Se tem um game que concorre diretamente com o Darksiders II no quesito “melhor game do ano para mim” é Ghost Recon: Future Soldier.
Um game impressionante, furtivo e cooperativo, que me cativou logo no começo da campanha principal.
Antes de testar o game completo, eu tinha jogado um pouco o beta multiplayer e eu achei meio fraquinho, tendo apenas uma arena aberta, alguns modos de jogo e quase nenhuma furtividade. Aliás, eu não esperava que o game fosse furtivo, até ver trechos do game na “cena de abertura” e jogar as primeiras missões.
Para os fãs de Splinter Cell e que querem arrumar algo pra fazer até sair o Blacklist, o Future Soldier é perfeito, trazendo furtividade elevadíssima, um pouco de estratégia e um gameplay sólido.
Ficha Técnica | |
Produção | Ubisoft |
Desenvolvimento | Ubisoft Red Storm, Ubisoft Paris, Ubisoft Romênia e Ubisoft Ulcrânia (versão para PC) |
Lançamento (PS3/X360) | 22/05/2012 (América do Norte), 24/05/2012 (Regiões PAL), 25/05/2012 (Reino Unido) e 05/07/2012 (Japão) |
Lançamento (PC) | 26/06/2012 (América do Norte), 28/06/2012 (Regiões PAL), 29/06/2012 (Reino Unido) |
Plataformas | PC, Xbox 360, Playstation 3 |
Classificação | Mature 17+ (EUA), 16 anos (Brasil) |
Música/Compositores | Hybrid, Tom Salta |
Descrição | Game de tiro em terceira pessoa com elementos de furtividade. O jogador é membro de um esquadrão anti-terrorismo que buscará pistas para eliminar uma organização terrorista ultranacionalista que tomou o controle da Rússia e está invadindo países vizinhos. |
Online | Sim |
Da parte gráfica, o game impressiona com as fases enormes, mas achei ele razoável. Serrilhados aqui e ali e uma direção de arte meio cinza me deixaram um pouco decepcionado. Pelo menos as fases são bem variadas, tendo desde as clássicas locações com bases cheias de inimigos a locações com neve e florestas não tão fechadas.
Só que, como muita gente fala: gráficos medianos não quer dizer que o game seja ruim. E acredite: em matéria de gameplay futurista o Future Soldier é muito bom! Primeiro que a cada início de fase é mostrado os equipamentos que estará à sua disposição: drones voadores (aqui no Brasil chamados de vants), a camuflagem quase invisível e visão magnética (raio-x), que mostra a localização da maioria dos inimigos que estejam próximos. Granadas com sensores, as armas normais com algum equipamento especial…um arsenal futurista, com maior destaque na camuflagem invisível, deixando os soldados “quase invisíveis”, podendo passear pela fase com mais tranquilidade (desde que estejam agachados). Óbvio que isso não impede os inimigos de localizar o jogador se estiverem muito próximos, mas ainda assim este Ghost Recon tem um nível enorme de furtividade e estratégia. O game é em terceira pessoa, com sistema de coberturas e combates similares a games como Gears of War e a série Uncharted.
Mas acho que a melhor parte do sistema de combate é na “marcação de tiros”. Pelo jogador controlar uma equipe com 4 pessoas (3 delas sendo controladas pelo computador) o game tem um recurso de “tiro sincronizado”, marcando os oponentes e dando ordens para os outros membros do esquadrão. Aqui acaba entrando a questão do jogador escolher se quer deixar o game desafiante ou não, pois na maioria dos momentos de tiro sincronizado os soldados nunca erram. Em alguns momentos eu apenas mandava os outros atirarem sem precisar atirar quando tinha grupos de 3 inimigos, mas felizmente em muitos momentos tinha 4 (ou mais) inimigos me obrigando a ser também sincronizado e atirar. Outras vezes eu mesmo atirava quando sobrava algum inimigo, para ver se eu ganhava algum score melhor no final da fase. A cada término de missão é mostrado uma pontuação, mostrando a quantidade de vezes que você usou os tiros sincronizados, a precisão de tiros (se você errou demais vai certamente ganhar uma pontuação ruim) e se completou todos os desafios extras das fases.
Já os outros equipamentos também são legais de se usar, como os drones, com o jogador podendo vasculhar uma área pelo ar e localizar os inimigos para traçar novas estratégias e não ser pego de surpresa. O drone também pode pousar e sair “rastejando” igual a um carrinho de controle remoto, mas não usei tanto este recurso. Já quanto as miras, eu curti bastante a mira magnética, que também ajuda a localizar os inimigos que estejam na sua vista. Às vezes eu não curtia muito quando a fase não tinha a visão habilitada, mas acabava me adaptando “à força”, usando a mira térmica que tem em 11 entre 10 jogos de furtividade/espionagem.
Quanto ao multiplayer, eu consegui testar os modos de jogo Conflito e Sabotagem. No modo sabotagem, uma equipe tem de pegar uma bomba no mapa, plantar ela na base inimiga e defender o local até a bomba explodir. Já o Conflito é uma sequência de objetivos que aparecem no mapa durante a partida, e aqui vale a máxima dos games normais: quem acumular mais pontos ganha. Também é possível reagrupar o personagem perto de um companheiro de esquadrão. De certa forma o multiplayer acaba sendo mais simples, tendo poucos modos de jogo e partidas sem sal. Pelo menos o game tem um sistema de customização de armas realmente impressionante, podendo fazer diversas trocas mais avançadas e ganhando novos ítens que podem ser implantados em um rifle (por exemplo).
Já o modo Guerrilha é similar ao Siege do Uncharted 2: sozinho ou com um amigo (tela dividida ou online), o jogador deve matar os inimigos numa arena fechada, em ondas com os oponentes aparecendo aos montes. Não consegui avançar muito por conta do game ser alugado e por não ter tido muita vontade de comprar um online pass para jogar com um amigo. Mas para quem curte um co-op maneiro, a guerrilha é um prato cheio!
Por fim, o Ghost Recon tem uma das melhores campanhas de single-player que eu já joguei no Playstation 3, ainda mais com o gameplay furtivo. Tem algumas partes que são mais complicadas e algumas vezes acaba sendo meio frustrante o jogador passar um trecho enorme, falhar no meio da ação e tendo de recomeçar tudo outra vez, o que me fez comemorar muitos checkpoints internos que apareciam durante as missões. De certa forma o Future Soldier não é um game frustrante, e tentar ser o mair furtivo possível acaba sendo um mote adicional para o jogador querer passar as fases com a menor taxa de erros possível. Não joguei cooperativo durante a campanha, mas certamente é um game para o jogador ter e sempre jogar, ainda mais se ele gostar de cooperação e quiser jogar com amigos online. Apesar do multiplayer ser mediano, o Future Soldier é altamente recomendado, principalmente para quem curte games de guerra e/ou jogos de espionagem.
Multiplayer: