando comecei a ter que trabalhar e ganhar dinheiro com o meu software, o meu produto, percebi que tem custo e não da pra simplesmente ser "livre", ou senão eu tava vivendo que nem "freegan".
    Radicalismos não servem em nenhuma área… pra nada na vida.

  5. Qualquer um que trabalha na área de software livre precisa ganhar dinheiro de alguma forma que não a produção desse software, visto que ele será distribuído de graça.

    Como nem todos os recursos para um God of War 3, ou um Fallout 3, ou um MGS Rising são digamos… de graça, é necessário dinheiro, conseguido pelas empresas principalmente pela venda de jogos. Sendo eles copiados livremente, acaba a renda, acabam os jogos, acaba a empresa.

    Não, obrigado. Ainda há muito que fazer no mundo antes que possamos ter Software Livre unicamente.

    1. É tecnicamente impossível ter jogos com esta qualidade de graça e código-aberto. Um jogo como o GTA IV consumiu 100 milhões de dólares. Eu duvido que teria investidores no mundo pra investir uma quantia dessa num jogo de graça. É utopia. Eu nem vejo por aí game design de um GTA, por exemplo. Quanto mais aparecer o código-fonte do jogo e fluxogramas de dados (por exemplo).

      Alguns softwares mais simples até que é mais viável este modelo de negócio, mas games AAA é impossível. E tem mais: a Ubisoft disse esses dias que um game na próxima geração custará pelo menos 60 milhões pra ser investido. Então vai ser comum lá pra 2012 a 2015 ver orçamentos na casa dos 120 a 150 milhões de dólares. E isso para um jogo só. Por mais que tenha modelos eficientes de publicidade online, em games desse tipo tem muitos outros fatores a considerar. Talvez o único game AAA que é gratuito hoje e tecnicamente de ponta é America's Army, mas com certeza o Stallman seria contra por não ser código-aberto.

  6. "Liberdade dos usuários? Ah, faça-me o favor! Eu posso escolher o jogo que quiser e posso baixar o que quiser na PSN. Tudo bem que eu tenho de pagar, mas se a Sony definisse o que eu teria de jogar, obrigando o jogador a jogar um certo título, aí tudo bem. "

    O problema é: e se o disco riscar ? A gente não tem a liberdade de fazer uma cópia de segurança, e seria obrigado a ter que comprar novamente o jogo (que não é barato). Pelo menos os da PSN ainda te deixam baixar umas 5 vezes (uma "liberdade" restrita). É essa liberdade que Stallman questiona.

    Tá, Stallman chia com qualquer coisa, e eu não vou deixar de jogar Burnout Paradise só porque eu não posso ver e alterar o código 🙂 .Essa "liberdade" é dispensável, pelo menos para consoles e jogos. Mas a da cópia de segurança faz todo o sentido, exceto que as pessoas iriam acabar usando pra pirataria, então não vai rolar. (Wii por exemplo, dá pra fazer cópia dos jogos (por meios não-oficiais, mas dá), e por isso existem jogos piratas)

    Quanto ao comentário do Dreamstraveler, "Ainda há muito que fazer no mundo antes que possamos ter Software Livre unicamente", é, isso é verdade. No mundo atual, se o código dos jogos fosse aberto, as pessoas não iriam pagar – piratear seria muito mais fácil. Com código fechado já é assim.

    Voltando ao PS3, me veio uma alternativa meia-boca pra questão das cópias de segurança sem pirataria, mas só rolaria se tivesse sido feito desde o início e tornaria o uso da psn obrigatório: a mídia seria livre (tipo, se vc tem gravador de bluray pode fazer cópia a vontade), mas pra jogar precisaria comprar uma licença na PSN.

  7. O que me questiono é: ok, realmente, precisa-se gastar milhões para criar um jogo classe "A" hoje em dia. Mas… precisamos desses jogos? Eles precisão ser ultra realistas, com horas de animações 3D renderizadas em farms gigantescas? Será que um video game com nível do N64, já não seria suficiente? Algo como um N64 com acesso a internet e tudo mais que temos nos video games modernos, mas rodando software livre (no SO e nos jogos) já não seria suficiente para nos divertirmos? Eu ainda me divirto jogando no meu Atari! 🙂 (sim, eu tenho vgs de "ultima geração", incluindo um Wii… e também me divirto bastante). Antes de me xingar, apenas pararem por um instante e pensem: vcs não se divertiam alguns anos atrás com tecnologias inferiores? Pq agora você PRECISA de algo a mais? Pq um jogo 2D já não serve mais para se divertir? Eu pelo menos continuo me divertindo muito com meu Atari, SNES, NeoGeoCD, ….

    Existem jogos open source muito bons. Open Arena, Sauerbraten, Stratagus, … inclusive alguns mais simples, mas muito divertidos, como o Armagetron Advanced (jogue ele em rede! Já me diverti muito com ele)…

    Deem uma olhada também no projeto gp2x wiz e no projeto Pandora. Este primeiro é o ultimo lançamento de um portátil que roda linux e tem vários jogos homebrew bem bacanas (fora uma infinidade de emuladores – ok, isso é pirataria, mas existem jogos open source bem legais pra ele também).

    Falou! E independente do que você defende, mantenha a mente aberta 😉

Não é possível comentar.