The Witcher 3 é anunciado! Confira os primeiros detalhes

Quando a CD Projekt RED publicou o impressionante trailer de Cyberpunk 2077, eles inseriram um press-release dentro do trailer, com um trecho cheio de palavras. Lá diziam que no dia 5 de fevereiro (hoje) teria um novo anúncio, de um game que a gente já conhecia. Tudo apontava para “The Witcher 3”, com descrições de vagas na empresa (“RPG de fantasia sombria”) e até mesmo uma imagem de uma espada que foi publicada recentemente, como se o autor do post não queria nada…enfim, acabou a espera, começa o hype. A capa da Game Informer este mês, e toda a cobertura mensal, é dedicada a “The Witcher 3: Wild Hunt”!
Primeiro que a Game Informer e a empresa são cautelosos quanto às plataformas, mas eles disseram que o game será lançado para PCs e “todas as plataformas high-end disponíveis”, em 2014, sem citar quais são elas. Tá na cara: próxima geração de consoles. A Sony pode anunciar o Playstation 4 no dia 20 de fevereiro. O contador da E3 no site d Major Nelson (da Microsoft) também sugere um anúncio grande. A nova geração está chegando com força, e anteriormente a gente teve vislumbres de games que estão no meio termo das declarações só para não citar ainda quais as plataformas serão daquele jogo (Star Wars 1313 e Watch_Dogs), fora os games que ganharam apenas os anúncios. Tem gente que não gosta quando a gente classifica as gerações com o poderio gráfico, mas quando os games são multiplataforma, os desenvolvedores limitam para que o PC não massacre os jogos do Xbox 360 e PS3, e hoje games como Far Cry 3 tem visual melhor nos computadores. Mas deixemos esse papo pra outra hora e comentar mesmo sobre o The Witcher 3.

Aliás, numa matéria da própria Game Informer de 2012 o diretor da CD Projekt Adam Badowski disse em 2012 que eles estavam desenvolvendo 2 games que serão lançados para PCs e na próxima geração de consoles, com lançamentos para 2014 e 2015. Na época eles não tinham os kits de desenvolvimento dos novos consoles, mas talvez eles já estejam com os kits e adaptando a REDEngine 3, o motor gráfico do game e que também será usado no Cyberpunk 2077. Segundo o Game Informer, o game será 30 vezes maior do que o segundo game e maior do que o Skyrim (num post do Gematsu é citado 20% maior), trazendo estórias e personagens fascinantes, linhas de enredo não lineares e dificuldades de decisão que a franquia é conhecida, com consequências pelos seus atos.
O game não terá telas de loading e segundo um post do Gematsu (a base de quase todas as informações do post, e acredito que tudo foi baseado em relatos dos leitores neste tópico do Neogaf), levará de 30 a 40 minutos para atravessar o mundo com um cavalo. Numa matéria do UOL Jogos, é citado que outras opções de locomoção são barcos e caminhar normalmente.
Estrelado novamente por Geralt (que terá uma barba e a arte acima sugere que ele esteja mais velho), que teve as memórias restauradas e ele está cansado de lutar pelos outros, e terá de resolver mistérios para derrotar monstros. Não terá capítulos, atos ou barreiras que deixem ele “mais lento”. Eles quiseram fazer um game sem loadings pois eles sentiram que perderam a liberdade quando jogavam o Skyrim (e convenhamos: Skyrim tem muitos loading times e em certas partes ele é meio travado). Também terá opções de “fast travel” (viagem rápida) em locações previamente visitadas e o personagem visitará cavernas sombrias, vilas em apuros, ruínas em decomposição e outras áreas.

O game terá 3 linhas de enredo e progressão:

• Menor nível – Crafting, caça a monstros diversos e outras quests, que podem levar mais de 100 horas para completar.
• Próximo nível – A situação política da invasão de Nilfgaardian será resolvida com enredos centrais em cada localidade, incluindo Skellige, Novigrad e No Man’s Land.
• Nível Final – O enredo principal de Geralt, com a sua busca por entes queridos e a perseguição do Wild Hunt (Caçada Selvagem)

Os jogadores poderão fazer escolhas e pular etapas, mas terá consequências se o fizer. O enredo básico de cada localidade terá descrições nos “portões”. Por exemplo: uma localidade pode estar sendo ameaçada por ladrões e pode ser abandonada se o jogador não oferecer ajuda para resolver o problema.
Efeitos climáticos também é um dos destaques, com os efeitos gerados dinamicamente e mostrando nuvens volumétricas, e não apenas uma textura no fundo. Nas localidades, bandidos, monstros, comerciantes, animais e outros atacarão o personagem se eles determinarem que ele é hostil, e os inimigos não terão o nível adaptado para o nível do jogador, com a inteligência artificial dos inimigos refeita.

Durante a caça a monstros, o jogador construirá aos poucos a informação sobre eles. Livros terão informações de monstros e moradores da cidade podem prover informações adicionais. Poções e ítens similares são importantes quando for numa batalha, e dependendo da hora do dia e outras condições, monstros podem aparecer em áreas diferentes e ter habilidades diferentes.
Durante o combate, o jogador poderá executar ataques críticos nos pontos fracos de monstros se ele tiver aprendido a fazer isso. Por exemplo: ao lutar contra um vampiro o jogador pode acertar as glândulas de veneno ou acertar os seus corações com um empurrão, para uma morte instantânea. O “loot” de monstros também terá ítens que não são adquiridos normalmente, e que são requisitos para poções únicas, mutagênicos (elementos que podem causar mutações) e outras formas de crafting (artesanato). Geralt também terá ganhará habilidades e upgrades em uma “árvore de desenvolvimento mutante”. Monstros também proverão renda, eventualmente.
Ainda sobre crafting, é uma parte crítica da “maximização do potencial de Geralt”, com as armas e armaduras sendo encontradas de diversas maneiras e o jogador poderá customizar as armas com componentes adicionais, com escalas de couro em armadura. Cada peça terá um visual único, com um novo sistema de simulação de roupas. O jogador poderá visitar uma barbearia para trocar a aparência do cabelo do Geralt, mas não poderá tingir o cabelo dele.

Nas cidades, também terão mini-games para entreter o jogador, gerando outras recompensas. Por exemplo: arremesso de facas.
Quanto ao gameplay, o “fluxo de combate” e a “curva de aprendizado mais difícil” dos games anteriores será refeita. Em The Witcher 2 tem 20 animações de combate, e neste novo game teremos 96. Quando enfrentar inimigos, terá um novo sistema de “peso”, para que a maior parte dos inimigos esteja sempre na tela. As mudanças servem para que o jogador não fique travado em animações, e nas lutas o jogador poderá atacar com um simples apertar de botão, com os movimentos tendo um “tempo certo para executar”. O jogador poderá interromper o ataque a qualquer hora para desviar ou bloquear, mesmo sem “stamina”, mas o personagem poderá ficar “tonto”. Os ataques são muito rápidos tanto do jogador quanto dos inimigos, e no lugar de um “dodge roll”, Geralt terá um novo movimento que vai “reter a sua defesa sem quebrar a mobilidade”.
Ainda está em teste o combate a cavalos, e por isso não está confirmado. Claro que os cavalos serão uma importante ferramenta da navegação, e uma ideia é que o jogador poderá ter locais para guardar os seus cavalos nas estalagens.

Sobre a gestão de inventário, a equipe entende que era frustrante em The Witcher 2, e eles estão melhorando esse detalhe. A equipe tem o dobro de pessoas que no segundo game e será a conclusão da trilogia. E abaixo tem um novo vídeo com entrevistas dos desenvolvedores:

Com todos esses elementos citados, o game promete ser um RPG formidável e impressionante. Alguns elementos eu já cheguei a ver em Skyrim, no World of Warcraft e no Dragon’s Dogma, como ter roupas diferentes e roupas únicas para o personagem, mas acredito que com o poderio técnico da próxima geração esses elementos sejam ainda mais impressionantes. O fim das telas de loading time também é algo digno de nota, para não quebrar o ritmo de jogo. Apesar de não ter jogado os games anteriores, tenho muita curiosidade quanto a série e cheguei a ver o game rodando em um notebook de um amigo, e gostei do que eu vi. Curto bastante RPGs e recentemente eu joguei bastante o Skyrim e o Dragon’s Dogma. Vou acabar fazendo bastante hype de The Witcher 3 e acredito que eles entreguem um game realmente foda. Vamos esperar pra ver!

[Imagens via Gamepur e Game Revolution]