Entra ano, sai ano e é sempre a mesma ladainha: o “World of Warcraft” é um MMO velho, ou que aquele “MMO xyz será o próximo WoW Killer”. Aí a gente cai na ideia de que aquele MMO recém-lançado será bom, mas que acaba morrendo na praia enquanto que a Blizzard continua com o seu planejamento clássico de expansões regulares, e com a expansão Legion saindo agora em 30 de agosto.
Nos últimos anos diversos MMOs tentaram o posto, mas morreram, tanto por falta de planejamento, quanto por não ter o que o WoW sempre teve: diversão. Black Desert é maneiro no início, mas depois vira um grind extremo, e pelo jogo ter bloqueio de IP, isso limitou muitos jogadores de terem acesso facilitado. Tree of Savior sofre constantemente de problemas de lags diversos por não ter infraestrutura de publisher grande, e os modelos de negócios coreanos não serem muito amigáveis com o bolso do jogador. Blade & Soul veio arrasando, mas com estilo diferente, não fisgaria o jogador que curte MMOs medievais. O Skyforge está conseguindo sobreviver, mas nem todo mundo está dando tanta bola para ele.
Fora outros MMOs conhecidos que estão sobrevivendo, mas que vão acabar sobrevivendo em um nicho altamente pequeno, como o Neverwinter, Dungeons and Dragons Online e, provavelmente, o Crowfall, que promete trazer uma evolução no gênero, mas ainda está em testes dos backers do Kickstarter.
Só restou o Final Fantasy XIV (esse sim um genuíno concorrente) e o Elder Scrolls Online, que recentemente foi anunciado como tendo 7 milhões de jogadores, um número que acho bem estranho, pois o jogo não tem tanto buzz assim pra ter tanta gente. Provavelmente são contas registradas, incluindo jogadores que jogaram nos consoles e depois repassaram o jogo pra frente. Mas é difícil afirmar algo.
A Blizzard consegue manter o WoW ativo por ela sempre querer melhorar o jogo, e dela escutar a sua fanbase enorme. Legion virá com muitos acertos altamente esperados pelos jogadores: um apelo mais forte com o end-game através das missões mundiais, mudanças de jogabilidade nas classes, 4 raides que serão lançadas de maneira escalonada, previsão de uma nova dungeon pouco tempo depois do lançamento, sistema de profissões refeito, prometendo dar ao jogador muita coisa pra fazer, ordens de classe, além das masmorras normais, modo desafio, a nova classe Caçador de Demônios, e tudo mais. E a necessidade de reinventar-se, algo que a produtora sempre faz bem.
Os jogadores mais fiéis vão continuar jogando o MMO da Blizzard. Ponto. Muitos só jogam o WoW e jogam outras coisas nas horas vagas, mas sempre voltam ao MMO da Blizzard para uma raide, fazer um conteúdo antigo e tudo mais. É a diversão descompromissada, algo que falta muito hoje em dia por aí.
“Ah, mas o jogo perde jogadores dia após dia”. Sim, mas a Blizzard está tentando conter essa evasão, mas sabe que não consegue fazer isso do dia pra noite, e com o Overwatch vendendo 10 milhões de cópias, certamente a produtora fez um cash enorme que irá ajudar ela a se manter, fora a grana do Hearthstone que sempre ajuda a produtora. Foco na diversão e no jogador, e isso falta hoje em dia em muitos jogos por aí.
Legion promete ser uma expansão massiva e impressionante, e pode ser aí que o jogo volte a ficar nos eixos. Claro que é improvável que o game volte aos tempos áureos de antigamente com os mais de 10 milhões de jogadores, mas sempre é bom tentar!